SP500: All in
Uma estatística contendo a valorização das ações que compõe
o SP500, chamou minha atenção.
Três estrelas das empresas de tecnologia foram responsáveis
por quase a metade do avanço, do SP 500 este ano. Um sinal preocupante para os
investidores que esperam um fortalecimento da economia em partes da Indústria,
companhias de petróleo e outras empresas onde geralmente suas cotações melhoram
com o crescimento.
A Amazon representou 27% do ganho de 1.6% do SP 500. Isso é
seguido pela Microsoft que contribuiu com 13%, e a Netflix com 8,3%.
"Quando você vê uma liderança da Netflix ou da Amazon,
não é necessariamente um grande sinal de confiança dos investidores, pois você
sabe que esses nomes podem sempre gerar crescimento, não importa o que está
acontecendo", disse Jack Ablin, sócio fundador e diretor de investimentos
da Cresset Wealth Advisors .
Os investidores se preocuparam nos últimos anos com o domínio
do setor ou das ações de tecnologia, mas esses medos geralmente se mostraram
infundados. Os mercados continuaram caminhando para cima, mesmo depois das
ações da Apple, que foi um ícone da alta, terem suas cotações estagnadas em
parte de 2016.
O setor de tecnologia como um todo, gerou mais de três
quartos dos ganhos do índice SP500. O setor de consumo discricionário - que
inclui Amazon e Netflix focados em tecnologia - com mais de um terço da alta.
O contínuo desempenho das empresas orientadas para a tecnologia
é surpreendente. Depois que esse setor subiu 37% em 2017, quase duplicando o
avanço do SP500, muitos investidores esperavam que esse setor fosse
ultrapassado por outros setores.
Entre os que esperavam ganhar, havia ações cíclicas, como
produtores de commodities, fabricantes e bancos cujos negócios tendem a
melhorar à medida que a economia se fortalece e os preços aumentam.
Em vez disso, as ações de energia estenderam sua queda,
mesmo quando os preços do petróleo dos Estados Unidos baixaram aos mínimos de
2014.
E as empresas industriais, que subiram após as eleições
presidenciais de 2016, com a aposta de que a administração Trump aumentaria os
investimentos de infraestrutura, ficaram para trás do SP 500, já que alguns
investidores questionaram como a administração conseguirá financiamento para o
plano.
Outros investidores previam que as ações dos bancos
começariam a superar novamente o mercado mais amplo após a aprovação da revisão
de imposto republicana, e a perspectiva de alta dos juros. Essas empresas
tiveram um impulso: a JPMorgan e o Bank of America representaram 12% dos ganhos
de SP 500 em 2018, mas se esperava mais.
No entanto, o entusiasmo pelas ações de tecnologia não
diminuiu. Aproximadamente um terço dos gestores de fundos globais dizem que
essas ações continuam a ter um peso importante em suas carteiras.
Os fundos mútuos e os fundos negociados em bolsa que
acompanham as ações de tecnologia também atraíram as maiores entradas de
investidores, entre todos os setores. Isso, mesmo quando os dados das ações de
tecnologia encontram-se com uma relação preço-lucro maior do que o SP500,
indicando que estão relativamente caras.
A valorização de um índice amplo que se concentra em
pouquíssimas companhias é um fato inédito, pois do ponto de vista de
capitalização e de lucros esse fenômeno não acontece. Isso implica que o
mercado acredita que os lucros dessas empresas irão “roubar” o resultado da
grande maioria das empresas concorrentes no futuro.
Como consumidores estamos presenciando essa mudança, cada
dia mais compramos produtos on line, usamos as nuvens de forma generalizada e
assistimos filmes em casa no Netflix. Mas será que tudo isso não tem um ponto
de equilíbrio? O Wal Mart vai sumir? Todas as salas de cinema irão fechar? Acho
pouco provável. Basta uma desconfiança do mercado para que a aceleração dessas
empresas diminua. Desta forma, o efeito que acontece hoje no lado positivo,
acontecerá no lado negativo.
Essa situação me lembra um tipo de aposta do jogo de pôquer
onde o jogador coloca todas as suas fichas numa mão. O mercado está fazendo um All In com poucas cartas abertas!
No post o-ping-pong-das-bolsas, fiz os seguintes
comentários sobre o ouro: ...” enfatizei
em preto o triângulo a que me refiro, que está se desenhando como no livro
texto, e em verde o que eu espero. Caso o ouro atinja o nível ao redor de U$
1.290 -1.280, vou sugerir um trade de compra” ...
Mas não foi o que aconteceu, passados 15 dias, por pouco a
região compreendida entre U$ 1.350 – U$ 1.370 não foi rompida. Sem quer fazer o
jogo dos 7 erros notem que no gráfico a seguir, existem agora 6 tentativas de
ruptura recente dessa área ao invés de 5, como prevalecia no post citado acima.
Mas o triângulo está se afunilando e em algum momento será
rompido, acredito que, para cima. A expectativa do Mosca é comprar ao redor de U$ 1.300, mas se não der, vamos comprar
a U$ 1.380, o que acontecer primeiro. Na verdade, o primeiro nível não é tão
certo, e posso comprar num nível diferente, o segundo é certo, se romper vamos
comprar.
- David, tenho ficado
mais de espectador para não repetir situações passadas, afinal já tenho alguma
experiência. Mas, surgiu uma dúvida, se você está tão convencido que vai subir,
porque não compra no nível atual de U$ 1.330.
Você sempre está afobado para entrar, esse é um assunto que
deveria tratar na sua terapia (a mesma terapeuta! Hahaha ...). Mas tudo bem, sua pergunta faz todo sentido.
Não compro agora, porque teria que colocar o stoploss ao redor de U$ 1.240,
afinal, não posso afirmar com 100% de certeza que o ouro vai respeitar o
triângulo. Do jeito que imagino, meus stoploss vai depender das movimentações
até lá.
Eu poderia traçar inúmeros cenários de queda, até U$ 1.130,
sem que, a expectativa de nova alta fosse eliminada. Naturalmente que, quanto
mais o ouro cai, mais “fraca” fica a tese.
Eu mencionei diversas vezes, a frase dita por um analista
técnico que admiro Let´s the market speak,
e é desta forma que busco sugerir os trades, sem me importar que poderia
comprar mais barato. Lógico que eu gostaria, não posso negar minhas origens. O
que busco é minimizar o potencial de perda, e maximizar o potencial de ganho
com os “lucros” que o mercado nos oferece, sempre reajustando o stoploss.
Só vamos comprar na mínima ou vender na máxima por sorte! O
compromisso é com o bolso não com o ego!
O SP500 fechou a 2.703, com alta de 0,10%; o USDBRL a R$
3,2497, com queda de 0,57%; o EURUSD a € 1,2328, com alta de 0,38%; e o ouro a
U$ 1.331, com alta de 0,56%.
Fique ligado!
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