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Mostrando postagens de dezembro, 2016

Happy Dollar!

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O dólar resolveu dar uma pausa neste final de ano e deu uma colher de chá às outras moedas, inclusive o real. Infelizmente, fomos estopados em nossa posição de dólar contra o real, com uma perda de 1,36%. Cést La Vie! Este último post do ano é para concluir os trades de 2016. Não vou fazer uma análise mais detalhada do dólar contra o real pois acho que ninguém está no "clima", inclusive o Mosca , afinal estamos em ritimo de Réveillon. A partir de agora, passo a acompanhar o intervalo de R$ 3,50 para cima e R$ 3,12 para baixo. O meio é o que deve acontecer nos próximos dias. Na minha volta, faço uma análise mais detalhada, ou anted disso, caso haja um rompimento desses níveis acima. A tabela abaixo apresenta o resultado deste ano, veja a seguir as principais estatísticas: Foram propostos 24 trades no ano, desses, 10 ganhadores com um acumulado de 34,21% (média de 3,4%/trade), 7 perdedores com uma perda acumulada de 9,81% (média de 1,4%/trade), e 7 cancel

Merry Christmas

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Como havia comentado, farei hoje uma breve atualização de nossas posições, além de alguns dados que selecionei durante a semana. Quando o assunto é EUA, Donald Trump ainda domina o noticiário. Está ficando cada vez mais claro que o troglodita vai pelo caminho que orientou sua campanha eleitoral. Nesta última semana se concentrou em assuntos referentes a China, aonde tudo indica, tomará medidas para restringir as importações daquele país através da elevação das tarifas de importação. Por outro lado, a China de forma não oficial deixou vazar em seus meios de comunicação, que permanece esperançosa que o novo governo manterá os acordos anteriores, porém alerta para os enormes prejuízos para ambos os lados, caso ocorra aumento de tarifas por parte dos EUA. Diz também que, caso isso ocorra, fará o mesmo com produtos importados desse país. A recuperação de postos de trabalho é uma promessa de Trump que tem pouca chance de sucesso. Como o Mosca comentou diversas vezes, a pro

Euro: Uma ideia de Jerico!

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Ontem foi publicado o índice de inflação CPI e , de agora em diante , passa a ser um indicador com maior importância , visto que o FED iniciou o ciclo de normalização dos juros. No post inflaçâo-revanche , tracei um cenário negativo no longo prazo para a inflação americana, onde essa poderia avançar acima das intenções do FED. O dado publicado ontem mostra uma tendência da inflação se dirigir à meta traçada de 2% a.a., e nada até o momento indica maior preocupação. Por outro lado, existe um alívio pelo fato de não mais indicar deflação.   No passado expliquei a importância de analisar a curva de juros, um conceito que permite concluir se o mercado vê com bons olhos os movimentos feitos pela autoridade monetária. Recomendo a leitura do post juros-101 . No momento , estamos interessados em saber qual deveria ser a curva esperada num processo de alta de juros. No post acima, fiz o seguinte comentário: ...” Considerando o que o FED deseja normalizar os juros num espaço

O ouro vai virar pó?

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Ontem foi anunciada a decisão da esperada reunião do FED, não porque se tivesse alguma dúvida que a autoridade monetária aumentaria os juros, mas se haveria mudanças nas suas projeções. No post tem-gato-no-telhado  fiz os seguintes comentários:  ...” Na próxima semana o FED se reúne na quarta-feira para decidir sobre a taxa de juros. Na verdade, já está decidido: vai subir 0,25%. Mas, o que não está no radar, e pode surpreender o mercado, seria uma projeção de mais altas em 2017; ou seja, ao invés de 50 pontos como o mercado espera, a autoridade monetária sugere 100 pontos. E olha, não seria nada de mais, pois fecharia o ano de 2017 em 1,75% a.a., ainda abaixo da inflação corrente ao redor de 2%” ... Acho que o FED seguiu os conselhos do Mosca ao elevar as projeções para 2017 e 2018 de 50 pontos para 75 pontos, fizeram um fifty - fifty ! Hahaha ... A ilustração a seguir detalha a evolução das projeções feitas pelos membros do FED, o que o mercado denomina de dots . Note

Real: Quando o acerto pode gerar uma perda

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Os mercados emergentes sentiram 0 impacto logo após a vitória do Trump, tanto nas suas moedas como nos juros. Naturalmente, o peso mexicano foi o mais afetado; acho que o troglodita teve um grande problema com alguma empregada mexicana na sua casa e, por conta disso, ficou com raiva de todos eles. Vocês podem achar bizarro, mas para as pessoas que acreditam serem as donas da verdade esse tipo de transferência não é raro. Mas, onde se pode verificar se existe uma ameaça real? Nas reservas desse país. O gráfico a seguir calcula a relação entre o total de reservas contra a dívida externa de curto prazo. Quanto maior esse indicador em um país, menos sujeito o mesmo está a um ataque especulativo. Notem que estamos como um dos melhores, perdendo apenas para a Rússia. - David, e os swap cambias, não deveriam ser considerados? Eles são compromissos de curto prazo. Boa a sua pergunta, mas a resposta é não. O motivo é que embora sejam obrigações que o país tem em moeda estran

SP500: Céu azul

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Hoje a análise é sobre bolsas, o SP500 e o Bovespa. Porém, antes de começar, vou compartilhar dois gráficos que considero interessantes, sendo que o primeiro mostra como o mercado já corrigiu a distância que existia entre a projeção do FED para a taxa de juros e o que está implícito nos contratos futuros. Praticamente estão iguais , quando algum tempo atrás, os de mercado estavam bem abaixo. Amanhã é dia da reunião do FOMC e todo o mercado estará de olho nessas novas projeções. O gráfico a seguir apresenta uma estatística sobre a importação americana. Verifica-se entre 250 produtos a percentagem de importados de um determinado país. Se o troglodita resolver impor condições de restrições às importações chinesas, o impacto sobre os preços desses produtos poderá ser importante. Notem que o México também tem uma participação elevada. No final de 2014, o SP500 flertou com a marca dos 2.000 pontos e desde então entrou num intervalo de negociação compreendido entre 1

Inflação: A Revanche

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Nestes mais de cinco anos de publicação do Mosca, os leitores que acompanharam o blog notaram o grande dilema vivido, que não me é particular, sendo também de boa parte dos críticos. Com injeções maciças de liquidez logo após a grande recessão de 2008, propiciadas pelos principais bancos centrais do mundo, os analistas ora pendiam acreditando que esse movimento geraria níveis de inflações indesejados, ora projetavam o caso clássico em economia, “armadilha da liquidez”, onde o excesso de liquidez não produz efeito na atividade economica. Mais recentemente, os bancos centrais da Europa e do Japão enveredaram por um caminho nunca antes experimentado, da taxa de juro negativa, tamanho desespero para evitar que seus países entrassem numa depressão. Os analistas, de uma maneira geral, repudiaram essa ideia levantando diversos argumentos contrários e prejudiciais provenientes dessa ação. Observa-se na mídia atual um desejo para que 2016 termine logo, tamanha foram as más no

Alto risco

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Ontem na reunião mensal do ECB sobre política monetária, era para decidir se continuaria a farra dos helicópteros, ou o Super Mário colocaria uma pausa. Os menbros decidiram ir em frente propondo apenas uma pequena redução no volume mensal que passou de 80 bilhões de euros para 60 bilhões, por outro lado estendeu o prazo para dezembro de 2017 com possibilidade de continuar caso julgue necessário. Uma outra tecnicidade foi a permissão para o ECB comprar títulos com vencimento de 1 ano, mesmo que seja inferior a taxa mínima que ele estabeleceu. Em outras palavras, uma empresa emite um bond e vende para o ECB, com esse dinheiro deposita no ECB a uma taxa superior (o processo está simplificado é apenas ilustrativo). Free Money! A primeira reação do euro foi de alta, os apressadinhos só leram a primeira frase que expunha a redução do montante. Depois de alguns minutos mergulhou em queda livre e agora se encontra próximo da mínimas, pois o programa é nitidamente na direção de

A ilógica Financeira

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Acho que não restam dúvidas sobre a reação da mídia em relação à decisão do STF de manter Renam Calheiros na Presidência do Senado. A sua sorte é que faltam poucos dias para o recesso de final de ano e seu mandato termina em fevereiro. Mas, a imagem do Supremo ficou chamuscada e a recém-empossada Carmen Lúcia perdeu muitos pontos, pois predominou o espírito corporativista. Imagino que Sergio Moro também não ficou satisfeito e terá que trabalhar com esse cenário. Será que mandaram a massa da pizza para o forno? Se eu perguntasse a um grupo de investidores qual deveria ser a volatilidade de um mercado quando o grau de incerteza é muito elevado, obteria 100% das respostas que subiria. Se eu continuasse nesse questionamento e dissesse que uma mudança considerada positiva deve acontecer em breve, a volatilidade, deve ser maior ou menor do que a atual? 100% das respostas diria maior. Pois bem, a situação de hoje aponta as duas respostas como erradas. No gráfico abaixo, em vermel