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O Enigma

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O que está acontecendo no mercado de trabalho americano é um verdadeiro enigma. Fui buscar a definição dessa palavra: " Trata-se do dito ou da coisa que não se compreende, ou que não se consegue interpretar", e é exatamente isso! Os dados clássicos para avaliação se este mercado está próximo á atingir pleno emprego, deveriam vislumbrar a elevação dos salários, porém não é isso que se observa.  Eu escolhi alguns gráficos para que vocês entendam meus pontos de vista.  A evolução da taxa de desemprego não requer nenhuma explicação, está com uma tendência  inequívoca  de queda e muito próxima de atingir o nível proposto pelo FED de 5,5%. Sob esta métrica os juros deveriam apontar uma elevação no  curto  prazo. Ao se observar o número de horas trabalhadas, a conclusão acima fica mais comprometida, pois neste caso, a evidência é de uma queda estrutural que vem de longa data. Além das horas trabalhadas, o salário por hora é outro fator de importância no cálculo dos ren

Filme de terror

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Eu não sou fã de filmes de terror, as cenas de tensão e suspense me incomodam. Naqueles momentos em que algo terrível está para acontecer, fecho os olhos ou viro a cara, esperando que a cena termine. Mas quem não assistiu o clássico O Exorcista, onde uma menina de 12 anos é possuída pelo demônio? Cenas eletrizantes. Como eu tinha adiantado ontem, a reunião mensal de novembro, realizada na Rosenberg, foi um filme de terror. E como nos filmes, as cenas iniciais foram tranquilas com um tom mais esperançoso vindo dos USA. Em seguida, com os dados da Europa e China, a tensão subiu. Porém passaram a ficar temerosas quando as informações sobre o Brasil, foram apresentados. Para fazer o "marketing" do filme, escolhi começar pelo lado externo, pois embora os fundamentos estejam ruins, o investidor estrangeiro, ainda não está apostando contra. Ao contrário, as entradas continuam positivas. Será que eles estão delirando ou enxergam de forma diferente? O gráfico a seguir, mostra a

Os Magnatas

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Imagine-se chegando numa festa, onde estão novecentos convidados de classe média, vestidos decentemente, sem luxo. Ao chegar com sua Ferrari vermelha, entrega seu carro ao Valet, que fica muito constrangido e receoso de estacionar esta máquina. Você e sua esposa estão vestidos com roupas das melhores marcas e ostentando joias caríssimas. Ao entrar no salão, todo mundo fica observando o casal, medindo da cabeça aos pés, e em seguida começa um cochicho: "Você viu o vestido dela? E aquele colar, o que me diz? O manobrista comentou que nunca viu um carro como o deles" e etc... Como você se sentiria? Provavelmente sairia correndo e tomaria um banho de sal grosso, para tirar o mal olhado. É assim que os 0,1% dos americanos mais ricos devem se sentir. Um estudo feito ao final de 2013, mostra que, esta parcela da população tem o mesmo nível de riqueza que 90% dos americanos. Será que não tem alguma coisa errada?  Ao observar este gráfico, nota-se que no final dos anos 20, a

Más Companhias

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Nós lembramos normalmente de nossa adolescência, quando nossos filhos estão passando por esta fase. Outro dia, fiquei pensando os motivos para essa "amnésia induzida", cheguei a uma conclusão que é para evitar comparações, mas por que isso? Se estamos bem é porquê passamos os perigos dessa fase sem grandes problemas, mas que houveram riscos, não há dúvidas. E se nós passamos, por que nossos filhos não terão que passar? A verdade é que temos medo que algo de ruim aconteça com eles, então é preferível "esquecer", fazendo de conta que não existiu! Sem precisar entrar muito nos temas atuais da sociedade, existe um cuidado que passa de geração em geração, quem são os amigos de nossos filhos. Isto funciona até hoje, pois se nesta fase de formação dos jovens, eles se envolvem com adolescentes "suspeitos", existe uma grande chance de problemas mais adiante.  Uma espiral perigosa vem tomando conta dos países denominados emergentes, que se encontram na "

País da Fantasia

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Você pagaria imposto se não fosse obrigatório? - David, uuuuu ...., isso é pergunta que se faça? Era só para ver se você já estava acordado! Hahahah... Acho que a resposta seria 100% não. E se sua companhia tivesse uma forma de reduzir significativamente seus impostos num outro país, você estaria de acordo? Um grupo de jornalistas fundaram uma empresa  ICIJ , cujo objetivo é investigar informações que sejam de interesse público. Recentemente, eles vazaram um documento expondo companhias globais que firmaram acordos secretos com Luxemburgo. Como diz um professor de direito da Harvard School, Stephen E. Shay ..."A estrutura de Luxemburgo é uma forma de tirar renda de qualquer país ... combina enorme flexibilidade para estabelecer esquemas de reduções de taxas, com regras fiscais que são únicas"... As negociações podem ser tão complexas, que os contadores de uma firma de auditoria Price Water House (Pwc), incluem diagramas "antes" e "depois", para ilu

Os Helicópteros "invisíveis" da China

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Nos últimos dias a Europa e Japão, anunciaram que usarão os helicópteros que os USA tinham encomendado, e depois cancelaram. Mas no "céu da liquidez" havia outro país utilizando do mesmo expediente. Se você pensou na China acertou. O mundo Ocidental sabe que as informações daquele país, nem sempre estão disponíveis. Ontem o BC da China confirmou que injetou US$ 126 bilhões nos últimos dois meses, através de operações no mercado aberto, por 90 dias e com taxa de 3,5% a.a. Está operação equivale a uma redução de 0,75% na taxa das reservas. Segundo alguns economistas, "O Banco central da China vai intensificar o esforço para reduzir o custo dos fundos voltados para economia". Esta é uma mudança na forma como vinha sendo conduzida a política monetária, que ao invés de ampliar estímulos fiscais, age agora com medidas que impactem o nível de juros. Desta forma, evitam aumentar os riscos de maus empréstimos. Como comentei no post Obama-you-have-problem , os preços da

Surprise!

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Se eu fizesse uma pesquisa com investidores e perguntasse, após o anúncio do resultado das eleições, se esperariam entradas ou saídas de dólares no Brasil, imagino que a grande maioria, senão a totalidade, responderia saída. Um raciocínio simplista levaria a imaginar-se que na melhor das hipóteses não haveriam retorno, mas entradas, quem seria o louco? Pois bem, não foi o que aconteceu, na publicação do fluxo cambial de outubro, houve forte entrada líquida de US$ 6,9 bilhões, a maior desde de maio de 2013. E mais, dia 27 de outubro apresentou forte entrada líquida de US$ 3,7 bilhões, a segunda-feira depois das eleições! - David, você é muito ingênuo, foi o manobra do governo. Pode até ser, mas contra o fluxo não há argumentos, e mais, não houveram saídas fortes. O interessante também, é que a posição líquida vendida dos Bancos diminuiu, conforme pode-se ver, nos gráficos abaixo. Abaixo segue as cotações do USDBRL, para permitir avaliar o impacto do fluxo, nas cotações de no