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Helicópteros em baixa

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Os leitores do Mosca sabem que quando o assunto é helicóptero, é bem provável que vou falar do excesso de liquidez que o mundo vive. Este termo foi inicialmente usado pelo ex-Presidente do FED, Ben Bernanke, quando estudou a letargia da economia japonesa nos anos 90, e concluiu que eles cometeram um erro ao não injetar recursos no sistema bancário. Ele foi tão enfático dizendo que, se necessário, deve-se usar helicópteros para inundar a economia de moeda. Esse estudo foi revisitado intensamente durante a crise de 2008 e foi o que o FED acabou adotando. Outros países ou regiões usaram a mesma formula, cujo objetivo principal era de evitar a estagnação. A Europa vinha apresentando resultados econômicos muito fracos, e no final de 2014 caminhava para um cenário mais perigoso. A situação era ainda mais complicada, pois diferente de qualquer outro país, por estar dentro da zona do euro, a decisão de política monetária não depende exclusivamente da vontade de seu Presidente, é necessário

14 semanas de desamor

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Depois das comemorações relativas ao milésimo post, estamos de volta a realidade. E é simples, o compromisso é com o bolso ! Queria antes de tudo agradecer as mensagens que recebi de vários leitores, elas são muito importantes para a continuidade do meu trabalho, obrigado! Um filme que fez muito sucesso nos anos 80 foi 9 e 1/2 semanas de amor, estrelado por Kim Bessinger e Mickey Rourke, uma versão antiga dos sessenta tons de cinza, mas muito melhor. O romance entre os dois começa com um tórrido caso. Elizabeth (Bessinger) mergulha profundamente no relacionamento, com a intrigada personalidade misteriosa do obsessivo John (Rourke). Recheado de cenas picantes e sadomasoquistas, recomendo para o feriadão. Já se passaram 14 semanas desde que a extensão de recursos foi negociada com a Grécia. Durante este período de idas e vindas, conversas sobre reforma, rumores e desinformação rondaram as negociações entre a dupla pop-star e a Troika. Ontem à noite, os líderes dos credores se reuni

Number 1.000!

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Hoje não terá comentários de mercado. Ufa, um dia sem pressão! Este número está reservado para a comemoração do milésimo post. O Mosca está no ar a quase 4 anos, e me lembro de quando decidi começar o blog, demorei um pouco, pois não sabia se o que eu tinha para informar seria de interesse das pessoas. Mas fui em frente, O conteúdo foi mudando com o tempo, no início tinham mais assuntos a serem detalhados. A análise técnica foi um desfio, como poderia explicar de uma forma simples? Não sei se consegui, porém se os níveis que indico e a direção é aceita por vocês, mesmo que não dominem a matéria, já está bom, afinal o Blog não pretende ensinar Elliott Waves. Hoje eu entendo como é difícil para um jornal, publicar notícias de interesse todos os dias. Diversos dias, após minha leitura diária, chego a conclusão que não tem nada de interessante. Fico tenso, não vou publicar qualquer porcaria. Várias vezes, cheguei a considerar a não publicar naquele dia, mas este não é meu jeit

O termômetro estava quebrado

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O frio foi maior que o imaginado? A dúvida surge pela atualização do PIB americano do 1º trimestre, que ao invés de uma alta de 0,2%, indicam uma queda de 0,7%. Mas tudo bem, afinal dados passados não são garantia de dados futuros, esse lembrete muito usado na indústria de fundos, se aplica aqui também. O mais interessante foi a repórter da Bloomberg ter anunciado como uma boa notícia, pois o esperado pelo mercado era menor ainda. A reação do mercado foi praticamente nula, uma vez que as explicações de exceção para um número tão ruim se elevaram. Além do frio, acrescentou-se o elevado déficit comercial, os estoques que cresceram pouco e uma greve nos portos da Califórnia. Não vou me surpreender se daqui a pouco um "economático", mistura de economista com matemático, elabore um modelo que preveja o PIB em função da temperatura. A proliferação de modelos ultimamente é impressionante, parece que se quer desenvolver um modelo infalível. Pena que por aqui não faz tanto fri

Mundo solitário

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Não é novidade para ninguém a quantidade de horas cada vez maior que, no mundo inteiro, as pessoas passam entretidas com seu celulares ou computadores. Ao sair para jantar, é raro observar alguma mesa aonde as pessoas não estejam no seu Whatsapp, Facebook e outros aplicativos sociais. Em mesas grandes, até entre si trocam-se mensagens. Não digo que não sofro desse mal, eu também me vejo várias vezes nessa situação. Agora, mais marcante é quando alguém está à espera de outra pessoas, é 100% de certeza que estará entretido com sua máquina, e confesso nem percebe-se que o outro está atrasado. Eu não sou sociólogo, mas minha intuição diz que tudo isso não é bom. Me faço explicar, o Whatsapp é fantástico, uma forma inteligente de comunicação, onde respeita-se o horário da outra pessoa, que responde quando está disponível, além de eventuais emergências e consultas, que são resolvidas com muita rapidez. Porém o exagero leva ao isolamento, é mais fácil discutir por esse meio que pessoalm

O FED pode nos complicar?

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O assunto mais discutido nos últimos tempos, é quando o FED vai iniciar o ciclo de normalização de suas taxas de juros. Este prazo tem se estendido em função da frustração pela fraqueza dos dados publicados nos últimos meses. Mas parece que em algum momento, esta angústia vai terminar. Fico pensando se a atividade econômica, daqui em diante, não suportar esta ação para subir os juros, como o mercado reagiria. Acredito que muito mal, afinal os juros não estariam subindo pelo que eu denomino de mal motivo. E se é assim, todo o estímulo feito nestes últimos anos não foram suficientes, ou melhor, não funcionaram. Vamos deixar isso de lado por enquanto, chega de ideias ruins pela manhã. Partindo do pressuposto que nos próximos 6 a 9 meses, o FED dará esse passo inicial, o que isto poderia nos afetar? Ontem foram publicados os dados cambiais brasileiros, e, lembro a vocês, que sua publicação sofreu mudanças, conforme expus no post  new-look . A série histórica disponibilizada pelo BC

Ações a preço de banana

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A história diz que em 1929, um pouco antes do Crash da bolsa americana, um executivo da área financeira foi engraxar os seus sapatos. Em conversa com o engraxate, o mesmo lhe disse que tinha comprado várias ações. Depois disso, ao caminhar a seu escritório, pensou que seria hora de vender suas ações, afinal se até o engraxate que nada entendia de empresas estava comprando, esse processo não iria terminar bem. Este foi um dos casos das pessoas que conseguiram sair na hora certa. A bolsa de valores na China vem chamando a atenção em 2015, agora é oficial, sua alta supera os 100%. No post  camelô-de-mercado , mostrei coisas inéditas que vem acontecendo naquele país, como um camelô dando aulas de como investir na bolsa. Agora, a foto a seguir nos faz associar ao caso do engraxate relatado acima, mas de uma forma mais moderna. Naquele época, nem as informações das cotações e muito menos das execuções, eram tão fáceis como hoje em dia. Com certeza, deve estar dando mais lucro comp