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Mostrando postagens de janeiro, 2017

EUA X O "resto"

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Dou minha palavra que estou me policiando para não comentar sobre as atuações do Trump, mas não está dando. A cada minuto, um novo movimento é noticiado. Ontem foi a advogada geral da União, Sally Yates, que reviveu os tempos de Trump no programa Aprendiz e foi Fired , com F maiúsculo. Isso, porque ela desafiou a ordem do chefe de proibir a entrada de imigrantes dos países considerados de risco. Hoje pela manhã o espectro de ações cruzou o Atlântico, quando o assessor para assuntos de comércio, Peter Navarro, acusou a Alemanha de usar o euro “grosseiramente desvalorizado para explorar os EUA e seus parceiros da Europa”. Imediatamente após o anúncio, o euro subiu 0,5%. Mas, será que através das palavras o novo governo poderá influenciar um mercado tão grande quanto o de câmbio, que negocia diariamente US$ 5,0 trilhões? Não acredito, o que acabou acontecendo hoje tem outras explicações. Incialmente, eu gostaria de comentar os dados do PIB americano publicado na última sexta-

China: A hora da decisão

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Já dizia o grande estadista Francês, Charles De Gaulle, “O difícil não é escolher a melhor alternativa entre duas, e sim, entre duas opções péssimas”. Parece que a China está chegando rapidamente a um ponto onde terá que optar por entre dois caminhos. As duas opções são complexas e simples: continuar observando saídas de recursos, ou acompanhar as mais modernas economias e se transformar permitindo o fluxo sem restrições através da liberação da taxa de câmbio. Henry Fernandez, CEO da MSCI – uma companhia que publica o índice da maioria das bolsas internacionais, sugeriu que a China adotasse um câmbio livre. Esse país vem desejando que sua bolsa seja incluída no índice MSCI Emerging Markets. Está inclusão poderia canalizar trilhões de dólares em seu mercado acionário e provar que de fato a China é moderna e uma economia global. A China vem tentando mostrar ao mundo que sua economia é aberta, transparente e segura, mas a MSCI disse que está perto, mas ainda faltam alguns pas

Nunca dependa muito de um cliente

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Durante minha vida profissional, já presencie inúmeras guinadas no comércio exterior. Na verdade, antes do Governo Collor era praticamente impossível importar algum bem; as alíquotas eram extremamente elevadas além dos entraves burocráticos. Esse mesmo governo implementou a maior abertura comercial da história e, desde então, permanecemos com essa política. Agora, pergunte se os empresários brasileiros ficaram felizes? Tenho vários amigos do setor têxtil que lamentam constantemente a concorrência chinesa. Os EUA sempre foi, até então, um país que incentiva o aumento do comércio exterior; sua estratégia era a de importar produtos de pouco valor agregado e exportar principalmente serviços de alta tecnologia. E a China passou a ser seu maior parceiro comercial. Vários acordos entre grupos de países foram firmados, porém a estratégia era sempre nesse sentido. No caso mexicano, que é baseado sobre o acordo do NAFTA, a relação era mais vantajosa para esse país, pois, pela sua proxim

Dow Jones: 20k

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Donald Trump perdeu temporariamente parte dos holofotes. O seu concorrente foi o índice Dow Jones que rompeu o nível histórico de 20.000 pontos. Só o Wall Street Journal reserva 3 reportagens sobre o assunto. Da mesma forma que as pessoas organizam festas para comemorar aniversários decenais, o mercado financeiro faz o mesmo. Naturalmente é muito diferente essas duas situações. O índice Dow Jones é recalculado periodicamente, tanto o peso de cada ação como a sua composição se alteram. Outra grande diferença, é que o índice pode andar para trás. Do ponto de vista prático, tanto pela análise fundamentalista como na análise técnica, esse fato não tem a menor importância, é apenas um número redondo. Mas não é o Mosca que vai querer contrariar o comportamento das pessoas, e o impacto psicológico influencia sim os investidores. O Wall Street Journal, num de seus artigos, publicou uma análise apontando qual companhia colaborou mais para que o Dow Jones atingisse essa ma

A farra dos bancos centrais

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Os bancos centrais ao redor do mundo têm adotado políticas monetárias de juros baixos ou negativos e vêm alocando os recursos provenientes de sua intervenção em ativos de risco. Bancos centrais da Suíça, e até os da África do Sul, estão investindo uma parte importante de suas intervenções em ações, títulos de companhias e outros ativos mais arriscados. Abandonando sua prática tradicional de investir essencialmente em títulos super garantidos de governos como os do EUA. Mas, neste momento, que o crescimento global, os juros e retornos potenciais em muitos ativos é extremamente baixo, muitos dos bancos centrais estão cada vez mais focados em maximizar seus retornos. Para se ter uma ideia desse fluxo, em 2009 o SNB – Banco Central Suíço – detinha 9% de seus ativos em ações. Agora , esse percentual já se encontra em 20%, incluindo investimentos de US$1,7 bilhão na Apple, US$ 1,08 bilhão na Exxon e US$ 1,2 bilhão na Microsoft. Em uma pesquisa recente realizada pela Inves

Olhando no espelho

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Depois de um fim de semana de comemorações, Donald Trump não tem mais com quem reclamar, pois a bola agora está em seus pés. A sensação de depressão pós eleição deve ter se instalado. Uma rotina muito diferente da de um empresário é a nova realidade do novo Presidente. Daqui em diante saberemos se vai implementar aquilo que prometeu, e isso não depende só dele, mas também da aprovação do Congresso americano. Uma pesquisa feita pelo Bank of America aponta como maior risco uma eventual guerra comercial de políticas protecionistas, conforme o gráfico a seguir. Notem que no período de um ano o foco mudou radicalmente, onde o maior risco anteriormente era a deflação e eventuais quebras de bancos. Dá para fazer apostas de longo prazo e esquecer?   No quesito mão de obra, grande bandeira defendida por Trump, os dados não apontam para tanto otimismo. Ao se deparar com os custos por hora, comparativo entre EUA, México e China, não existe nenhum argumento racional para que u

"Shit Happens!"

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Quem tem uma mente matemática e conhece estatística pode aceitar melhor situações da vida. No passado, fui assíduo frequentador dos Cassinos e ficava até altas horas buscando quebrar a banca. Na verdade, nunca fui um grande jogador, porém tinha uma grande disciplina nas apostas. Não saberia dizer qual o meu resultado final, mas deve ter sido negativo, embora me recorde de que nos últimos anos tive alguns momentos positivos. Depois de muito tempo, a convivência diária com os mercados fez com que eu me desinteressasse completamente pelo jogo, afinal, sendo racional, como eu poderia entrar numa aposta onde minha chance de ganho não era nem 50/50? Neste ano fui com meu filho e enteadas ao Cassino e, depois muita insistência, decide arriscar US$ 100. Acho que minha atitude foi desmotivadora, se é que eles esperavam um jogador arrojado. Mecanicamente, colocava minhas apostas no mesmo número da roleta e, sem a menor emoção, aguardava o resultado. Em determinadas situações, quando

A moda é tuitar!

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Eu estava imaginado que a quantidade de notícias sobre a posse de Trump terminaria amanhã, mas eu me enganei. O “Já-Presidente”, Donald Trump, está imprimindo uma nova forma de governar. Faz parte de seu estilo usar o Twitter constantemente dando recados de toda espécie. Do ponto de vista psicológico, não resta dúvida que ele se encaixa como narcisista e, porque não, psicopata; esse último parece estar associado a inúmeros Presidentes, como se fosse um dos pré-requisitos para o cargo. O Twitter atende seus anseios pessoais e, por ser um empresário “raposa”, também fico em dúvida se tem algum interesse nessa empresa, visto que a companhia não vai muito bem ultimamente; veja a seguir como caiu o tempo nesse aplicativo. Podem se acostumar, durante os próximos 4 anos postará diariamente, e quiçá 8 anos, visto sua intenção de concorrer a reeleição em 2020 com o slogan “ We continue to make American Great” . Se a moda pega e além dele outros Presidentes e CEO de Companhias r