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$ não é capim!

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A última vez que usei esta expressão foi em 1999 quando qualquer empresa .com valia uma fortuna. Não esqueço o dia, depois de ter recebido inúmeras propostas de investimentos. Fui caminhar na praia e pensei : Estas empresas não vão dar lucro por muito tempo, eram valorizadas pelo numero de hits que recebiam. Concluí que ou eu estava ficando obsoleto ou não seriam um bom investimento. Decidi ficar fora, dinheiro não é capim. Muito bem, hoje encontrei vários leitores do blog e novamente veio a frase: Você nunca erra porque diz que pode subir mas também pode cair.  Com certeza a falha é minha, não estou conseguindo convencer vocês. Vamos ao raio X do SP500, real, euro e ouro, no 1º trimestre. SP500 O SP500 teve uma boa oportunidade, mas eu estou receoso com uma queda repentina, como poderia sugerir uma compra? - Ah te peguei, o compromisso não é com o bolso? Estava com saudades dos seus comentários! Sim, sim o compromisso é com o bolso, desde que o risco x retorno

Matrix se tornou real?

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Acredito que todos vocês assistiram o filme Matrix, que foi um grande sucesso. O personagem Thomas Anderson tinha pesadelos que estava conectado por cabos e contra sua vontade, em um imenso sistema de computadores do futuro, e a medida que os sonhos se repetem, Anderson passa a ter dúvidas sobre a realidade.   Thomas descobre que é, assim como outras pessoas, vítima do Matrix, um sistema inteligente e artificial que manipula a mente das pessoas.   Alguma semelhança com nossa realidade? Quando eu  comecei na área financeira minha vida era muito mais simples, chegava ao banco, lia a Gazeta Mercantil, fazia uma reunião com meus operadores e tomava as decisões para aquele dia. Daí em diante ficava sabendo do mercado quando entrava na mesa de operações ou falava com parceiros e pronto. Mais ou menos ao meio dia estava tudo terminado, e em seguida um batalhão de 80 datilografas começavam a preparar as 800 notas fiscais daquele dia. Depois do almoço, no máximo, tinha um mercado a termo (p

Será que o Messi vai ser vendido?

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É inquestionável que o Barcelona é o melhor time de futebol do mundo na atualidade, e que Messi é um super craque. Como brasileiro e difícil  aceitar ambas afirmações, uma vez que nós somos o país do futebol. No post da semana passada  que-venga-el-toro  eu expus porque a situação da Espanha está delicada. Desde então venho observando um aumento no número de artigos e analistas sugerindo que aquele país, dentro em breve, vai precisar de um programa da "Troika". Seu Ministro das Finanças anunciou recentemente que o déficit público acordado não poderia ser atingido, e simplesmente informou um novo. Ninguém abriu a boca, engoliram quietos, mas  Merkel e Sarkosy, que vem costurando a solução para o Club Med, não devem ter gostado. O economista do Citibank listou os seguintes pontos para justificar sua preocupação: As finanças públicas são piores que as anunciadas, alem dos bancos espanhóis estarem com problemas o setor não financeiro está horrível, queda no valor dos terrenos

Fazendo a lição de casa

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Eu acompanho inúmeros indicadores e informações, e ultimamente a possibilidade da inflação subir nos USA e suas consequências nos ativos, é um assunto que chama minha atenção. Por conta disso vou fazer a lição de casa, e como o Bart ao lado fico com o olho no monitor. O Deutsche Bank publicou um relatório completo sobre o assunto, veja a seguir o resumo: A expansão monetária pelos BC ao redor do mundo podem gerar inflação através de 3 canais: a) A impressão de dinheiro pode aumentar os empréstimos dos bancos, gerando uma elevação da demanda, que geram uma elevação dos preços dos produtos; b) A impressão de moeda pode elevar os preços da commodities e outros materiais, inclusive salários, ocasionando uma elevação dos preços dos bens;  c) A impressão de moeda pode elevar as expectativas  inflacionarias. Inicialmente vejamos a quantas andam o total de emissão de moeda de todos os BC, que não parece ter estabilizado.  No post  um-pouco-de-teoria  explicamos o conceit

Real : O momento final está próximo

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Depois de analisar detalhadamente o real, observei que ele está contido dentro do vértice de um triângulo. A situação implica que um rompimento está próximo. Observem, nos pequenos pontos em azul, que houve 4 tentativas de rompimento. Na semana passada no post  O BC está carregando o real nas costas   indiquei dois caminhos possíveis, o mais provável uma retração até os níveis de +/- R$ 1,75 (vermelho) ou subindo já (azul), portanto nenhuma novidade. A única alteração que faria é o fato de estar contido no triângulo. - David porque não comprar já pois se for pelo caminho azul vamos perder o bonde? Veja eu não acho que o caminho mais provável seja este e se for o azul vamos comprar mais caro qual o problema, se temos uma confirmação técnica melhor? Lembre queremos entrar numa posição porque a chance de ganho é maior que a de perda, e não porque parece mais vantajoso.Não esqueça que o rompimento pode ser para baixo e ai como ficaríamos? Veja este gráfico a seguir: Estes sã

Que venga el Toro!

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Os espanhóis são conhecidos por serem explosivos. Na década passada invadiram literalmente a América do Sul, principalmente o Brasil. Esta invasão se deu através de maciços investimentos nos mais diversos setores da economia brasileira. No ano 2000 o Governo Estadual privatizou o Banespa por meio de um leilão, vejam as propostas naquela data: Banco Safra - desistiu e só depositou as garantias. Bradesco - R$ 1,86 bilhão ágio de 0,5%. Banco Itaú- R$ 2,1 bilhões ágio de 13,5%. Banco Santander - R$ 7,05 bilhões ágio de 281%. Não há engano é isto mesmo, eu me lembro de que na época  pensei: O que estes espanhóis viram neste banco, que  fora deter as contas dos funcionários públicos, não tinha muito valor? Mas o real motivo, que na época não me atentei, está no gráfico abaixo A taxa de juros dos títulos governamentais espanhóis, antes do lançamento do euro, estavam ao redor de 13% a.a., e na década de ouro, ou melhor década do euro ahahahah... abaixo de 5% a.a. O conc

Discordâncias no FED viram públicas

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Em menos de uma semana é a segunda vez que um membro do FED publica artigo com um teor crítico as políticas adotadas por aquela entidade. Vocês devem lembrar as intervenções do governo americano para evitar que instituições financeiras fossem a falência, talvez os casos mais polêmicos foram a corretora Merrill Lynch, e a seguradora AIG, que foi reportada no livro e no filme   Too big to fail .  A única exceção foi o Banco Lehman Brothers que quebrou, e a ele foi atribuído a causa da crise em 2008. A argumentação usada naquelas intervenções foram que se um banco muito grande quebrasse poderia causar uma corrida bancária que culminaria com uma grande depressão. Por conta disso, o mercado tem como uma certa "garantia", que um banco do porte de um Citibank, Bank of America e outros, tiver algum problema o governo vai socorrer. Desde então houveram inúmeras instituições financeiras menores incorporadas pelos grandes bancos. Nos últimos 50 anos a concentração dos 5 m