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O Fim da moleza Monetária #S&P 500

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  A questão da dívida pública, como apontado pelo Mosca, não é um problema até que se torna um. E, em maio de 2025, o mundo financeiro parece ter acordado para essa realidade, com os holofotes voltados para Japão e Estados Unidos, onde déficits colossais começam a gerar consequências palpáveis. No Japão, a dívida de 240% do PIB, outrora financiada a juros irrisórios, agora enfrenta um mercado de títulos em colapso, com os juros disparando após um leilão de bonds de 20 anos com a pior demanda em mais de uma década. Nos EUA, a recente desclassificação da dívida soberana pela Moody’s, embora minimizada pelo mercado, acende um alerta sobre a sustentabilidade fiscal. Este texto mergulha nessas dinâmicas, misturando a audácia de questionar dogmas financeiros com a sofisticação de análises que conectam mercados globais, mantendo a consistência com o tom do blog Acertar na Mosca . O Japão, como destacado pelo Mosca, sempre foi um enigma no mercado de moedas. Como uma nação com dívida tão...

Chovendo no molhado #usdbrl

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  As agências de rating, como Moody’s, S&P e Fitch, são como mães precavidas que alertam sobre o frio mesmo sob um sol escaldante. A Moody’s, em outubro de 2024, elevou a nota da dívida brasileira de Ba2 para Ba1, a um degrau do grau de investimento, enquanto S&P e Fitch mantêm o Brasil em BB-, dois níveis abaixo. O Mosca, em seu blog Acertar na Mosca , já apontava que esse otimismo da Moody’s, seduzido pelo discurso do governo, pode ser passageiro se as contas públicas continuarem a deteriorar. Nos EUA, a Moody’s, em 16 de maio de 2025, rebaixou a dívida soberana de Aaa para Aa1, última agência a abandonar o triplo A, após S&P (2011) e Fitch (2023). Esse movimento, embora tardio, reflete uma verdade que os mercados já precificavam: as dívidas soberanas, no Brasil ou nos EUA, caminham sobre uma corda bamba fiscal. A elevação da nota brasileira pela Moody’s foi uma rara dissonância entre as agências. Enquanto S&P e Fitch, mais cautelosas, destacam o crescimento da ...

O Bom Vendedor #nasdaq100 #NVDA

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  O presidente americano, com seu talento de vendedor, orquestra acordos trilionários, como os fechados na recente viagem aos países árabes, que fazem o Brasil, com suas captações modestas, parecer perdido na diplomacia econômica. Como observa o Mosca, apesar de tropeços e quatro falências empresariais, ele conquista crédito e confiança com facilidade. A Nvidia, beneficiária direta desses acordos, reassumiu o posto de “queridinha” do mercado, com ações subindo 43% desde abril, impulsionadas pela demanda por chips de inteligência artificial (IA). Sua posição é privilegiada: ao vender a infraestrutura essencial para a IA, escapa da concorrência feroz enfrentada por seus clientes, como as gigantes chinesas que oferecem serviços de IA gratuitamente. Enquanto isso, o Congresso americano fabrica uma crise fiscal que ameaça o futuro econômico do país. Michael Bloomberg, em artigo publicado hoje, critica o orçamento da Câmara dos EUA, chamando-o de irresponsável. O plano eleva a dívida p...

Apple com novo "palpiteiro" #EURUSD #USDBRL

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  O presidente Trump, em sua cruzada por um “Made in USA”, pressiona Tim Cook, da Apple, a abandonar a expansão da produção de iPhones na Índia, exigindo mais fábricas nos EUA. A audácia do pedido desconsidera a intricada cadeia de suprimentos da Apple, construída ao longo de décadas, com China e Índia como eixos estratégicos. O Mosca alerta para os perigos de intervenções estatais em decisões corporativas, e este caso é emblemático: a Apple, a empresa mais valiosa do mundo, enfrenta um conflito entre geopolítica e eficiência. Produzir iPhones nos EUA é uma utopia. A mão de obra cara e a falta de um ecossistema industrial tornam a proposta impraticável no curto prazo. Na Índia, a Apple encontra subsídios estatais e um mercado em ascensão, produzindo 40 milhões de unidades anuais, 20% de sua capacidade global. Trump, contudo, parece priorizar o nacionalismo econômico. Curiosamente, ele sugere que a Índia pode reduzir tarifas sobre produtos americanos, o que beneficiaria a Apple lo...

We are (still) Open for business #IBOVESPA

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  O mercado financeiro vive um momento de inflexão. Após uma onda de “fundamentalismo” que derrubou as “Sete Magníficas” (Alphabet, Amazon, Apple, Meta, Microsoft, Nvidia e Tesla) em 25% neste ano, conforme o Mosca destaca, a poeira começa a assentar. Essas gigantes, que pareciam intocáveis, enfrentaram um vendaval impulsionado por temores de recessão nos EUA e incertezas sobre tarifas comerciais, culminando em perdas colossais de US$ 4,26 trilhões desde o início de 2025. No entanto, o que o Mosca sinaliza com clareza é que essas empresas não se abalaram. Pelo contrário, continuam a despejar bilhões em inteligência artificial (IA), a palavra que, exceto pelas tarifas, domina as conversas no mercado. Com a estabilização temporária, a IA volta ao radar dos investidores, e o futuro parece promissor, mas não isento de riscos. Michael Cembalest, da J.P. Morgan, em seu relatório “Eye on the Market”, oferece uma análise robusta sobre o avanço da IA. Ele aponta que, apesar das tarifas te...

Trump: Inside Information? #S&P 500

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  O Mosca provoca uma reflexão instigante sobre as ações de Donald Trump, questionando se suas movimentações como presidente dos Estados Unidos refletem uma estratégia diplomática ou o uso de posições privilegiadas para ganhos pessoais. Como o Mosca observa, entre 2 de abril e 12 de maio de 2025, um período de apenas 40 dias, o mercado financeiro mostra estabilidade, com uma alta de 2% contra uma queda de 4,7% desde o pico histórico de 19 de fevereiro. Contudo, as manchetes do Wall Street Journal revelam um Trump que navega entre acordos globais e negócios familiares, especialmente no Oriente Médio, borrando a linha entre interesse público e privado. No centro do debate está a oferta do Qatar: um avião de luxo de US$ 400 milhões, que serviria como Air Force One durante o mandato de Trump e, após, seria transferido para sua biblioteca presidencial. Trump, com seu pragmatismo característico, compara a aceitação a um gimme no golfe – um gesto que agiliza o jogo. “Seria estúpido nã...

Ficando Só com o Burro #USDBRL

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  O mundo despertou mais otimista hoje, após autoridades americanas e chinesas anunciarem em Genebra uma trégua de 90 dias na guerra comercial que abala a economia global. As tarifas, que atingiram 145% sobre importações chinesas nos EUA e 125% sobre bens americanos na China, serão reduzidas a 30% e 10%, respectivamente, conforme a Bloomberg. A parábola do homem que, angustiado com um burro em sua sala, segue o conselho de um padre para adicionar mais animais, só para sentir alívio ao removê-los e ficar com o burro, ilustra esse momento. A trégua, porém, é apenas uma pausa em negociações complexas, e o entusiasmo dos mercados pode ser tão fugaz quanto o alívio da história. A redução das tarifas não apaga o risco de um comércio global fragmentado. As políticas protecionistas de Donald Trump, em seu segundo mandato, continuam a desafiar as cadeias de suprimento. A trégua, liderada pelo Secretário do Tesouro Scott Bessent, indica que nem Trump nem Xi Jinping buscam o “desacoplamento...