Postagens

Mostrando postagens de fevereiro, 2018

200.000!

Imagem
É com muita satisfação que anuncio a marca de 200.000 post visitados. Já se passaram mais de seis anos desde a primeira postagem. A foto de hoje ilustra bem que o sucesso é a ponta do iceberg, abaixo dele inúmeras condições são necessárias à sua concretização. Usando um paralelo com os jogadores de futebol, várias vezes me perguntei até quando deve ir o Mosca ? Confesso ter pensado que, ao chegar no nível atingido hoje, iria parar. Passados esses momentos, resolvo jogar o problema para frente, afinal sem tem gente lendo é porque está sendo útil para esse público. Outro dia estava observando as primeiras postagens e notei como o Mosca mudou. Acredito que hoje em dia, os assuntos econômicos são mais opinativos que descritivos. Já na análise técnica, venho buscando deixa-la mais friendly, o que é um desafio. Nessa secção busco também descrever as dúvidas que existem em determinados momentos, e traçar planos alternativos. Foram publicados 1.584 posts durante esse

Limite de baixa

Imagem
Ontem foi publicado o resultado das transações correntes com um déficit de U$ 4,3 bilhões. Como o resultado em janeiro de 2017 foi um pouco pior de U$ 5,0 bilhões, o acumulado em 12 meses teve uma nova queda para U$ 9,0 bilhões. Um saldo excelente. Então por que estaria eu alertando sobre o futuro das contas cambiais? O motivo é que, espera-se uma piora em seus vários componentes. Vejamos então: Investimento direto atingiu a marca de U$ 6,5 bilhões, abaixo do observado no ano anterior. O gráfico a seguir não deixa dúvidas, depois de atingir a marca histórica de U$ 100 bilhões em 2011, vem lentamente retraindo e situando-se em base de 12 meses ao redor de U$ 65 bilhões. Os resultados comparáveis entre essas duas rubricas – déficit e investimento direto, dão uma enorme vantagem numérica como o gráfico abaixo apresenta. Mas não dá para ficar comemorando, pois, o déficit tende a piorar daqui em diante. Uma grande contribuição para a queda vertiginosa do déficit f

As previsões que se danem!

Imagem
Um artigo publicado pela Bloomberg pelo articulista, Barry Ritholtz, elenca dez motivos pelos quais não deveríamos prestar atenção em previsões. Ele reforça que mesmo assim, nós persistimos em ouvi-las. “Acabei recentemente de apontar uma previsão de recessão errada, feita há um ano, por uma pessoa que está prevendo uma queda econômica nos EUA, desde 2011. Esperava provocar uma discussão de por que as previsões são tão contraproducentes e por que ninguém deveria fazer investimentos com base nelas. Em vez disso, uma discussão entre otimistas passivos zombando de pessimistas ativos acabou acontecendo”. “Até agora, percebi que todos certamente entendem que as previsões do mercado - de fato quase todas as previsões - são loucuras”. “Infelizmente, meu pressuposto estava errado. Assim, vamos mais uma vez até os princípios, para lembrar aos leitores o que sabemos sobre previsões, e por que tão raramente estão certas”: Nem tudo é uma previsão : isto é especialmente verdad

Inflação, inflação, inflação ....

Imagem
Hoje o assunto mais debatido no mercado internacional é a inflação americana. Nos últimos dias diversos artigos foram publicados apontando para altas da inflação no curto prazo, enquanto outros acreditam que não deveria ter nenhuma grande surpresa. Os investidores estão buscando formas de obter informações mais recentes sobre esse indicador. O State Street Bank, que é um banco não muito conhecido internacionalmente por especializada em custodia de títulos, publica a inflação medida por medidas de alta frequência, que consiste em levantar os preços de milhões de itens vendidos on line. Segundo essa medida a inflação americana está subindo de forma consistente e encontra-se próxima de 2,5% a.a. Um outro fator que pode ter impacto nas expectativas, se é que a inflação realmente está caminhando para cima, é a inexistência de surpresas nesse campo nos últimos anos. Outro argumento sobre esse tema é a elevação do déficit americano que conforme o gráfico abaixo aponta cami

SP500: All in

Imagem
Uma estatística contendo a valorização das ações que compõe o SP500, chamou minha atenção. Três estrelas das empresas de tecnologia foram responsáveis por quase a metade do avanço, do SP 500 este ano. Um sinal preocupante para os investidores que esperam um fortalecimento da economia em partes da Indústria, companhias de petróleo e outras empresas onde geralmente suas cotações melhoram com o crescimento. A Amazon representou 27% do ganho de 1.6% do SP 500. Isso é seguido pela Microsoft que contribuiu com 13%, e a Netflix com 8,3%. "Quando você vê uma liderança da Netflix ou da Amazon, não é necessariamente um grande sinal de confiança dos investidores, pois você sabe que esses nomes podem sempre gerar crescimento, não importa o que está acontecendo", disse Jack Ablin, sócio fundador e diretor de investimentos da Cresset Wealth Advisors . Os investidores se preocuparam nos últimos anos com o domínio do setor ou das ações de tecnologia, mas esses me

Desafiando o FED

Imagem
Está se criando um consenso no mercado que o FED vai seguir com sua expectativa de alta de juros. O que não existe consenso é em relação a velocidade desses aumentos, bem como o nível final. Observando-se a última ata do FED, e considerando a média de opiniões de seus membros, existiriam mais 3 elevações de 25 pontos básicos esse ano e no próximo, o que totalizaria um nível de 3%. Acontece que os mercados embutem uma probabilidade de 30% para 2018 e 15% para 2019. Em outras palavras, esperam que a alta seja muito mais lenta e menor que o FED. Qualquer mercado de renda fixa que é organizado se pode extrair a estrutura das taxas no tempo, o que se denomina de curva de juros. Assim, se a taxa do overnight americano estiver em 3%, e em condições normais de temperatura e pressão, os juros dos títulos de 10 anos deveriam ser superiores a esse nível. Um artigo publicado pelo Wall Street Journal resolveu “chutar o pau da barraca”, se perguntando se não seria o caso de ter qua

Índice de Miséria

Imagem
O economista Arthur Melvin, criou uma forma de medir o nível de miséria de uma país de uma forma bastante simples. Esse índice indica como um cidadão médio está se saindo economicamente, ao adicionar a taxa de desemprego ajustada sazonalmente a inflação anual. Naturalmente não foi feito para medir países com inflação muito elevada. Vocês observarão a seguir o resultado da Venezuela, onde não existe inflação, mas sim, hiperinflação. Nesses casos, o índice é de pouca valia, pois ao se comparar dois países nesta situação, não se pode dizer que um está pior que o outro. Ambos estão um desastre! A elevação de preços é mais uma ameaça para a economia global este ano do que o desemprego, de acordo com o Misery Index da Bloomberg, que resume as perspectivas de inflação e desemprego para 66 economias. A Venezuela marca seu quarto ano como a economia mais miserável do mundo, com uma pontuação que é mais do que três vezes o que era em 2017. A Tailândia novamente reivindicou o s

Não faça o que eu digo

Imagem
Hoje é feriado em Nova York, nesses dias os mercados ficam fechados, e os com execução eletrônica permanecem em banho Maria. Num mundo tão informatizado e robotizado, uma entrevista com um corretor da bolsa americana, pelo jornal Washington Post chamou a minha atenção. O corretor de 60 anos é talvez o rosto mais emblemático da Bolsa de Valores de Nova York - e dos mercados de ações dos EUA. Com o olhar parecido ao do Einstein- é tido como um indicador de sentimento em tempo real - seja ele de angústia, antecipação, desespero ou triunfo. Tuchman é sem dúvida a pessoa mais fotografada na NYSE. "O recinto da NYSE é o maior escritório na Terra. Tem energia, pessoas. Estes são pisos sagrados. Tem 120 anos, e todo presidente, cada chefe de estado, celebridades andaram neste andar. O que acontece neste andar afetará as finanças mundiais em uma base diária. E eu estou no meio disso. Eu adoro isso. E uma vez que meu rosto se tornou o que se tornou, também adoro essa p

Pisando em ovos

Imagem
Talvez os leitores do Mosca estejam ficando um pouco saturados do assunto bolsa de valores e suas consequências. Se eu estiver exagerando na importância peço desculpas, mas no meu entender será muito importante acompanhar as próximas semanas, e julgar se tudo volta à normalidade, ou o evento da semana anterior foi o começo na mudança de direção. Se as bolsas estivessem baratas tudo teria menos importância, pois nestas situações novos recursos estão ávidos a entrar no mercado acionário, e qualquer queda é uma oportunidade. Mas esse não é ocaso, pelo mesmo da bolsa americana, aí tudo pode ser diferente. Vou procurar fazer uma análise mais realista inicialmente. Não existem dúvidas que, o que ocasionou as quedas do início do mês foram os fundos ETF na categoria volatilidade, onde os investidores colocam seu dinheiro, apostando que a volatilidade permanecera baixa. Como essa estratégia foi vencedora por anos, um ciclo virtuoso se instalou nesse produto. Existia fundos que faz