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Desmistificando o Hedge

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Já comentei algumas vezes sobre o conceito de hedge , palavra em inglês que não existe tradução para o português. Resolvi hoje aprofundar um pouco mais seu conceito, mas sugiro que releiam o post  confusão-patrimonial . Inicialmente, vejamos sua definição : "  Making an investment to reduce the risk of adverse price movements in an asset. Normally, a hedge consists of taking an offsetting position in a related security, such as a futures contract." Esta definição vai direto ao assunto, consiste numa operação contrária para reduzir um movimento adverso no preço de um determinado ativo, por exemplo: Se você contraiu um empréstimo em dólares e num  determinado  momento está preocupado que a cotação contra o real possa subir, faz uma operação de hedge, compra dólares futuros de tal forma que se o dólar subir, você vai compensar sua perda no empréstimo com o ganho neste contrato. Existem outros tipos de hedge que não são diretos. Me vem a cabeça uma situação que ocorreu qu

Um mundo de risco zero!

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O ser humano tem uma capacidade fantástica de adaptação, é claro que existem limites, mas de tempos em tempos, novos recordes acontecem. Durante minha vida profissional passei vários momentos de extremo stress, posso citar a moratória em 1987, diversos planos econômicos a saber: plano cruzado I e II, plano Bresser, plano verão, plano real, a crise da Ásia, a crise da Rússia, bolha da internet, bolha Imobiliária e etc... devo ter esquecido de alguns. Em cada um destes momentos a adrenalina eleva-se tanto, que a sensação ao final do dia é que um dia parece uma semana. Confesso que nunca passei como os momentos atuais principalmente com a baixíssima volatilidade em todos os mercados, tanto nas bolsas, como nos juros e câmbio. Parece que não existem riscos, ou melhor, os ganhos e perdas são mínimos. Vários analistas alertam que isto é temporário e que em breve as oscilações vão retornar, e outros que estamos numa nova era, e que é para ficar, conforme o relatado no post  novo-paradigma

USA: Procura-se John Wayne

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Uma semana atrás, em retaliação as acusações vazias, de que 5 oficiais do exército chinês estavam espionando empresas americanas, a China anunciou que vai proibir o uso do Windows 8 em computadores públicos (considerando a baixa qualidade deste software, é provável que teriam tomado esta decisão mesmo sem a retaliação). Hoje a China ampliou sua lista de empresas sancionadas, para incluir a IBM, bem como, em seguida um relatório da Bloomberg informa que o governo está pressionando os bancos nacionais para "remover" servidores desta companhia e substituí-los por um de marca local. Mas qual seria o real motivo por detrás destas retaliações? Não se sabe ao certo, porém agências governamentais, o Bank of China e o Ministério das Finanças, estão revendo se a aliança dos bancos comerciais com a China e a IBM, coloca em risco a segurança financeira, comentaram 4 fontes, que pediram para não se identificar. Esta revisão se encaixa bem nos objetivos de Pequim, depois que promotor

Desequilíbrio estável

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- David, Hello! está dormindo? A teoria diz sobre equilíbrio instável e não o contrário! Você anda terrível, não espera nem eu começar? Recomendo que converse com sua analista, pois anda sem paciência e isso é sinal de desesperança (será que meu outro lado está assim? Vou conversar com a minha analista, que é a mesma dele! Hahahahah...). Na sexta-feira foram publicadas as contas cambiais e o déficit em transações correntes, atingiu US$ 8,3 bilhões, acima de todas as projeções dos analistas, mas que é uma estabilidade em relação ao de abril, que foi de US$ 8,2 bilhões. Mas os causadores se alteraram: A balança Comercial que vinha a vários meses no negativo apresentou superavit de U$ 506 milhões; enquanto os serviços e rendas aprofundaram seus saldos negativo para US$ 4,4 bilhões e US$ 4,5 bilhões, respectivamente. Assim o déficit em 12 meses permaneceu estável a US$ 81,6 bilhões, ou 3,65% do PIB. No financiamento deste déficit, destaque para entrada de US$ 3,7 bilhões via investim

C'est la Folie

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O local em que eu passei maior parte de minha vida profissional foi o Banco Francês e Brasileiro, incorporado em 1999 pelo Banco Itaú. Foi sem dúvida os melhores anos de minha carreira, não que tivesse o maior ganho, mas como se diz: Nem tudo é dinheiro (mas ajuda! Ahahahah ...). Passei por lá em 2 momentos, mas certamente o primeiro, entre 1976 a 1984 foi o auge. Alguns executivos franceses se aventuravam a trabalhar no Brasil, e depois de um tempo, a sua grande maioria não queria voltar, também aqui tinham: casa, empregada, carro, salas enormes e etc..., quando na França teriam uma salinha de tamanho micro, iriam de metro ao trabalho, e serviam seu próprio cafezinho! Mas era divertido e eficiente, éramos muito respeitado no mercado pelos concorrentes. A fórmula, foi a estratégia traçada por um diretor, que lotou o Banco de jovens engenheiros, com uma formação sólida de matemática. E com liberdade para operar "mandamos bala", foi muito rentável. - Hiiiii... saudosimo

Uma boa e uma má notícia

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- David, deixa de brincadeira, vamos lá, qual a má notícia? Hoje foi rápido no gatilho, mas vai ter que esperar um pouco, por que esta pressa toda, se a Copa do Mundo nem começou? Aliás já quero informar meus leitores que durante este período vou assistir a maioria dos jogos, portanto podem esperar por comentários nesta área, sem análise técnica! Hahahaha... Voltando aos mercados, como todo final de mês, inicia-se o período de divulgação dos  Purchasing_Managers_Index (PMI) , e os da China e Japão foram publicados esta noite. Vamos começar com a China que é de muito interesse a todos, e quero notar que esta não é a publicação oficial, mas a que é publicada pelo Banco HSBC. Muito bem, o índice subiu para 49.7, acima das expectativas de mercado que apontavam 48.3 e uma boa melhora em relação ao mês passado (48.1). O gráfico acima compara esta publicação com a oficial, que será publicada no final do mês, e parece que uma aproximação destes dois deverá ocorrer. - Vai David, qual

Rússia na contra mão

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Desde que a situação na Ucrânia irrompeu, a Rússia colocou suas tropas prontas para agir, induzindo os USA e aliados a proporem sanções financeiras àquele país. Num determinado momento o Banco JP Morgan não quis honrar uma ordem dada pelo governo soviético de transferir seus títulos para  outra praça, isto durou apenas algumas horas, haja visto a reação dos Russos contra o JP Morgan. É possível acompanhar as posições detidas por cada país em relação aos títulos americanos que possuem, e não é surpresa que a Rússia vem diminuindo em um ritmo sem precedentes, só em março venderam um volume recorde de US$ 26 bilhões, ou 20% de sua posição. A pergunta que vêm logo a seguir seria, mas o que aquele governo está fazendo como estes recursos? A resposta é ouro, só em abril comprou 900.000 onças do metal equivalente a US$ 1,17 bilhão, suas reservas atuais montam US$ 44,30 bilhões em 01 de maio, de um total de US$ 471,1 bilhões, ou seja, aproximadamente 10%, o que é bem inferior as po