Me engana que eu gosto #S&P500
A expressão "Me engana que eu gosto", imortalizada por Elis Regina em 1977, nunca pareceu tão adequada quanto agora, diante do teatro geopolítico que se desenrola no Oriente Médio. Ironia e sarcasmo embalam a análise do ataque iraniano à base americana em Al Udeid, no Qatar, um movimento tão ensaiado que mais pareceu uma coreografia diplomática. O Irã, com sua precisão simbólica de 14 mísseis — ecoando o número de bombas americanas lançadas contra suas instalações nucleares —, avisou com antecedência, garantindo que ninguém saísse ferido. E o presidente Trump, em um gesto que beira o surreal, agradeceu publicamente a Teerã por tamanha "cortesia". Menos de oito horas depois, ele proclamava nas redes sociais um cessar-fogo entre Irã e Israel, como se a paz pudesse ser decretada por um post no Truth Social. Me engana que eu gosto, mas o mundo não é tão simples assim. O que assistimos é uma encenação onde cada ator sabe seu papel, mas o público — nós, os espectadore...