Problema para os nossos filhos

A crise financeira global vem causando distorções, os economistas buscam explicações do porque o crescimento nos USA e no exterior tem decepcionado repetidamente. Seus argumentos são variados desde austeridade fiscal, como a crise do euro. Agora estão começando a perceber que um dos vetores contrários, e mais difícil de resolver, é a situação demográfica.

No próximo ano, as economias avançadas do mundo irão chegar a um ponto crítico. Pela primeira vez desde 1950, a população combinada em idade ativa, irá diminuir. De acordo com projeções da Nações Unidas, em 2050 irá encolher 5%. O número de trabalhadores também diminuirá nos principais mercados emergentes, como a China e Rússia. Ao mesmo tempo, a percentagem da população desses países com mais de 65 anos vai disparar.

As gerações anteriores preocupavam-se com o mundo ter muita gente. O problema hoje é que tem muito pouco.

Isso reflete duas tendências de longo prazo: Aumento da expectativa de vida e fertilidade em queda. Entretanto, muitas das consequências começam a ficar aparente agora. Simplificando, as empresas estão ficando sem funcionários, clientes ou ambos. Nestes casos o crescimento econômico sofre. Conforme a idade da população, o que as pessoas compram muda, deslocando mais demanda para serviços, tais como saúde e menos para bens de consumo duráveis como carros.

A demografia ajuda a explicar porque uma recuperação tão fraca nos USA, ocasionou que a taxa de desemprego caísse pela metade. A economia não precisa de tantos novos postos de trabalho para empregar o fluxo líquido menor de participantes no mercado de trabalho. Por exemplo, os construtores de casas estão simultaneamente sofrendo pelo encolhimento da demanda, desde que, o índice de casas próprias está em declínio, e falta de mão de obra, com os "baby boomers" se aposentando.
Não existe uma resposta simples para como as empresas e o governo devam lidar com essas mudanças, uma vez que, cada país está envelhecendo em taxas diferentes, por razões diferentes e com graus de preparo diferentes.

A automação pode amenizar a produtividade e suportar o crescente número de idosos. Além disso, o critério de idade, usado para os trabalhadores se aposentarem, de 65 anos não é mais válido, uma vez que essa idade corresponde a uma idade de 58 anos, quatro décadas atrás.

O "potencial" de longo prazo de um país depende de dois fatores: número de trabalhadores e quão produtivo eles são. Crescimento populacional mais lento impacta diretamente nesse parâmetro.

O hábito de poupança muda com a idade. Quando se tem entre 20 -30 anos, eles tomam empréstimo e gastam para seus filhos e para compra de sua casa própria. Quando atingem 40-50 anos, suas dívidas diminuem e seus salários sobem, propiciando uma poupança maior. Quando se aposentam, eles vivem de suas poupanças e de seus planos de aposentadoria.

Este padrão, multiplicado em muitos países, tem um poderoso impacto econômico. O montante que um país poupa é fortemente influenciado pela diferença entre a proporção da população com idade entre 40 - 65 anos e os acima de 65 anos. Para os USA, Eurozona, Japão e outras seis grandes economias, essa diferença subiu constantemente desde 1980 até o presente.

Algumas formas de resolver este problema seria para os países ricos incentivarem a imigração, embora esta política gere uma série de problemas.

Os países com maior taxa de fertilidade são os Africanos. Como o quadro abaixo mostra, a Índia será o país mais populoso em 2050, ultrapassando a China. Segundo trabalho da ONU, os países com baixa renda que representam atualmente 9% do total da população mundial, alcançarão 14% em 2050. Serão esses os países que proverão os imigrantes.


Provavelmente, a forma mais promissora de atacar esse problema com uma população envelhecendo, seria encorajar os trabalhadores atuais a trabalharem por mais tempo. Isso já vem acontecendo no Japão onde 22% da força de trabalho é composta por pessoas acima de 65 anos.

Esta é uma situação de potencial desequilíbrio global, onde cada vez mais, haverá mais velhos em proporção aos mais jovens. Isso desafia qualquer plano de saúde e aposentadoria. Vejam por exemplo o caso do Japão, que se apresenta como o caso mais preocupante.
Para quem busca oportunidades no futuro, está ai um país onde seu trabalho pode valer muito. O duro será aprender a língua e os costumes como não aceitar o "jeitinho" brasileiro. Sem falar no resto, como as distribuições "forçadas" de renda, tipo lava-jato!

Com uma sensação meio anestesiada, é comum depois de eventos como o ataque terrorista do último dia 13, os investidores ficarem na inércia. Já estão torcendo para que chegue logo a quarta-feira, véspera do feriado de thanksgiving. É verdade também, que na próxima sexta-feira, o Black Friday, define o tom do final de ano.

No post desesperança, imaginei que teríamos a chance de vender dólares contra o real: ...Minha aposta continua sendo que ainda estamos numa correção, e a trajetória destacada em vermelho seria uma das ideias dessa correção. Assim, ficamos com a mesma orientação dada acima, de venda entre R$ 3,90-3,95, com stop a R$ 4,15...
Doce ilusão, o dólar continuou o movimento de queda desde então, e acabou negociando abaixo de R$ 3,72. O que fazer agora? 
Eu não vou me envolver numa venda de dólar nos níveis atuais, por dois motivos: primeiro que o movimento é de correção, onde sabe-se quando começa, mas não quando termina; e segundo que não acho que tem um bom risco x retorno.

Parece que o formação das cotações, será como o desenhando em verde acima. Se estiver correto, dois níveis merecem destaque, inicialmente R$ 3,65, que se encontra próximo as cotações atuais, e depois R$ 3,50- 3,45, que parece ser o mais provável. No primeiro seria uma queda de aproximadamente 1,5% e o segundo de 7,5%. Se alguém quiser se aventurar na venda, sugiro um stop a R$ 4,00, o que poderia representar uma perda de 7,5%. É verdade que os juros estarão fortemente a seu favor, but!

O SP500 fechou a 2.086, com queda de 0,12%; o USDBRL a R$ 3,7315, com alta de 0,34%; o EURUSD a 1,0634, com queda de 0,91%; e o ouro a US$ 1.068, com queda de 1,20%.
Fique ligado!

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