Subir pouco ou muito, eis a questão
Eu adaptei a famosa frase de Shakespeare, para o dilema que nosso BC terá na próxima semana ao anunciar a decisão do COPOM: " Subir pouco ou muito os juros"!
Hoje é manchete de todos os jornais a alta do índice de inflação IPCA para o mês de março, com a taxa anual superando o limite máximo da banda de 6,5%.
Vejam a seguir no gráfico, onde se compara a taxa de inflação com os limites estabelecidos, é visível que a meta de inflação almejada nunca foi atingida, com exceção de um curto período apontado em vermelho, sempre ficou na área superior da banda. Seria mais honesto assumir uma meta de 5,5% a.a com +/- 2,0%, isto implicaria uma Selic mais elevada que os 7,25% atuais.
Eu venho de longa data, ressaltando a barbeiragem na condução de nossa politica monetária, onde as reduções expressivas da taxa SELIC foram motivadas mais por vontade política que por motivos técnicos e uma certa ingenuidade que a situação externa traria benefícios internos para sustentar este movimento, deu no que deu.
O gráfico sobre o índice de difusão, que mede quantos itens apresentaram alta frente ao total, mesmo tendo desacelerado no último mês, ainda representam 3/4 do total.
Uma outra avaliação é feita sobre um índice construído sobre a média dos núcleos, que vem se acelerando nos últimos meses, o que é ruim também.
Hoje é manchete de todos os jornais a alta do índice de inflação IPCA para o mês de março, com a taxa anual superando o limite máximo da banda de 6,5%.
Vejam a seguir no gráfico, onde se compara a taxa de inflação com os limites estabelecidos, é visível que a meta de inflação almejada nunca foi atingida, com exceção de um curto período apontado em vermelho, sempre ficou na área superior da banda. Seria mais honesto assumir uma meta de 5,5% a.a com +/- 2,0%, isto implicaria uma Selic mais elevada que os 7,25% atuais.
Eu venho de longa data, ressaltando a barbeiragem na condução de nossa politica monetária, onde as reduções expressivas da taxa SELIC foram motivadas mais por vontade política que por motivos técnicos e uma certa ingenuidade que a situação externa traria benefícios internos para sustentar este movimento, deu no que deu.
O gráfico sobre o índice de difusão, que mede quantos itens apresentaram alta frente ao total, mesmo tendo desacelerado no último mês, ainda representam 3/4 do total.
E por último a comparação da inflação de serviços contra o índice cheio, como uma das grandes vilãs e que muito pouco pode fazer o BC para combater, haja visto o baixo nível de desemprego, ou melhor, o fato de estarmos a pleno emprego.
-David, parece que está complicado, qual seria seu voto?
A maior parte do mercado trabalha com uma alta de 0,25% para esta reunião e novas elevações nas próximas, com um total que varia de 1,0% a 1,5%, fazendo a taxa total situar-se entre 8,25% a 8,75%. Eu daria um aumento de 1,5% de uma só vez!
David, você não pode estar falando sério!
Eu tenho uma teoria que taxa de juros não tem data para subir, o que eu quero dizer com isso, é que se todo mundo espera um aumento no tempo, tudo já vai ficando ajustado nos mercados, mas como boa parte das taxas financeiras são indexadas ao CDI o seu impacto só será sentido no tempo. Ao fazer uma loucura como a que propus, você cria a vantagem de dar credibilidade ao BC, daí para frente o mercado não tem mais "estoque" de altas para especular, a desvantagem é a chiadeira dos empresários e políticos, e se esta informação vazar, vale uma fortuna, o que pode ser perigoso hajam visto eventos passados. Por esta e outras razões que eu não sou membro do COPOM! Hahahahahaha......
Estou postando este desenho por imaginar que todos os leitores, que não são banqueiros, vão adorar ,e principalmente um que é sempre muito ácido quando o assunto é bancos!
O SP500 fechou a 1.593, com alta de 0,35%; o real a R$ 1,9720, com queda de 0,10%; o euro a 1,3099, com alta de 0,23% e o ouro a US$ 1560, com alta de 0,17%.
Fique ligado!
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