Postagens

Mostrando postagens de junho, 2017

Balanço Semestral

Imagem
Hoje pela manhã pensei como esse semestre passou rápido. Isso é um bom sinal, significa que usamos o tempo de uma boa maneira. Nesse quesito faço uma separação sobre os eventos externos e internos. Começo pelo mais fácil, os externos, iniciamos o ano com muitos receios de radicalização ao redor do mundo. Naquele momento Trump dizia que mudaria a economia americana em 180º: trazer todas as fábricas de empresas americanas de volta aos EUA; mandar a China plantar batatas, pois vender no mercado americano só com produtos made in USA, desprezou a Primeira Ministra Angela Merkel, além de proibir a entrada de boa parte dos estrangeiros em seu país. O que aconteceu? Muito pouco! Na verdade, sua mudança radical parece mais com uma de 360º! No front interno já não tivemos a mesma sorte, iniciamos o ano com bastante esperança que a economia e as finanças públicas se encaminhavam bem com uma certa tranquilidade política, apenas a continuidade da operação lava jato. Até a divulgação da

A moleza está acabando

Imagem
Quantos não foram os posts que escrevi comentando sobre os helicópteros repletos de moeda que circulavam ao redor do mundo gerando um oceano de liquidez. Só para relembrar: EUA, Europa, Japão, Suíça, Suécia e Inglaterra; esses, de forma explicita. De forma implícita, ou seja, através da atuação de seus bancos centrais que compram dólares para evitar uma maior valorização de suas moedas: China, Taiwan, Coréia do Sul, Brasil, Rússia, dentre outros. Agora essa fase de “sem juros” parece estar terminando. Primeiro foi o FED que começou a elevar os juros no ano passado e vem seguindo suas projeções. Esta semana foi a vez de alguns bancos centrais indicarem que estão prontos para fazer o mesmo. O “só” Mario fez uma declaração que com a economia europeia recuperando, com a política monetária estável é uma forma de deixa-la frouxa; traduzindo: o gato subiu no telhado. Depois, foi a vez do presidente do BOE, Mark Carney, dizendo que uma alta se tornará necessária caso a economia contin

Tudo azul

Imagem
Muito se tem comentado sobre a possibilidade de a economia americana entrar em recessão. Dentro dos motivos mais elencados o amadurecimento deste ciclo é o mais cotado. O racional deste argumento diz que as economias se movem por ciclos de tal forma que, depois de alguns anos, é esperado que entre numa recessão. No caso americano, estatisticamente, isso acontece a cada 8 anos. Esse período estaria próximo de ser adentrado. Este critério tem a desvantagem de impor uma data “fixa” o que nem sempre se mostra real. Alguns ciclos são mais extensos e outros mais curtos. O banco Goldman Sachs elaborou um estudo recente a fim de identificar quais fatores poderiam alertar a eminencia de tal evento. Para identificar os motivos estudaram as 33 recessões desde 1853. Mais de 60% delas ocorreram antes da II Guerra Mundial, quando as economias entravam mais frequentemente em recessão.   O que se pode extrair dessa coleta é que, o fator mais frequente na história recente é o a

Manual de emergência

Imagem
Existe uma situação na vida de um investidor que pode se tornar muito destrutiva em relação a perda de capital. É comum que no decorrer de seus investimentos que você se sinta compelido a apostar contra a tendência em curso. Isso pode acontecer ou porque você vendeu a posição muito cedo ou pior, queria comprar mas ficou na dúvida e viu o mercado subir na sua cara. Nessa situação, você se sente como tivesse “vendido” uma sensação de perda a cada alta, sem que ela exista. Mas, de repente, o mercado passa por uma pequena queda e parece que tudo ficou mais claro. “Sabia que ia cair”. E, inesperadamente, o mercado volta a subir novamente e, caso tenha se aventurado na venda, o sangramento é real. Nesses últimos tempos, tenho encontrado vários leitores que me perguntam se não seria a hora de vender o SP500. Minha análise técnica aponta esse mercado como o mais firme de todos, nenhuma indicação de queda ainda. Sugiro terem calma, pois quando, e se o mercado cair, teremos tempo pa

Colapso de preços

Imagem
Ao mesmo tempo que vivenciamos tempos de volatilidades extremamente baixas, alguns acontecimentos, sem explicações, levantam suspeitas sobre quem são efetivamente os compradores desses ativos, se investidores ou especuladores. Fui educado na minha vida profissional que comprar ações era um investimento para o longo prazo. Acontece que a duração desse longo prazo foi diminuindo com o tempo. No início eram 5 anos, depois passou para 18 meses, 1 ano e hoje em dia, não sei o que isso significa. Posso dizer por mim, não existe nenhum investimento de risco, que eu transaciono, sem que eu associe um stoploss. Assim, no meu caso, o prazo é até aonde meu stoploss não for acionado. Vocês já ouviram falar da moeda digital Bitcoin, eu mesmo já comentei no blog diversas vezes. No post bitcoin-o-dólar-black-dos-chineses , desenvolvi um raciocínio justificando sua elevada cotação, oriunda das transações efetuadas pelos chineses. Dado a sua popularidade, outras moedas acabaram surgindo. U

Inflação de primeiro mundo

Imagem
Talvez os brasileiros não se atentaram para as variações mensais das inflações publicadas nos últimos meses. Motivos, temos de sobra; as lembranças do passado não são boas. O mantra que se encontra em todo roda pé do prospecto de fundo de investimento vale aqui também, “resultados passados não são garantia de resultados futuros”, será que agora é diferente? Tudo indica que sim. Mas, como podemos afirmar sem correr o risco de cometer um grande erro? Alguns fatores podem ser elencados, porém o mais importante foi a troca da equipe que gerencia o banco central. Não estou desqualificando a anterior totalmente, mas eles se deixaram influenciar por pressões políticas, principalmente da ex-presidente Dilma – nossa, como é bom não ter que falar das mais de suas barbeiragens! Hoje foi publicado o IPCA-15, que é uma proxy da inflação do mês de junho. O índice mensal ficou em 0,16% e em 12 meses recou para 3,52%. É provável que ao ser publicado o fechamento do mês, tal indicador fique

Commodities em baixa

Imagem
No campo político não faltaram surpresas desde as últimas férias de verão do Hemisfério Norte. Uma lista à primeira vista incluiria: Brexit, Trump, Macron, e o resultado da recente eleição na Inglaterra. Tudo isso sem contar os inúmeros ataques terroristas ao redor do globo. Em tempos normais essas mudanças teriam chacoalhado os mercados, mas o máximo que aconteceu foram alguns sustos. Tempos modernos! Pela movimentação dos mercados tudo parece diferente, numa tranquilidade nunca antes vista, os preços mal e mal se mexem. Isso não significa que não sobem ou caem, porém o fazem despacito! Os meses de férias prenuncia uma diminuição de negócios e como consequência a volatilidade. Mas esse indicador anda démodé, com baixas diárias, agora só falta ficar negativo! Hahahaha .... O Kuroda, Presidente do BOJ, entraria em êxtase. Os hedges funds passam por um período horrível, com retornos decepcionantes, os saques continuam. Algumas notícias dão conta que mesmo os fundos geri

Tarde demais para poupar

Imagem
David Rosenberg, economista-chefe da Gluskin Sheff, publicou um gráfico que pode explicar parte da letargia econômica americana. A demografia americana assinala que o primeiro baby boomers completou 70 anos.  Um grupo de 78 milhões de pessoas que presenciou tudo nas últimas seis décadas, dos mercados de capitais, para a economia e para a política. Rosenberg compartilhou o gráfico abaixo, que mostra a participação dos baby boomers com mais de 70 anos continuando a crescer nos próximos 15 anos. Aos 70 anos é crucial, porque é quando você realiza a mudança mais profunda do mix de ativos desde que você tinha 30 anos. Com essa idade, o foco para investir muda do ganho de capital para a preservação do capital. No entanto, os rendimentos em títulos que oferecem um retorno seguro e estável, como os bonds americanos, estão perto de seus níveis mais baixos em vários anos. Na era pós-recessão, a chamada caçada ao rendimento levou os investidores a ativos onde os retornos e