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Mostrando postagens de novembro, 2015

Uma visão otimista

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- David, finalmente você projeta que as coisas vão melhorar por aqui! Hoje você se precipitou, primeiro que não é a minha opinião, mas sim do Deutsche Bank, segundo que eles comentam sobre a economia dos países desenvolvidos. Infelizmente, não vejo melhoras no Brasil no curto prazo. É provável que tenha que piorar para melhorar, sorry! Normalmente nesta época do ano, os analistas fazem um balanço do ano que termina e projeções para o ano seguinte. Já estou pensando no tema para 2016, e devo anunciar no início de dezembro. Esse banco Alemão tem se mostrado mais otimista que a média já faz alguns anos. Não tem acertado em tudo, mas algumas de suas previsões se materializaram, como a alta da bolsa americana. Economistas! Em seu mais recente relatório, inicia com alguns pontos em que acredita que o mercado esteja errado. Veja o quadro a seguir. Resumindo: Juros americanos para cima (nós temos um trade em andamento); euro para cima (estamos aguardando melhor definição, por enquant

Quem é essa gata?

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Na adolescência os meninos e meninas estão em fase de crescimento, neste momento não se sabe ainda como ficarão quando adultos. O rosto fica cheio de espinhas, usam aparelhos para correções nos dentes, e etc... Acredito que a seguinte situação já aconteceu com você. Uma dessas meninas era horrível, magrinha, cabelo desarrumado, como dizia um amigo "não pagava nem "place" - aposta de corrida de cavalos". O tempo passou e depois de alguns anos, eu a reencontrei. Não à reconheci de imediato, mas sabia não me parecia estranha. Virou uma gata! Hoje convivo com cinco mulheres, entre mulher, filha e enteadas, it´s not easy!  Não me sinto nada machista contando este episódio, pois o que eu ouço por aqui, não é nada diferente do ponto de vista das mulheres. Ontem foram publicados os dados cambiais brasileiros, em outubro o déficit em transações correntes foi de US$ 4,2 bilhões. É uma forte redução em comparação ao registrado no ano passado de US$ 9,3 bilhões. O acumu

Memorias de infância

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Com o passar da idade, memórias da infância e da adolescência são lembradas com maior frequência. Esse é um processo natural de envelhecimento, assim dizem os médicos. Posso dizer, por experiência própria, que isso acontece e é uma sensação mista, pois naturalmente essas lembranças nos remetem aos bons momentos. É interessante também, que mesmo em situações não tão boas assim, o que se lembra, são os flashes positivos. Agora, a memória recente fica mais fluída. Imagino como a Presidente Dilma acorda todos os dias, será que ela lê os jornais? Existem relatos dizendo que pessoas que possuem poder preferem alienar-se dessas informações, a fim de evitar influencias, ou será uma defesa? Se ela não se enquadrar neste modo, deve estar muito nervosa. Esse pensamento me fez lembrar de uma passagem da minha vida profissional, quando fui contratado pelo Deutsche Bank para reformular a área de administração de fundos. Fiquei alguns meses imaginando muitas mudanças. Para vocês entenderem meu

Síndrome do vermelho

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Fomos surpreendidos hoje, com a prisão de um Senador da República, fato nunca acontecido antes no Brasil, e também a de um banqueiro. O trabalho do delegado Sergio Moro, está sendo implacável, padrão FBI. Essas prisões se sobrepõem as de ontem de um Amicci do ex-Presidente Lula, que tinha passe livre para entrar no Palácio da Alvorada, a qualquer hora. O delegado Moro, afirmou que não existe nenhuma prova contra o ex-Presidente, mas isso não é indicação que ele pode ficar tranquilo. Como diz o velho ditado, é melhor ele deixar a barba de molho, literalmente! Está virando rotina pela manhã ver gráficos apontando quedas, ainda mais quando o assunto é commodities. Convencionou-se no mercado que, para as quedas usa-se a cor vermelha, e as altas verde ou azul. Assim o vermelho vem predominado. Uma verificação do que vem acontecendo na China, é importante. O Yuan, conforme pode ser visto abaixo, vem se desvalorizando lentamente em novembro, mas nada de muito expressivo, um pouco mai

O dito pelo não dito

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Hoje pela manhã fomos informados que um avião turco F-16 abateu um avião russo Su-24. As informações dadas pelo governo turco são de que o avião russo estava no espaço aéreo turco, e foi devidamente avisado para que saísse. O governo russo não se pronunciou oficialmente até agora, porém o Ministro da Defesa disse que pode provar que esse aparelho estava sobre território Sírio todo o tempo de voo. Esse incidente pode ter repercussões mais sérias, se o que foi dito não for o real motivo. Existem duas possibilidades: o avião estava no território Turco por erro ou em busca de alguma informação, neste caso, tudo ficará como um incidente; ou não estava e foi abatido por erro do governo turco ou propositalmente. E nesta última hipótese poderia existir algum risco mais sério. Pelo sim, pelo não, as moedas dos dois países já foram afetadas com quedas no dia. É muito difícil entender as várias facções existentes nos países Árabes, onde a Turquia pode se enquadrar pelo grande número de muçu

Problema para os nossos filhos

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A crise financeira global vem causando distorções, os economistas buscam explicações do porque o crescimento nos USA e no exterior tem decepcionado repetidamente. Seus argumentos são variados desde austeridade fiscal, como a crise do euro. Agora estão começando a perceber que um dos vetores contrários, e mais difícil de resolver, é a situação demográfica. No próximo ano, as economias avançadas do mundo irão chegar a um ponto crítico. Pela primeira vez desde 1950, a população combinada em idade ativa, irá diminuir. De acordo com projeções da Nações Unidas, em 2050 irá encolher 5%. O número de trabalhadores também diminuirá nos principais mercados emergentes, como a China e Rússia. Ao mesmo tempo, a percentagem da população desses países com mais de 65 anos vai disparar. As gerações anteriores preocupavam-se com o mundo ter muita gente. O problema hoje é que tem muito pouco. Isso reflete duas tendências de longo prazo: Aumento da expectativa de vida e fertilidade em queda. Entret

Mais helicópteros nos USA?

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Ontem foi publicada a minuta da última reunião do FOMC. Embora este assunto já esteja ficando "chato", achei importante destacar alguns pontos desse documento. A seguir, alguns argumentos contra e a favor de um aumento já. Notem que existem menos participantes engajados para elevar os juros - A number of participants, contra os que desejam esperar mais algum tempo - Several participants. Até aí, já sabemos que o FED continua dividido, mas que tinha um grupo querendo aumentar os estímulos foi uma surpresa para mim. Acredito que esses membros tenham o receio que mencionei no post de ontem: ..." o pior que poderia acontecer, seria o FED ter que interromper este movimento depois da primeira ou segunda alta, o mercado tenderia a perder muita credibilidade na autoridade monetária americana"... Todos os países, desde a recessão de 2008, não tiveram sucesso em elevar os juros e sustentar condições financeiras maia apertadas, recuando um tempo depois -veja gráfico

Pisando em ovos

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Enquanto boa parte da atenção do mundo está em tentar entender os detalhes do ataque do último dia 13 na França, pouca atenção tendo sido dada às dúvidas macroeconômicas atuais, bem como a situação política interna aqui no Brasil. Com incursões na Síria, como também caça aos terroristas, que se escondem dentro dos arredores de Paris, um movimento positivo aconteceu. Tanto os USA como a Rússia, estão buscando um acordo de cooperação em conjunto, para enfrentar o grupo extremista denominado de ISIS. Nos mercados financeiros, a volatilidade tem estado mais baixa que a de semanas anteriores. Imagino que os investidores agem com cautela neste momento, preferindo esperar para ter um pouco mais de segurança que, não entraremos numa "guerrilha" global. Ontem publicou-se o índice de inflação ao consumidor americano, o CPI, e o resultado em bases anuais manteve-se estável em 1,9% a.a. Na ilustração a seguir, encontram-se os comentários do Banco Credit Suisse, onde eles acreditam