Um peso, duas medidas #eurusd
- Hahaha.... está dormindo, David? A frase famosa não é
essa!
Acontece que o que eu quero enfatizar é assim mesmo, você
está muito apressadinho!
Talvez seja de conhecimento dos leitores, porém acredito que
vale enfatizar, o conceito de duas medidas para os índices de ações. Nos
mercados desenvolvidos existem duas formas de compor um índice: ponderado pelo
valor de mercado das companhias, Market Weight; igualmente ponderado, Equal
Weight. O primeiro é muito mais conhecido que o segundo.
Segundo a Investopedia, a principal diferença é que a de
peso igual oferece mais proteção se um grande setor sofrer uma desaceleração e,
devido ao peso igual, pequenos setores com baixo desempenho podem compensar as
perdas mais do que fariam em um ETF de peso de mercado.
Joachim Klement comentou em seu site porque prefere usar o índice igualmente ponderado ao invés do capitalizado.
Eu tenho defendido carteiras ponderadas iguais
essencialmente desde que o estudo original de Miguel e outros foi publicado
como um documento de trabalho em 2006. Venho argumentando por mais de 15 anos,
uma vez que você leva em consideração a incerteza sobre retornos futuros de
ativos, um portfólio igualmente ponderado é quase impossível de superar no
longo prazo.
A razão pela qual as carteiras de peso igual funcionam, em
minha opinião, tem a ver com nossa incapacidade de prever retornos futuros com
qualquer grau razoável de certeza. Mas é claro que outras pessoas argumentariam
que as carteiras de peso igual têm melhor desempenho porque oferecem uma
exposição sistemática a fatores de risco que têm melhor desempenho no longo
prazo. Claramente, se você colocar a mesma quantia de dinheiro em todas as
ações em seu portfólio, estará introduzindo um viés significativo de pequena
capitalização em comparação com um índice ponderado por capitalização de
mercado como o S&P 500. Você também está introduzindo um viés em favor de
ações de valor, pois ações de Valor normalmente porque seu valor de mercado caiu
significativamente no passado em relação a seus ganhos. Mas qual fator domina e
existem outras exposições a fatores que desempenham um papel?
Esta é a pergunta que Alexander Swade e seus colegas da Lancaster University tentaram responder. O gráfico abaixo mostra que a maior contribuição para a diferença nos retornos entre o S&P 500 ponderado por igual e ponderado por capitalização de mercado vem do viés de pequena capitalização. Esse viés é cerca de três vezes mais importante que o viés de valor inerente ao índice de ponderação igual.
Factor weight of equal-weighted S&P 500 vs. S&P 500
Mas há outros efeitos importantes. Portfólios com pesos iguais se beneficiam menos dos efeitos do momento do que os índices ponderados pelo valor de mercado, criando assim um desempenho inferior se o mercado for predominantemente impulsionado pelo momento.
Por outro lado, carteiras de peso igual se beneficiam de sua
maior alocação para empresas altamente lucrativas. E há uma série de outros
fatores que beneficiam o portfólio de peso igual. Mas, como mostra o gráfico
acima, fora os efeitos de tamanho e valor, as outras contribuições podem variar
muito. Como o gráfico mostra as contribuições para o desempenho superior
ponderado igual antes e depois do GFC (crise financeira de 2008). A principal
diferença entre esses períodos é que, após a GFC, tínhamos taxas de juros zero
e baixo crescimento. E como escrevi antes, isso mudou significativamente o
comportamento do mercado de ações. Daqui para frente, podemos estar voltando
para uma era de taxas de juros mais altas ou, como acredito, o atual episódio
de taxas mais altas é apenas temporário e estamos voltando para um ambiente de
baixo crescimento e taxas baixas. De qualquer forma, as exposições a fatores de
ponderação igual mudarão, mas dois fatores continuarão sendo o principal fator
de desempenho superior: três partes de small cap e uma parte de valor.
Talvez para os leitores que não conhecem essas diferenças possam
parecer um pouco confusas as vantagens e desvantagens entre ambos. O mais
conhecido e divulgado é o índice ponderado pela capitalização das empresas, no
caso brasileiro só existem ETF de índices pela capitalização, o que não é o
caso no mercado americano.
As ações com baixa capitalização negociam em múltiplos
bastante inferior às de alta capitalização. O gráfico a seguir dos últimos 5
anos mostram esse diferencial. A performance dessas duas categorias será
fortemente influenciada pelas grandes empresas (Apple, Google, Amazon e etc.)
pelo seu elevado peso no índice.
Na elaboração de portfolios de longo prazo, os gestores têm preferência pelo índice com ponderação igual, já que a performance deste tem se mostrado melhor. Para horizontes menores, o peso das grandes empresas pode resultar em melhores performance. O Mosca usa o índice capitalizado pelo mercado, pois é o mais usado por larga escala, em meu portfólio uso os dois.
No post pequeno-erro-de-20bi fiz os seguintes comentários sobre o euro: ...” calculo que esteja próxima de completar a onda 5 (verde) o que deve ocorrer ao redor de € 1,09932. Depois uma correção deverá levar a moeda ao nível destacado no retângulo - € 1,0431/ € 1,0254/ € 1,0079” ...
O euro se aproximou bastante do objetivo apontado acima atingindo a máxima de € 1,0929. Conforme se pode notar a seguir, segundo um dos critérios podemos estar próximos a uma reversão, que levaria a moeda única a níveis mais interessantes para compra - destacados com um retângulo.
- David, a queda pode ser interessante, na pior das hipóteses 5%, não vale uma venda?
Você sabe bem que não gosto de atuar contra a direção de mais
longo prazo, porém, não é um impedimento. No momento não faço nada, afinal nem
sei se houve a reversão. Mas vou levar em consideração a sua observação.
Conforme comentário de ontem decidi entrar com um trade de compra no SP500 a 4.020 alocando o stop loss a 3.950.
O SP500 fechou a 4.060, com alta de 1,10%; o USDBRL a R$ 5,0717,
sem variação; o EURUSD a € 1,0888, com queda de 0,25%; e o ouro a U$ 1.929, com
queda de 0,85%.
Fique ligado!
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