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Mostrando postagens de janeiro, 2023

O sinal errado #SP500

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  A tecnologia trilha caminhos positivos e negativos depende a forma como se utiliza as ferramentas disponíveis. Creio que esse novo ambiente de modernidade e acesso as pessoas criam uma imagem errada de trabalho. Acredito que todo jovem se encanta com as histórias de start ups onde executivos de pouca idade se tornam milionários do dia para a noite, o que não fica explicito é o quanto aquele jovem teve que pastar até chegar lá, e pior, não se noticia os casos de insucesso que sem dúvida ultrapassam em múltiplos muito superior. Nessa nova dimensão uma profissão foi criada: o influencer palavra em inglês que coincide com seu significado em português - influenciador. Hoje existem influencer de tudo, basta ter alguma especialidade de interesse a algum público em conjunto com uma boa apresentação. Pronto, através do TikTok, Instagram e outros aplicativos disponíveis abre sua porta para o mundo. Se for um sucesso o número de seguidores cresce numa base exponencial atraindo empresas que f

Mercado na dianteira #usdbrl

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  Finalmente conseguimos assistir a um jogo de futebol descente neste final de semana. Palmeiras e Flamengo fizeram um clássico dos melhores times na atualidade. Com um placar incomum de 4 x 3, mais parecido como os times da Liga inglesa, o Palmeiras se tornou campeão. Antes do jogo começar, a cotação nos sites de apostas era praticamente igual entre eles e foi se alternando conforme os gols aconteciam, ora de um time, ora de outro. Nos mercados internacionais, as bolsas se encontram em situação semelhante, onde o mercado está em ligeira vantagem em relação aos economistas. Mas será que iremos assistir a algo semelhante ao jogo de futebol citado, um gol ora de um lado, ora de outro? Essa semana tem um evento importante, a reunião do Fed pode empatar o jogo. Vejamos os argumentos de John Authers na Bloomberg. Uma perspectiva cada vez mais otimista está em rota de colisão com as metas de política do Fed, que ainda exigem condições financeiras mais rígidas. As complicações correm o ri

Sem sintomas #nasdaq100

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  No auge da pandemia, tinham dias que eu acordava com a garganta arranhando um pouco, o pensamento imediato era estou com Covid . A partir daí, um acompanhamento minuto a minuto era feito para confirmar ou não o pré-diagnostico. Os testes ainda não estavam tão difundidos como agora, e só restava esperar. Na grande maioria das vezes, era um alarme falso provocado pela síndrome da doença psicossomática, com sintomas tão fortes que só o exame tirava esse temor da cabeça. Hoje em dia é muito menos frequente, pois por R$ 40 reais você tira a dúvida. Durante meus 40 e tantos anos de convivência nos mercados, não me recordo de um período em que as previsões eram tão dispares — e não é meia dúzia de um lado contra a grande maioria no outro, é um jogo razoavelmente divido. Hoje pela manhã, quase caí da cadeira ao me deparar com o gráfico abaixo. Será possível que isso pode ocorrer? No final de 2024 a taxa do Fed funds a 0,50 % a.a.? Não sei o que esse economista está projetando, se a inflaçã

Um peso, duas medidas #eurusd

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  - Hahaha.... está dormindo, David? A frase famosa não é essa! Acontece que o que eu quero enfatizar é assim mesmo, você está muito apressadinho! Talvez seja de conhecimento dos leitores, porém acredito que vale enfatizar, o conceito de duas medidas para os índices de ações. Nos mercados desenvolvidos existem duas formas de compor um índice: ponderado pelo valor de mercado das companhias, Market Weight; igualmente ponderado, Equal Weight. O primeiro é muito mais conhecido que o segundo. Segundo a Investopedia, a principal diferença é que a de peso igual oferece mais proteção se um grande setor sofrer uma desaceleração e, devido ao peso igual, pequenos setores com baixo desempenho podem compensar as perdas mais do que fariam em um ETF de peso de mercado. Joachim Klement comentou em seu site porque prefere usar o índice igualmente ponderado ao invés do capitalizado. Eu tenho defendido carteiras ponderadas iguais essencialmente desde que o estudo original de Miguel e outros

Perder é bom (O que???) #ibovespa

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  Desde sempre, na minha vida profissional, feriados locais não são dias de folga, é verdade que mais leves, porém acompanho os mercados durante o dia — hoje em especial ainda tenho um call às 12h00. Para não perder o costume, e ainda pelo fato de os mercados brasileiros estarem abertos, vou fazer um post breve. Depois que os investidores levam uma surra, é natural que fiquem mais atentos e também carreguem um viés mais pessimista, ou talvez mais cauteloso. Imagino que vamos passar os próximos meses tentando “adivinhar” se a inflação vai cair de forma sustentável e, principalmente, se a economia nos EUA irá ou não entrar em recessão. A resposta a essas perguntas permitirá projetar o que vai ocorrer com as bolsas – embora nem sempre exista uma relação biunívoca entre elas. Ben Carlson publicou em seu site A Weath of Common Sense um post sugestivo no final do ano, seu título: As coisas que não vão acontecer em 2023 Tenho recebido muitos artigos de especialistas sobre perspectivas par

Análise do plano B #SP500

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Qualquer analista de respeito (investidor também) deve sempre analisar o que pode ocorrer caso suas ideias ou projeções não se concretizem. Observamos hoje em dia duas correntes de pensamentos sobre a inflação e, consequentemente, sobre a política monetária a ser adotada pelo Fed: há os que acreditam que caminhamos para uma estabilidade, e há os que vislumbram inflação enraizada mais elevada. Nesse último campo se encontra a respeitável casa de pesquisa Gavekal. Anatole Kaletsky, sócio dessa empresa, fez uma mudança de 180º graus no ano passado ao sair do campo dos otimistas, posição que manteve durante a última década, para o dos pessimistas, recomendando a venda de ações cada vez que o mercado suba. Em seu último relatório realizou um exercício cujo título é autoexplicativo: E seu eu estiver errado? Vai ser BOM . Importante deixar claro que não mudou de opinião, apenas analisou o que pode ocorrer caso esteja errado. Sou extremamente cético quanto à ideia de que a inflação subjace