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Mostrando postagens de maio, 2025

Retorno zero a esquerda #nasdaq100 #NVDA

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  Não foi por falta de aviso. Em sucessivos posts, alertei que a aventura de Elon Musk no Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), criado por Donald Trump, estava fadada ao fracasso. A promessa de cortes trilionários no orçamento americano esbarrou na burocracia e na resistência política, resultando em quase nada, como detalha o Wall Street Journal. Musk, agora, deixa Washington e retorna ao seu império — Tesla, SpaceX e xAI —, que enfrenta desafios monumentais, agravados por sua polarização e pelas tarifas de Trump. Musk abandonou o DOGE em 28 de maio de 2025, após quatro meses de uma cruzada que prometia revolucionar o governo americano. O WSJ aponta que os cortes ficaram muito aquém dos US$ 2 trilhões almejados, limitando-se a uma fração irrisória. A Bloomberg é mais contundente: “Musk não fez nada além de transformar a Casa Branca em um showroom de carros por um dia e perturbar milhares de vidas sem motivo.” Como já antecipava no Mosca, a falta de habilidade política ...

Navegando a Mil por Hora #GOLD #OURO

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  Manter-se na dianteira é infinitamente mais árduo do que alcançá-la, especialmente quando se trata de uma empresa que desafia as leis da gravidade dos negócios. A Nvidia, “Queridinha” de Wall Street, não apenas consolidou sua posição como protagonista do mercado de chips para inteligência artificial (IA), mas também entregou resultados que superaram expectativas, mesmo enfrentando ventos contrários como as tarifas impostas à China e a concorrência da DeepSeek. No primeiro trimestre fiscal de 2025, a Nvidia reportou uma receita recorde de US$ 44,06 bilhões, um salto de 69% em relação ao ano anterior, com a divisão de data centers crescendo 73% e atingindo US$ 39,1 bilhões. Apesar de um impacto estimado de US$ 8 bilhões em vendas perdidas na China devido a restrições de exportação, a empresa projeta US$ 45 bilhões para o próximo trimestre, sinalizando que o apetite global por seus produtos permanece insaciável. A força da Nvidia não reside apenas nos números, mas na visão estraté...

Contabilizando vento #IBOVESPA

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  No coração do mercado financeiro americano, onde a racionalidade deveria reinar, uma história recente desafia qualquer lógica e expõe a fragilidade do conceito de valor. A SharpLink Gaming, uma empresa de marketing para apostas esportivas que valia irrisórios US$ 2 milhões, metamorfoseou-se em um colosso de US$ 2,5 bilhões. O segredo? Um anúncio de que compraria Ethereum com US$ 425 milhões captados em uma oferta privada liderada por Joseph Lubin, cofundador da criptomoeda e CEO da Consensys. O mercado, em sua peculiar sabedoria, decidiu que cada dólar de Ethereum no balanço valia seis. Bem-vindos à era onde o vento é registrado como ativo, e o mercado paga caro pela brisa. Matt Levine, em sua coluna na Bloomberg, destila o fenômeno com a acidez necessária: “O mercado de ações americano paga US$ 2 ou mais por cada US$ 1 de cripto.” É uma arbitragem tão gritante que parece farsa. Empresas como a SharpLink, que mal atendem aos requisitos mínimos para permanecer na Nasdaq, tornam-...

Europa na linha de tiro #S&P500

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  O euro, desde sua criação, tem sido um experimento ousado, mas problemático, como o Mosca sempre destacou. Países com economias tão distintas, como Itália e Alemanha, jamais poderiam compartilhar uma moeda única sem atritos. Na década de 1990, enquanto a Itália lidava com juros de 8% a 9% ao ano, a Alemanha operava com taxas de 3%. Essa disparidade, que já evidenciava diferenças estruturais, foi mascarada pela intervenção do Banco Central Europeu (BCE), que equalizou os juros por meio da compra de papéis. Contudo, essa uniformidade artificial não resolveu o cerne do problema: a incapacidade do bloco de sustentar taxas de crescimento comparáveis às de outras economias ocidentais. A rigidez do euro, somada às tensões geopolíticas e às ameaças tarifárias dos Estados Unidos, coloca a Europa em uma posição cada vez mais delicada. No curto prazo, a chegada de Donald Trump à Casa Branca intensificou as pressões sobre o bloco. Sua decisão de suspender o apoio financeiro e militar à Ucr...

O efeito da segunda derivada #USDBRL

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  O mundo enfrenta uma encruzilhada demográfica e econômica sem precedentes, com disparidades regionais redefinindo o futuro. Como o Mosca aponta em suas análises, as dinâmicas populacionais e as tensões comerciais globais estão redesenhando o tabuleiro econômico. Enquanto a África Subsaariana sustenta altas taxas de natalidade, a China enfrenta uma crise demográfica e uma guerra tarifária, especialmente com os Estados Unidos. Este texto alinha-se ao Mosca e explora como a demografia, a deflação e a aposta chinesa na manufatura — apesar da resistência ocidental — convergem para um cenário de risco global, com ênfase na delicada situação da China frente às barreiras comerciais. A Dicotomia Demográfica Global A demografia global é marcada por contrastes profundos. Segundo o The Lancet (2024), 75% dos países terão taxas de fertilidade abaixo do nível de reposição (2,1 filhos por mulher) até 2050, atingindo 97% até 2100. A taxa global caiu de 5 filhos por mulher em 1950 para 2,2 e...

A Nvidia continua Nadando de Braçada #nasdaq100 #NVDA #USDBRL

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  No próximo dia 28, a “Queridinha” do mercado, a Nvidia, divulgará seus resultados financeiros, atraindo os olhares de investidores e analistas para seus números e perspectivas futuras. O Mosca acredita que a companhia manterá margens estratosféricas, já que, na produção de chips para inteligência artificial (IA), nenhum concorrente surgiu à altura. Contudo, o mesmo não se pode dizer dos grandes usuários desses chips – as chamadas “Seis Magníficas”, exceto a Nvidia – que estão em uma competição acirrada para conquistar seus usuários. Nesse cenário, a Apple parece estar em desvantagem, como destacou Dave Lee em recente coluna na Bloomberg, enquanto a Nvidia, por ora, nada de braçada na corrida da IA. A Nvidia consolidou sua posição como líder indiscutível no mercado de chips para IA sendo a principal fornecedora de ferramentas essenciais para o atual “boom” dessa tecnologia. Conforme detalhado em artigo da Bloomberg, a linha Hopper H100, que será sucedida pela ainda mais potente ...

Razão, Emoção e o Vício do Bitcoin #OURO #GOLD #Bitcoin

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  O Bitcoin, que recentemente ultrapassou os US$ 111 mil, é um campo de batalha onde razão e emoção se chocam. Como defensor da análise técnica e usuário da Teoria de Elliott Wave, o Mosca enxerga uma alta nos preços, guiada por gráficos, mas não acredita nas criptomoedas como classe de ativo. Esse paradoxo reflete um conflito interno familiar a investidores: a disciplina racional versus o peso das convicções pessoais. Curiosamente, Jamie Dimon, CEO do JPMorgan Chase, ecoa essa tensão. Em 19 de maio de 2025, Dimon anunciou que seu banco permitirá a compra de Bitcoin, comparando o ativo a um vício como o cigarro: “Não acho que você deva fumar, mas defendo seu direito de fumar. Defendo seu direito de comprar Bitcoin.” Tanto o Mosca quanto Dimon, céticos quanto ao valor intrínseco do Bitcoin, cedem à força do mercado, mas com ressalvas. A ascensão do Bitcoin em 2025, com ganhos de 18% no ano, supera ativos tradicionais como o Nasdaq 100, impulsionada por ventos institucionais e regu...

Mudança em curso #IBOVESPA

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  Desde 2022, o Mosca vem alertando para uma mudança estrutural que redefine os mercados financeiros globais: a quebra de uma tendência de longo prazo nas taxas de juros, que agora aponta para um patamar mais elevado. Essa transição, longe de ser uma anomalia passageira, sugere que os próximos anos, quiçá décadas, serão marcados por juros mais altos. A recomendação de manter carteiras de bonds com prazos de vencimento curtos tem se mostrado acertada, protegendo portfolios contra a volatilidade decorrente dessa nova realidade. Este texto aprofunda a análise desse cenário, incorporando perspectivas recentes do Federal Reserve, do Deutsche Bank e do mercado global, com foco nas implicações para os investidores. A narrativa de juros baixos, que caracterizou as últimas décadas, terminou. Como o Mosca destacou no post publicado em dezembro de 24 “ agora-e-para-valer ”, a era de juros próximos a zero foi uma exceção histórica, e o mercado finalmente internalizou que taxas mais altas vie...