"Buy the Dips" funciona? #S&P 500
A obsessão por acertar o ponto exato de entrada no mercado continua firme. A cada correção um pouco mais forte, reaparece a velha pergunta: agora é a hora? O investidor olha o preço, olha o gráfico, olha o noticiário e tenta convencer a si mesmo de que, desta vez, o fundo está logo ali. Essa tentativa recorrente de ser mais esperto do que o mercado raramente termina bem. O Mosca insiste há anos em um ponto simples, mas incômodo: portfólio não se constrói com análise técnica de curto prazo. Se fosse assim, ninguém teria paz. Comprar, vender, recomprar, reduzir, aumentar — tudo em função de oscilações que, no fim, pouco dizem sobre o ciclo maior. A análise técnica existe para calibrar risco, não para comandar decisões estruturais. Quando ela vira volante, o resultado costuma ser excesso de giro e erro em sequência. A dúvida aparece logo no início: como entrar no mercado? Tudo de uma vez? Aos poucos? Esperando cair? Ou seguindo uma rotina automática de aportes? Nos últimos anos,...