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Mostrando postagens de abril, 2013

O Super Mário vai ter que entrar em ação

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Os vídeo games do Super Mário foram um sucesso, antes do acesso a jogos on line, a época era dos game boy , e naquele momento ele era o "cara"! Eu não jogava, afinal não fui treinado, eu só acompanhava meus filhos jogando. Bons tempos! Mas o Super Mário que eu me refiro hoje não é este e sim o Presidente do ECB, que ganhou este apelido, numa tentativa de "salvar" o euro, quando pronunciou a frase: ..." Vamos fazer de tudo para manter o euro"... e isto acalmou os mercados desde então. Mas as coisas não andam bem pela Europa, ou melhor, continuam na maioria dos países piorando, alguns em estado desesperador (Grécia, Chipre), outros muito ruim (Itália, Espanha e Portugal) e outros um pouco pior (Alemanha, França). A taxa de desemprego publicada na Europa continua piorando, veja a seguir. Acontece que estes números não são iguais para todos os países, pois na Alemanha (5,4%),  Áustria  (4,7%) e Luxemburgo (5,4%) são as menores e a Grécia ( 27,2%),

Esta Deflação, é da boa ou da ruim?

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Eu externei há alguns dias o receio de que estaríamos entrando numa deflação, onde os preços  dos produtos caem. O motivo principal é o fato da inflação nos USA e Europa estarem em queda, e no Japão continuar negativa. Estamos presenciando também esforços por parte dos BC´s para evitar este cenário econômico,  pois nesta situação, a política monetária, perde totalmente sua eficácia, pois juros menor que zero, só colocando um imposto sobre os depósitos à vista, atitude muito impopular para um mundo com pouca tolerância. Existem dois tipos de deflação, a boa quando os preços caem, porque a produtividade é  elevada, mas o PIB é positivo, e a má, quando os preços caem porque as pessoas param de consumir e o PIB é negativo. Estas duas situações já aconteceram no passado, a primeira durante a Revolução Industrial no século XIX iniciada na Inglaterra onde a máquina foi superando o trabalho humano, houve stress durante o caminho, mas o mundo evoluiu, e a má depois do Crash de 1929, onde o 

Fila de Investidores

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Ultimamente está difícil de encontrar alternativas para os investimentos, acho que todos já passaram por uma situação onde lhe foi oferecido um título de renda fixa e ao tomar ciência da taxa, sua reação foi: Estou fora! Uma atitude emocional de indignação. Com o passar do tempo, e a cada vez com taxas piores, você se viu obrigado a aplicar numa condição pior que aquela, afinal algum juro é melhor que nenhum juro! A primeira vista o culpado por esta miséria de juros são os BC´s, afinal com tantos helicópteros, só poderia dar nisso, porém existe um outro culpado, a diminuição na emissão de títulos, parte por consequência do movimento de desalavancagem que estamos passando. Um estudo muito interessante coletou todas emissões dos principais países e comparou a sua evolução. Este estudo compreende um período de 10 anos na Europa, USA e Japão. Observem que o aumento na emissão de títulos dos governos começou após a crise de 2008 (azul marinho). Também o volume total está diminuindo

O Brasil está derrapando

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Todos nós já passamos por uma situação de insegurança, ao dirigir num terreno com lama, é uma sensação horrível, pois têm-se a impressão que vamos perder o controle e o carro vai derrapar ladeira abaixo. Este parece ser o caso da gestão da nossa economia, é verdade que ainda estamos apenas derrapando, mas pelas ações até então, não dá para descartar situações mais sérias no futuro. Ontem foram publicadas nossas contas externas e tivemos um recorde em nossas transações correntes, um déficit de US$ 6,9 bilhões, é uma cifra de respeito! Com isso o saldo negativo acumulado em 12 meses atingiu US$ 67,0 bilhões. Diferente dos outros meses, agora o investimento direto não foi suficiente para cobrir o rombo, mesmo mantendo-se em níveis elevados de US$ 63,5 bilhões nos últimos 12 meses. Foi o que eu relatei no post  last-kiss . David, vamos vender real! Se estivéssemos há dez anos, seria uma ótima recomendação, mas hoje em dia não é tão evidente assim, com US$ 377,0 bilhões de

O mercado enlouqueceu?

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Complementando os dados do post de ontem, hoje foi publicado o índice calculado pelo Markit, relativos aos USA e aqui também, não são dados animadores (gráfico abaixo). A grande aposta do mercado mundial é que o PIB americano apresentará resultados melhores em 2013, um dos argumentos para esta performance é a melhora dos preços dos imóveis, agregados a uma taxa de financiamento nunca vista tão baixa. Este fator, direta e indiretamente, contribuirá com 1% do PIB. Abaixo a expectativa dos economistas para este indicador. O mercado espera um crescimento de 2,5% neste ano, porém os últimos dados colocam algumas dúvidas de que este nível será atingido. Nesta sexta-feira anuncia se o PIB do 1º trimestre e aí poderemos ter uma ideia melhor se este número é factível ou não. Depois desta bateria de dados negativos os mercados de ações não deram muita bola, resolveram acreditar que os BC´s farão de tudo para que uma catástrofe não aconteça, então podem dormir tranquilos. Aprove

A Alemanha está perdendo força

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Hoje foram publicados os índices calculados pela Markit , uma empresa financeira independente, para avaliar os negócios e as condições financeiras. Quando está acima de 50 indica expansão e abaixo retração. Como venho observando há alguns dias, parece que as coisas não andam bem na Europa, o que não é novidade, porém a China sim não era esperada. Este gráfico abaixo é o da China que claramente está enviando um sinal de alerta, e é por esta razão as commodities vêm caindo nos últimos dias. A seguir o da França que já vai de mal a pior por um bom tempo, não sendo muita novidade, apenas que não consegue se recuperar. E por ultimo a da Alemanha, que vem sendo contaminada por seus vizinhos e porque não pela China. O grande perigo que ronda hoje em dia os mercados mundiais é a possibilidade da deflação se espalhar por outros países, além do Japão que luta faz duas décadas para eliminar, e provavelmente se este cenário se concretizar, ou mesmo o mercado perder as esperança

Alguma semelhança?

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Eu não sou muito partidário de associar situações do passado para prever movimentos futuros, meus motivos são que, os eventos nunca acontecem da mesma forma e os momentos técnicos podem ser bem diferentes. Agora, também não posso negar que os investidores podem ser levados a esta crença, pois a oferta de alguma segurança sobre o futuro é confortante. A análise que eu vou mostrar hoje compara a evolução do SP500 depois de quedas importantes ocorridas no passado: O Crash de 1929, que eventualmente levou a grande depressão. O embargo do petróleo em 1973, que foi seguido por um período de estagflação. O estouro da bolha da Tecnologia do ano 2000. A crise financeira de 2007 presente até o momento. O analista apresenta vários gráficos, porém eu escolhi dois, o primeiro com a reaplicação dos dividendos recebidos ( total returns) e o segundo em valores reais descontada, ou no caso da crise de 1929, onde houve deflação acrescida, da inflação. Do ponto de vista técnico, es

A apple vai acabar?

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Eu alertei que as ações da apple iriam entrar num período de queda e que uma boa parte da espetacular alta seria perdida, hoje as ações, fecharam a US$ 390,depois de terem atingido a máxima de US$ 720, uma queda não desprezível de quase 50%. Este caso também é instrutivo de como o mercado trabalha, quando estava em alta vários analistas projetavam que num curto espaço de tempo atingiria US$ 1.000, um número bonito, os argumentos eram inúmeros: O lançamento do IphoneV seria um arraso, vendas em novos mercados como a China atrairiam milhões de novos consumidores, não tinha um competidor á altura e etc... é natural, todos estes argumentos eram necessários para justificar as previsões. A partir daí as más noticias começaram a surgir e os preços iniciaram o movimento de queda, que pode ser visualizado no gráfico abaixo. Os sinais em verde no gráfico, apontam os dias em que o  mosca publicou  posts  comentando sobre a empresa, olhando de hoje foi um bom call ! Bem, antes que meu a

Behind the curve

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Existe um termo em inglês, muito usado no mercado, quando um BC fica exitante em tomar medidas mais fortes  behind the curve , o motivo que origina esta indecisão não tem muita importância, pode ser por pressão política, quando um determinado BC não é independente, ou mesmo se seus membros estão em dúvida. Fazendo um paralelo da frase que não basta ser honesto, mas é preciso ser honesto, no caso dos BC´s não basta ser seguro, precisa parecer seguro. O resultado da reunião do COPOM foi uma mísera elevação de 0,25% da taxa SELIC, decisão muito diferente da que eu achava mais eficiente subir-pouco-ou-muito-eis-questão . Sob meu ponto de vista, uma elevação suave no tempo se adéqua mais a situações onde a inflação está um pouco acima da meta, e as expectativas dos agentes econômicos é de uma piora no futuro, nestes casos se aplicaria bem, pois tem um espírito de certa forma preventivo e ao mesmo tempo um recado, que o BC não vai tolerar desvios. Agora na situação que nos estamos, onde

Soupe du Jour: Inflação

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Ontem foi publicado o índice de inflação nos USA, e como eu estou ficando desconfiado que caminhamos para uma deflação, é importante seu acompanhamento. A taxa foi de 1,5% a.a. para o CPI e excluindo alimentos e energia foi de 1,9% a.a., a principal razão da queda foi a redução dos preços da gasolina. Acredito que se uma pesquisa fosse feita no início do processo de injeção de liquidez pelo FED, os números seriam bem superiores a estes, então alguma coisa está saindo muito diferente do que a lógica econômica projetaria. Vejam o gráfico a seguir, com a evolução destes indicadores. Eu venho enfatizando que os dados recentemente publicados não estão esta maravilha, o consumo interno nos USA é 70% do PIB e ultimamente vem apresentando uma performance fraca, a impressão é que o pico deste indicador já ocorreu, notem também que está próximo a níveis associados a recessão. Veja a seguir. Um analista fez uma relação interessante entre a taxa de inflação e a evolução do PIB,

Explicações, explicações

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Não fosse o atentado ocorrido ontem em Boston, onde 3 pessoas morreram, as manchetes de jornais hoje seriam da expressiva queda do ouro. Como sempre são necessárias explicações, pois como já dizia Nietzsche, "é melhor alguma explicação que nenhuma". Vou usar esta situação para ilustrar o emocional dos mercados, pois será útil em algum outro momento, veja alguns dos argumentos separados por comprados e vendidos. Grupo I "Otimismo que a recuperação americana vai reduzir a necessidade de estímulo". "A perspectiva que os membros da eurozona terão que se desfazer de seus estoques para levantar parte de seus financiamentos". "A Ruptura foi relacionada a níveis técnicos e melhoria do apetite global por risco". "Diminuição do crescimento da China de 7,9% para 7,7%. " Às vezes ouro é dinheiro e as vezes não é, neste momento não é". Grupo II "Não devemos nos preocupar com a pressão temporária, existe ainda uma enorme de

Que fase!

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Quem faz muito sucesso passa por períodos de baixa, é natural do ciclo da vida. O nome que me vem a mente é do Neymar, que vem passando por um fase destas, neste final de semana ele fez 4 gols contra um time fraco e não é por isso que pode-se declarar o fim desta fase. No caso dele, acho foi um espasmo, mas não se enganem, a não ser que ele fique "embriagado pelo sucesso", vai reencontrar com seus momentos de glória num futuro próximo. Estes fenômenos também acontecem nos mercados, como nosso craque o ouro se encontra em baixa. Depois de vários anos subindo quase sem parar, desde 2011 ficou contido num intervalo entre US$ 1.800 e US$ 1.520 e na última sexta-feira rompeu este ponto inferior. O ouro vai virar pó, como se diz na gíria de mercado? Não é o que eu acredito, vejamos os motivos: Os BC´s ainda têm posições pequenas do metal, e com todos estes helicópteros rondando, é bem provável que continuem comprando. Os juros ainda estão muito baixos e provavelmente vão p