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Me engana que eu gosto #S&P500

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  A expressão "Me engana que eu gosto", imortalizada por Elis Regina em 1977, nunca pareceu tão adequada quanto agora, diante do teatro geopolítico que se desenrola no Oriente Médio. Ironia e sarcasmo embalam a análise do ataque iraniano à base americana em Al Udeid, no Qatar, um movimento tão ensaiado que mais pareceu uma coreografia diplomática. O Irã, com sua precisão simbólica de 14 mísseis — ecoando o número de bombas americanas lançadas contra suas instalações nucleares —, avisou com antecedência, garantindo que ninguém saísse ferido. E o presidente Trump, em um gesto que beira o surreal, agradeceu publicamente a Teerã por tamanha "cortesia". Menos de oito horas depois, ele proclamava nas redes sociais um cessar-fogo entre Irã e Israel, como se a paz pudesse ser decretada por um post no Truth Social. Me engana que eu gosto, mas o mundo não é tão simples assim. O que assistimos é uma encenação onde cada ator sabe seu papel, mas o público — nós, os espectadore...

A última bala na agulha #USDBRL

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  No último fim de semana, os Estados Unidos escalaram o conflito no Oriente Médio ao bombardear três usinas nucleares iranianas com armamentos de alta penetração, capazes de atingir alvos subterrâneos. O Irã, isolado diplomaticamente e com recursos militares esgotados, enfrenta um cenário crítico. Como dizia uma colega meu, quando uma das partes em um conflito não tem nada a perder, o risco de ações desesperadas cresce exponencialmente. O Estreito de Ormuz, por onde passa cerca de 20% do petróleo global, é o trunfo final de Teerã – uma arma que pode desestabilizar a economia mundial, mas também selar seu próprio colapso econômico. O Estreito de Ormuz, localizado entre o Golfo Pérsico e o Golfo de Omã, é uma artéria vital para o comércio global de energia. Com apenas 33 km de largura em seu ponto mais estreito e canais navegáveis de 3 km por direção, é vulnerável a qualquer interrupção. Em 2024, cerca de 16,5 milhões de barris de petróleo por dia transitaram pelo estreito, proven...

A ilusão do lucro fácil #IBOVESPA

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  It´s to good to be true Quando uma oportunidade no mercado reluz como ouro, o Mosca fica em alerta, pois o brilho pode ser apenas ilusão. Na minha época na Planibanc, o sócio Luis Carlos Plaster chamava uma chance excepcional de “massacre”, e essa palavra bastava para nos mover. Hoje, o mercado é mais sofisticado, e um estudo acadêmico de alto calibre, “ It's to Good to Be True ” (Duarte et al., 2024), das universidades Rice e USC, confirma: milagres financeiros não existem. Com rigor científico, a pesquisa desmascara promessas de lucros extraordinários que seduzem até os mais experientes. A riqueza se constrói com estratégia, não com contos de fada. Vamos analisar essa lição para você, que busca prosperar sem cair em armadilhas. Um mercado que evoluiu Antigamente, as ineficiências do mercado eram tão evidentes que, como dizia meu colega na Planibanc, Emir Capez, o mercado deveria erguer um monumento aos megaespeculadores que mal dominavam aritmética básica. Operações como a...

Seus 100 mais 100 ... bilhões! #S&P500 #USDBRL #IBOVESPA

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  Num jogo de poker econômico, onde cada jogador eleva a aposta, a Micron Technology jogou suas fichas com um lance audacioso: US$ 200 bilhões em semicondutores nos EUA, sendo US$ 150 bilhões em manufatura de memória e US$ 50 bilhões em P&D até 2030, criando 90 mil empregos diretos e indiretos. Fundada em 1978, com 48 mil funcionários e receita de US$ 15,5 bilhões em 2023 (queda de 50% ante 2022), a Micron planeja duas fábricas de alto volume em Idaho, até quatro em Nova York e modernização na Virgínia, em parceria com a administração Trump, mirando a liderança em inteligência artificial (IA). O Mosca comentou que o déficit americano é uma bomba-relógio, mas, como sugere Lance Roberts, a IA pode ser a carta na manga que desarma essa ameaça, transformando o cenário fiscal e econômico. A Micron é apenas um dos jogadores nessa mesa de apostas altas. A IA está redefinindo a economia global, e os EUA estão decididos a liderar. Roberts aponta que o déficit, hoje em 6% do PIB, assus...

O dólar está perto do telhado #USDBRL #GOLD #OURO #IBOVESPA

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  A dívida pública dos Estados Unidos, hoje superior a 120% do PIB, atinge níveis alarmantes, os mais altos fora de períodos de crise, e o "One Big Beautiful Bill Act" da administração Trump, projetada para inflar o déficit em US$ 2,4 trilhões na próxima década, acende um sinal de alerta vermelho. O Mosca menciona que a questão da dívida pública é um tema recorrente, e comparações com o Brasil frequentemente surgem nas redes sociais. No entanto, destaco que o financiamento da dívida brasileira, a juros exorbitantes, e a inconversibilidade do real colocam o Brasil em uma trajetória de risco muito mais acelerada, mas isso não absolve os EUA. A moeda americana, embora ainda a reserva global, não os imuniza contra um equilíbrio instável, como um castelo de areia que pode desmoronar com o próximo grão. Ray Dalio, Kenneth Rogoff, Niall Ferguson e Alec Phillips, da Goldman Sachs, convergem em uma visão preocupante: a combinação de taxas de juros reais em alta, custos insustentáveis ...

As empresas Faz de Conta #nasdaq100 #NVDA #EURUSD #S&P500

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  Na madrugada de 13 de junho de 2025, Israel lançou uma ofensiva contra o programa nuclear e a cúpula militar do Irã, conforme reportado pelo *Wall Street Journal*. A operação, com múltiplas ondas de ataques aéreos, atingiu a instalação de enriquecimento de urânio em Natanz, matou líderes como Hossein Salami, do Corpo de Guardas Revolucionários, e visou cientistas e alvos balísticos. Netanyahu classificou o ataque como um golpe ao “coração” nuclear iraniano, enquanto Israel entrou em estado de emergência, antecipando retaliações. O Irã prometeu responder, acusando os EUA de apoio — negado por Marco Rubio. A ação, que interrompeu esforços diplomáticos, pode atrasar o programa nuclear iraniano em um ano, mas a dispersão de instalações e possíveis contra-ataques elevam o risco de escalada. Trump defendeu uma solução diplomática, condicionada ao abandono nuclear do Irã, um cenário improvável. O Mosca percebeu outro fenômeno intrigante: as “empresas faz de conta” da China, uma resp...

Inflação sob o Escrutínio do VAR #EURUSD #OURO #GOLD

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  Como o Mosca assinala, a inflação está sob análise minuciosa, como um lance polêmico no VAR. O relatório do CPI de maio, divulgado nos EUA, trouxe um resultado surpreendentemente benigno: alta anual de 2,4%, alinhada às expectativas, e um incremento mensal de apenas 0,1%, abaixo do previsto. Esse cenário desafia os temores de que as tarifas impostas pelo governo Trump, já parcialmente em vigor, desencadeariam uma escalada imediata nos preços. Mas, assim como no futebol, a revisão no monitor pode esconder nuances que só se revelam com o tempo. As tarifas, a política monetária do Federal Reserve e a dinâmica do mercado de bonds compõem um jogo complexo, onde o gol da estabilidade econômica ainda não está garantido. O relatório do CPI, detalhado pelo Wall Street Journal , mostra que categorias sensíveis às tarifas, como carros e vestuário, não registraram altas expressivas, contrariando previsões de economistas. Jonathan Levin, em sua coluna na Bloomberg Opinion , sugere que a hes...