"Pequeno" erro de R$ 20 bi #EURUSD

 


Ontem no final do pregão os investidores foram surpreendidos por um comunicado das Lojas Americanas. Nessa nota dizia que existia uma omissão de R$ 20 bi ocorridos durante algum tempo, sem explicar que efeitos teria em seu balanço — notem que o valor de mercado da empresa ontem era de R$ 14 bi. A companhia é gerida por um grupo muito competente do ex banco Garantia, e o fato surpreende: como é possível que ninguém tenha percebido? A auditoria principalmente, os executivos (teria sido proposital?), os acionistas, os analistas do mercado...

A grande dúvida: será que esse número terá impacto nos resultados ou não? Independentemente das conclusões, um certo grau de desconfiança irá pairar nos mercados. Surpreendente ocorrer isso nessa companhia!

Hoje o Mosca será breve em virtude de viagem. Os comentários serão sobre a inflação americana publicada.

As expectativas para o CPI desta manhã variam de +6,3% a +6,8% YoY, com o consenso vendo um declínio de 0,1% MoM — algo que a torcida do Corinthians definiu como o sinal de uma reviravolta do Fed em sua narrativa mais alta, pois "prova" que a inflação atingiu o pico.

A inflação cheia veio como esperado com um declínio de 0,1% no mês e +6,5% a.a., conforme esperado.



O núcleo da inflação, sem considerar combustível e alimentos, ficou em 0,3% no mês, e a taxa anual em 5,7% a.a., a menor desde 2021. Já os ganhos de salário continuam a declinar, dado que sua correção não foi suficiente para repor a inflação. Os mercados reagiram de forma neutra, com pequenas variações nos ativos como juros e bolsa de valores.

Num dos artigos publicados antes do anúncio, John Authers na Bloomberg tem uma tabela muito sugestiva.

Se houver algum desvio do declínio benigno esperado, devemos nos preparar para soltar rojões, já que os anúncios de inflação se tornaram cada vez mais uma fonte de volatilidade do mercado. O colega da Bloomberg, Lu Wang, destaca que, nos 12 dias do CPI de 2022, o S&P 500 oscilou em média 1,9% em seu primeiro dia de negociação de reação. Isso é quase três vezes maior do que a média desse movimento nos cinco anos anteriores. Essa estatística encapsula perfeitamente a maneira como a inflação finalmente voltou para perturbar os mercados no ano passado.

Dadas as fortes oscilações, a mesa de mercado do JPMorgan Chase & Co. apresentou seu plano de jogo, com algumas análises de cenário, ilustradas na tabela bacana abaixo:

 


Com os dados publicados acima, a inflação ficou no intervalo mais provável de 6,4% a 6,6% —um acerto, só falta ver como o mercado vai terminar o dia (ficou devendo um monte). A conferir: se funcionar, esse banco descobriu uma receita de bolo para ganhos na bolsa. Será? Duvido muito.

 No post o-consenso-pode-errar fiz os seguintes comentários sobre o euro: ... “No curto prazo a primeira sequência está traçada em verde onde o euro estaria num possível limite de curto prazo ao redor dos níveis atuais (onda 3 em verde), em seguida uma queda poderia levá-lo ao redor de € 1,026/ € 1,023 onde provavelmente vou sugerir um trade de compra” ...



Depois de tanto tempo sem postar sobre o euro notei que a moeda única tocou no intervalo apontado acima onde a mínima foi de € 1,02221, mesmo sendo a onda 4 (verde) de curta duração. Perdemos essa! Bem, pelo menos estava no sentido correto. Atualmente, cálculo que esteja próxima de completar a onda 5 (verde) o que deve ocorrer ao redor de € 1,09932. Depois uma correção deverá levar a moeda ao nível destacado no retângulo - € 1,0431/ € 1,0254/ € 1,0079. 



O SP500 fechou a 3.983, com alta de 0,34%; o USDBRL a R$ 5,1082, com queda de 1,00%; o EURUSD a € 1,0849, com alta de 0,86%; e o ouro a U$ 1.896, com alta de 1,07%.

Fique ligado!

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