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Alguém pensa no longo prazo?

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Com o mundo tão rápido em que vivemos quem realmente pensa, ou melhor, investe no longo prazo? Tenho que confessar que eu não! Talvez minha própria especialidade me levou a pensar no máximo até o próximo lucro ou stoploss. O artigo que baseia o material de hoje, elaborado pelo Wall Street Journal, me balançou. As evidencias numéricas e acadêmicas levantadas mostram o inverso. Interessante que faz uma grande distinção entre investimento de capital e em pesquisa e desenvolvimento. O primeiro não se pode afirmar nada de concreto, mas em relação ao segundo parece que existe um pensamento de longo prazo. Os críticos do curto prazo estão errados. As evidências não apoiam a ideia de que a economia está sofrendo porque os acionistas focados em resultados trimestrais levam ao gerenciamento míope. Um trimestre não faz uma tendência, mas considere a última temporada de resultados trimestrais. Espera-se que os gastos de capital das empresas do SP 500, aumentem em 24% em relaçã

Será inflação algo do passado?

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A inflação pode acontecer por vários motivos, pois é um fenômeno monetário como se estuda em economia. Vou citar alguns deles: As mais comuns são através da elevação de demanda sem que haja um aumento da oferta, esse tipo tende a se corrigir no tempo, desde que não haja escassez, e através do choque da oferta, caso clássico que ocorre no petróleo. O mais devassante acontece quando existe o descrédito da moeda, esse caso se encaixa perfeitamente na Venezuela, como muitos outros que aconteceram na história. O motivo dessa introdução é um questionamento que existe atualmente nas economias desenvolvidas, haja visto os resultados inflacionários baixos. Assim, é justo se perguntar: Será a inflação coisa do passado? Tenho dificuldades em aceitar como verdadeira, talvez por ter vivido no passado aqui no Brasil momentos crucias, onde beiramos a hiperinflação. Mas não posso negar que a “Uberização” do século XXI, disponibilizou uma oferta enorme de bens, diminuindo como contrapartida a

Tio Patinhas digital

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Antes de entrar no assunto de hoje, queria fazer um breve relato sobre um encontro que participei, onde teve como protagonista, Luciano Dias, CEO da CAC Consultoria, especializada em eleições. Coincidentemente, foi o dia em que Joaquim Barbosa declinou de sua candidatura. Com a saída de Lula como candidato, 50% dos eleitores do Norte do país estão sem candidato. Assim sendo, fica a dúvida que candidato recebera o espólio do “cumpanheiro”. De maneira especulativa, disse que é provável uma distribuição para os diversos candidatos, onde possivelmente a Marina seja a preferida. Já o quadro em São Paulo é intrigante, por um lado, acha difícil explicar a elevada percentagem que o Bolsonaro acumulou, afinal, sua carreira nessa profissão é nula. Por outro lado, Alkmin, um candidato que tem a preferência dos paulistas em todas as eleições passadas, apresenta os mesmos 16% do Bolsonaro. Sobre esse último, Luciano Dias, acredita estar no seu limite de alta, como se diz no mercado, p

Trancado na defesa

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Quando 2018 começou, os investidores apostavam que o mundo cresceria em uníssono, caso raro de acontecer. Assim, bastava colocar seus recursos nas bolsas de valores e ir para praia. Os mercados emergentes eram considerados a bola da vez, com P/L – preço sobre lucros, em níveis bastante convidativos, preços da commodities subindo e o dólar caindo, que mais era necessário para mergulhar fundo? No Brasil então nem se fala, com a taxa de juros caindo à menos da metade em um ano, economia recuperando do tombo dos últimos anos, cenário externo em céu de brigadeiro, Lula fora das eleições, só um desinformado não tiraria seus investimentos da renda fixa, no confortável CDI dos últimos anos, para entrar na bolsa e fundos multimercados. Já não era tão importante quem seria o próximo presidente nem se ele estaria comprometido em fazer ajustes profundos e crucias das contas públicas. Como se diz em inglês “pedal to the metal” Mas esqueceram de combinar com os Russos, como diria Feo

Folego para o BCE

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O Mosca é um crítico ferrenho da política monetária implementada pelo banco central Europeu. Comprar caminhões de títulos das mais variadas cores e gostos, não parece uma estratégia prudente. A dívida da Grécia não pode ser igual a uma dívida da Alemanha, mas da maneira que o BCE vem encaminhando suas compras, coloca todos os países de forma iguais. Não é necessariamente assim pois esses papeis não tem a mesma taxa de juros, mas certamente a aquisição de volumes elevadíssimos distorceu esse parâmetro. Mas será que o BCE está deixando a boiada passar e dentro em breve a inflação da zona do euro estaria sob risco? Não é o que parece segundo um artigo publicado pelo Wall Street Journal. Ao contrário dos EUA e do Reino Unido, onde a inflação começou a subir, o crescimento dos preços ao consumidor na zona do euro, de 19 países, continua teimosamente baixo, apesar de anos de forte expansão econômica. Esse é um problema para o Banco Central Europeu, que gastou € 2,4 trilhões

Argentina está em alerta

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A publicação dos resultados de emprego revelou dados dispares. A economia dos EUA criou 164 mil empregos, enquanto a taxa de desemprego caiu para o nível mais baixo desde o final de 2000, sugerindo que os trabalhadores disponíveis estão se tornando mais escassos em um mercado de trabalho mais apertado. A taxa de desemprego, calculada a partir de uma pesquisa separada das famílias, caiu para 3,9% de 4,1% no mês anterior, atingindo a taxa mais baixa desde dezembro de 2000, perto do fim do boom tecnológico. Mas intrigando a todos, os salários continuaram a crescer lentamente, apesar da taxa de desemprego historicamente baixa. Os salários subiram ao longo do mês em 2,6%, quando comparado ao ano anterior, o suficiente para manter os salários um pouco acima dos aumentos no custo de vida. Os Economistas pesquisados pelo Wall Street esperavam 175 mil novos empregos em abril e uma queda na taxa de desemprego para 4%. Mas o relatório diz que a expansão está se deparan

Retórica do FED

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O FED manteve ontem a taxa de juros deixando praticamente garantida a alta na próxima reunião. Ao se analisar o comunicado, pouca coisa alterou sobre o anterior, mas um detalhe chamou minha atenção ...“ O Comitê espera que a inflação em bases anuais corra próximo ao nível de 2% de forma simétrica ” ... Destaquei a palavra que significa um recado ao mercado. O objetivo da autoridade monetária, ao introduzir essa palavra, é deixar claro que se a inflação subir acima de 2%, não vai sair correndo para elevar os juros acima do que se propôs. Minha interpretação que a palavra correta deveria ser assimétrica, pois a sua preocupação nesse momento é de uma alta da inflação acima do desejado. Mas tenho que aceitar que se fizesse isso, assustaria muito o mercado. Vamos analisar alguns componentes econômicos. Amanhã será divulgado a taxa de desemprego oficial, o resultado publicado ontem pelo ADP aponta para um mercado de trabalho robusto, conforme se pode verificar a seguir.