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Os jovens americanos estão felizes?

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Depois da revelação da ata de ontem, os mercados seguem mantendo o mesmo ritmo dos últimos dois meses, onde a bola da vez são os mercados emergentes, inclusive o Brasil. A leitura mais detalhada do referido documento não deixa dúvidas, de quão dividido está o FED, fato que venho observando há um bom tempo. Fazendo um paralelo da brincadeira da dança das cadeiras, é como se os membros às estivessem rodeando num ambiente sem luz, afinal vivemos no maior experimento financeiro da história. Neste caso a música teria um fator inverso, pois ao parar, significa que a economia não precisaria mais de estímulos e esperaria-se-ia que a autoridade não fosse pega de calça curta. Como está escuro, alguns querem "sentar" logo, pois no livro texto de economia, excesso de reservas é sinal de inflação, enquanto outros mais cautelosos tem receio de se precipitar e abortar a fraca melhora que se observa ultimamente. Situação muito difícil, pois não estamos num cenário business as usual . E

O mercado está na torcida

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Normalmente eu escrevo o post na parte da manhã e eventualmente no período da tarde  faço alguns complementos. Hoje será publicado a ata da última reunião do FED, normalmente este documento requer pouca atenção, não é o caso agora, onde o mercado vai verificar se existe alguma pista sobre a redução dos helicópteros que já é esperada para setembro por quase todos os analistas. Na sexta-feira um outro evento, o Simpósio anual de economia, realizado em Wyoming poderá dar alguma pista mais atualizada, só para lembrar, foi lá que em 2010 Ben Bernanke preparou o mundo para lançar o QE2, será que desta vez vai preparar para a retirada, como o mercado está sugerindo? Enquanto isso os mercados emergentes continuam sofrendo dia a dia, veja a seguir um gráfico preparado pelo banco Societe General com a performance das moedas desde 1º de maio. Como vocês podem notar estamos em último lugar, ou primeiro! Hahahah.....e as desvalorizações não atingiram todas as moedas, que ao contrário s

Cocaina Financeira

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Os jovens atuais me preocupam, eu venho discutindo este assunto com a minha terapeuta que tem uma visão mais amena sobre o assunto, e cita vários momentos em que parecia que estava tudo perdido, como na época que eu era jovem, os hippies. Mesmo assim não fico convencido, pois aprendi que dados passados não são garantia de resultados futuros, e isto vale também para as situações da vida. No último final de semana eu assisti no cinema o filme Bling Ring: a Gangue de Hollwood, dirigido por Sofia Coppola, as críticas não são boas, mas para mim retratou com muita propriedade como os jovens vivem na atualidade, eu gostei! O filme se passa em Los Angeles com um grupo de jovens que tem em comum uma vida vazia, de pais ausentes. Fascinados pelo mundo glamoroso das celebridades, começam a fazer pequenos assaltos na casa de celebridades. Cada vez mais empolgados com os "ganhos", o volume dos saques desperta a atenção de autoridades e deixo o resto para quem quiser assistir. Um outro

Será fogo de palha?

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Na semana passada, no post  não-brinque-com-fogo , procurei dar uma visão sobre as perspectivas para as taxas de juros nos USA, lá também, externei minhas dúvidas sobre a visão do mercado que as mesmas só podem subir no curto prazo. Um analista frequente das minhas leituras, Lance Roberts, tem uma argumentação baseada em dados que coloca este movimento de alta em cheque, vejamos: ... Embora tenha havido algumas melhorias econômicas comparadas com os níveis recessivos, os dados atuais sugerem que a economia atingiu um pico relativo a recente expansão. O painel abaixo mostra a taxa anual dos rendimentos, emprego, produção e do PIB... ...Os dados quadrimestrais, quando vistos na comparação de um quadrimestre sobre o próximo,  pode apresentar alguma melhora, entretanto estas retrações só podem ser vistas como temporárias. Quando você observa os gráficos acima, parece evidente que esta expansão terminou em 2011"...  Por outro lado as empresas estão com lucros recordes, e os

Não brinque com fogo

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Em diversas ocasiões eu deixei claro a dúvida que tenho sobre as taxas de juros longos nos USA, por um lado as ações dos BC´s inundando os mercados com liquidez em conjunto com a ameaça de um cenário deflacionário, colocam uma pressão baixista nos juros, por outro lado a economia melhorando e a possibilidade da retirada destes estímulos deixam os mercados preocupados com a administração desta situação, bem como um potencial elevação da inflação. A opinião dos analistas está se modificando sensivelmente e cada vez mais, um número maior deles, apontam como inevitável que o FED vai retirar os estímulos na próxima reunião em setembro. Numa observação mais pragmática é lógico que os juros estão baixos, pois uma taxa de 2,7% a.a. comparado com uma inflação de 1,8% a.a., resulta num juro real de 0,7% a.a., para um prazo de 10 anos, isto só faz sentido numa economia anêmica com possibilidades remotas de crescimento, semelhante ao que acontece com a economia japonesa nos últimos 20 anos.

Movimentos estranhos

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Existem alguns dias, que a lógica na direção dos ativos é estranha. Já faz algum tempo que Wall Street resolveu apostar que os helicópteros vão parar e logo, desde então a cada dado econômico publicado, se for nesta direção, impacta nos preços, se for ao contrário não leva em consideração. O Bernanke e sua turma podem falar o que quiserem, mas o mercado fala mais alto, e no momento a crença é " no more helicopters"! Hoje foram publicados a taxa de inflação e um dado semanal de procura de auxilio desemprego, o primeiro ficou muito bem comportado como pode-se ver a seguir: Neste gráfico são plotados vários índices, sendo que o preferido pelo FED é o verde, que está bem abaixo do objetivo por eles traçado de 2% a.a. Não se pode esquecer que na última reunião houve uma menção específica a este item, portanto justifica manutenção dos helicópteros. Em relação à outra informação, o auxilio desemprego, o resultado foi o mais baixo desde 2.005, indicando que o mercado

O bode está na sala da Europa

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Eu parto do pressuposto que vocês conhecem a história do bode, ela se aplica em inúmeras situações. Esta introdução de hoje é em função dos dados de crescimento anunciados hoje na Europa, e surpreendeu positivamente, ao invés de 0,2% foi publicado 0,3%, Ualll...... que maravilha, o mercado ficou radiante! Os países que impulsionaram estes números foram a França e Alemanha, retirando a Euro zona de 1 1/2 ano de recessão. Eu acredito que a esperança é um sentimento muito importante para negócios, e uma mola propulsora, mas a realidade é a que confirma. Será que este número merece tanto destaque? Acho que aqui se aplica a semelhança com a história do bode, pois estava tão ruim que qualquer não piora, já é uma vitória de goleada, veja o gráfico a seguir. Antes da crise a região mantinha um crescimento apontado pela linha vermelha, depois entre 2008 e 2009, sofreu uma queda e daí em diante parecia que iria seguir uma trajetória semelhante, foi quando eclodiu o problema das dívida