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Mostrando postagens de novembro, 2023

Agora vai? #ouro #gold

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  Lembro quando em 1.999 o ouro estava largado ao redor de U$ 200. Naquela época, decidi embarcar numa estratégia contra o dólar — não porque fosse virar pó, mas por estar muito valorizado —. Solicitei a cotação para compra de ouro. A pessoa que me atendia ficou surpresa, dada a falta de interesse por décadas, e perguntou se eu estava certo da minha decisão. Talvez tenha sido um momento em que acertei no bumbum da mosca (sem ela existir ainda) que, agora encaro, foi por sorte, pois não era grande entendido nem em metais nem em câmbio, além de não estar envolvido em análise técnica. Quando comecei a publicar o Mosca , não se falava em outra coisa que não fosse o ouro. Isso era em agosto de 2011, quando a cotação chegou próxima aos U$ 2.000. O argumento para tamanha pujança era que o dólar estava prestes a virar pó. Foi nessa época que lancei a opção do 0800-Mosca, um serviço 24/7 para retirar os dólares de quem achava que não iriam valer nada. Em seguida, o ouro caiu até U$ 1.050 em

Achando uma boa desculpa #IBOVESPA

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  Não vejo por que alguém escolheria um fundo de ações para investir na bolsa. Eu trouxe aqui inúmeros estudos que mostram falta de consistência no tempo. Outro indicador que me deixa intrigado é o P/L. Como confiar que uma empresa possa manter seu lucro por 10 anos — isso um parâmetro considerado conservador, barato — quiçá 30 anos? Mas essa é uma questão para os fundamentalistas. Joachim Klement traz em seu site Klement on Investing as justificativas dos gestores para seus resultados, quando são melhores e piores que seu benchmark. Há pouco tempo, discuti como os analistas tentam transferir a culpa pelas previsões fracassadas. Mas os gestores de fundos não são melhores, como mostra um estudo de Meng Wang, da Universidade Estadual da Geórgia . O estudo usou um modelo de linguagem ampla baseado em GPT e o treinou na discussão sobre o desempenho que os gestores de fundos oferecem. Esse modelo permitiu diferenciar quais as razões apresentadas pelos gestores para o desempenho super

O Mosca perdeu a razão? #SP500

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  Um leitor, ex-colega (e amigo) vem questionando algumas posições do Mosca e mandou a seguinte mensagem relativa ao post da última sexta-feira a-Coca-Cola-do-mercado-de-ações , onde externei minha posição otimista sobre as ações da Nvidia: “Mercado está caríssimo, na minha opinião e Nvidia é uma bolha, se não for uma fraude .... certeza posso estar errado”. Macaco velho que é, sua última frase é a salvaguarda que todo investidor experiente coloca, afinal quantas não foram as vezes que mordemos a língua! Esse leitor não usa análise técnica — até onde eu saiba —, e realmente está absurdamente cara sob o critério fundamentalista, como se poderá ver mais adiante. Eu entendo perfeitamente seus argumentos e concordaria 100% se essa fosse a maneira que eu analiso r os mercados. Também sei que quem não usa a análise técnica tem muita dificuldade em aceitá-la, já passei por isso no passado. Como fica o Mosca numa situação em que o técnico é diametralmente oposto ao fundamento? Fico com o

Brasil: sem rumo #usdbrl

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  A frase “os incompetentes escolhem pessoas incompetentes para trabalhar a seu lado”, que usei em toda minha vida profissional, aplica-se muito bem à equipe do governo atual. Neste caso faria um acréscimo à origem: os mal-intencionados também escolhem incompetentes, assim podem executar suas ideias sem contestação. A Petrobras passou por maus bocados na mão do PT, que quase levou a estatal brasileira à falência. Depois que a Lava Jato desmascarou o maior roubo da história mundial feito numa companhia, muitas medidas de salvaguarda foram tomadas para evitar que acontecesse no futuro. Essa garantia se encontra em risco novamente. Segundo editorial do Estadão de ontem, o novo plano de investimento da Petrobras parece sob medida para alimentar o projeto de poder do Lula, à custa de obras e prioridades do governo bancadas pela companhia. Não foi dado muito destaque a esse anúncio, mas uma análise mais detalhada não nos deixa tranquilos. Samantha Pearson e outra escreveram no Wall Stree

A Coca-Cola do mercado de ações #nasdaq100

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  Às sextas-feiras eu organizo um almoço com um grupo de amigos. Para tornar um momento agradável e de reflexão, proponho uma tema que pode ser de qualquer assunto do momento. Dada a idade média desse grupo, restrinjo a cinco minutos assuntos de saúde — dores inclusive — e política. Hoje o almoço será em minha casa, onde farei a apresentação que realizei na FEA no mês passado. O assunto, como já havia mencionado aqui antes, se divide em duas partes: o litígio sem solução que versa sobre as ações tomadas pelos americanos e chineses e suas consequências; depois, uma provocação da frase tão conhecida que adaptei para: Comprar caro e vender barato, nessa parte uso o exemplo da Nvidia como a ação cara a comprar, e é sobre ela o assunto de hoje – vender barato versa sobre ações de bancos. Na minha adolescência, a Coca-Cola dominava o mercado de refrigerantes. Naquela época só existia uma — a Light e a Zero foram introduzidas quando o mundo começou a se preocupar com a saúde. Naquele inst

Bumbum na cadeira #ouro #gold

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  Quando eu era pequeno, de tempos em tempos alguns amigos do meu pai, que moravam na Argentina, vinham nos visitar. Um deles gostava de me provocar dizendo que o Brasil só tinha banana e macaco. Eu ficava furioso, mas naquela época era indiscutível a superioridade do nosso vizinho. Passear na Calle Florida era como passear em qualquer cidade europeia. Outra situação que me incomodava no passado eram as conversas que os argentinos tinham em encontros, preferencialmente em almoços, contando que tal pessoa fazia negócio de mil millones de dólares . Sempre tinha a impressão de que “bilhões” era muito dinheiro. Depois fui saber que era uma forma de enfatizar a quantia. Na minha experiência com argentinos, não me recordo ninguém que mencionasse algum valor em pesos, era sempre em dólares, eles desde sempre pensavam na moeda americana sem que houvesse a conversibilidade aprovada legalmente. Agora com Milei, terão a oportunidade de esquecer que o peso argentino existiu algum dia, isso se