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A inflação está aparecendo

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Ontem foram publicados os dados de inflação nos EUA medido pelo CPI. A taxa ficou em 0,1% no mês e 2% a.a. em 12 meses, o índice excluindo alimentos e energia registrou uma taxa de 0,2% e 1,8% a.a. em 12 meses. Uma observação simples do gráfico acima não parece muito animador, a elevação que ocorreu no começo do ano foi fruto de preço mais elevado dos combustíveis. Mas também não parece que o risco de queda da inflação seja uma ameaça, ao contrário, uma medição feita com a inflação core –extraindo os alimentos e energia, de forma trimestral anualizada, mostra uma recuperação de preços mais consistente. Enfatizo aos leitores que essa forma de calcular coloca maior volatilidade no índice, e deve ser vista com uma certa cautela.  Agora até os Corintianos, que estão felizes da vida pela conquista do Campeonato Brasileiro, apostam que a taxa de juros subirá na próxima reunião de dezembro. Sobre o campeonato brasileiro eu já contava há alguns meses que seria muito d

Riscos a frente?

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No post  juros-101 ,  fiz uma breve explanação sobre os conceitos da curva de juros. Para quem não está familiarizado sugiro uma releitura, pois vou partir de algumas considerações lá definidas. Simplificando, a curva de juros mede o spread entre os juros de curto e a de longo prazo. É a compensação extra que os investidores exigem para que seu dinheiro fique por um período prolongado. O maior mercado de títulos do mundo está dando um sinal de que os investidores não podem ignorar. Quanto mais a tendência persistir, mais provável que seus efeitos possam se espalhar para os resultados dos bancos e para a economia real, ao mesmo tempo em que limitaria a capacidade do FED de responder quando esses riscos emergirem. Para ter uma ideia de quão dramática essa tendência tem sido, abaixo encontra-se uma serie de dados referente as curvas de juros relativos ao início de 2017. Os resultados mais recentes apontam para os níveis mais baixos em uma década. Diferença entre os ju

A Europa está de vento em popa

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O Mosca vem repetidamente enfatizando as melhores condições que a Europa está apresentando ultimamente A reviravolta é impressionante para uma região que mergulhou da crise financeira global em sua própria turbulência da dívida soberana, desemprego recorde e um potencial cenário de deflação que ameaçou a própria sobrevivência da união monetária. Embora para compensar a maior parte do terreno perdido nos anos sombrios, com uma produtividade ainda fraca, a recuperação mantém a esperança de que algumas cicatrizes comecem a curar. A Comissão Europeia, na semana passada, elevou sua previsão de crescimento de 2017 para 2,2%, de uma estimativa de 1,7% em maio. Esse desempenho pode ser constatado pela melhor performance das ações que tem mais exposição a aera do euro, comparado ao índice geral de ações. Em um relatório divulgado nesta segunda-feira, o Fundo Monetário Internacional disse que o crescimento em toda a região europeia - que inclui a área do euro, bem como as ec

Inflação em alta!

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Ao buscar as informações sobre o IPCA do mês de outubro, fiquei preocupado ao ler o título da reportagem no jornal Valor “Inflação ganha força em outubro”. Imediatamente pensei que algo teria saído fora do controle, afinal a chamada indica um resultado negativo.  Porém a realidade não era bem essa, o nível do mês de outubro foi de 0,42%, totalmente dentro da previsão do mercado que era entre 0,40% - 0,54%. Esse resultado ocasionou uma alta da inflação anual de 2,54% para 2,70%. Os principais fatores que influenciaram no sentido da alta foram a energia elétrica, reflexo da alteração da bandeira tarifária para o mês, além do gás de botijão. Já a alimentação, que ainda permanece em deflação, perdeu o ímpeto. Como costumo dizer, se a queda nos preços dos alimentos continuar indefinidamente a comida ficará literalmente de graça. Algum momento vai parar de cair! Um exercício importante para análise da inflação, a mais longo prazo, é expurgar os efeitos dos alimentos do índice. Com

China: Menos ótimo!

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O presidente Trump, de tempos em tempos, reaparece na mídia, normalmente acusando alguém ou se defendendo, com o objetivo aparente de chamar a atenção. Todo esse stress tem conseguido zero de benefício para seu povo, pois fora essas bravatas nada de concreto é realizado. Realmente decepcionante! Nesta semana embarcou para uma viagem à Ásia onde a China é o seu maior interesse. De forma “amigável” com seu anfitrião manteve conversas difíceis sobre a Coréia do Norte e assuntos comercias. Em relação a esse último, ao invés de culpar Pequim, culpou seus predecessores por possuir uma relação econômica “muito injusta e unilateral”. Trump disse que as administrações passadas permitiram que a China ganhasse vantagens comerciais injustas em relação aos EUA, acrescentando: “ Mas vamos fazer isso ficar justo e excepcional para nós dois”. Xi Jimping sorriu amplamente para algumas observações do Sr. Trump, incluindo a de que a China não era culpada pelo desequilíbrio comercial.

Bolsonaro x Lula: Sem opção!

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Responda sinceramente, se você tivesse que optar entre um desses nomes para escolher o próximo presidente qual escolheria? Antes que responda quero dizer que eu não acredito ser essa a dupla que comporá o segundo turno das eleições presidenciais do próximo ano. Eu espero! Para pessoas esclarecidas imagino que a sensação de indignação é igual a minha. Como poderia o Lula ainda ter mais que 100 votos? E olha que esses 100 votos de parentes também estariam sob risco. Sem deixar se envolver pela emoção, a única conclusão que se pode fazer é que, boa parte dos brasileiros não se importam com o caráter de seus governantes. Basta um discurso de proteção aos mais pobres, para quem se beneficiar, votar nele. Agora se é um mega ladrão, incompetente, tanto faz, desde que o “meu” esteja garantido. Essa observação coloca em cheque nosso futuro, haja visto que, parcela considerável pensa desta maneira. Mas felizmente, não é a maioria. Do outro lado, Bolsonaro está conquistando os el

Goldilocks é agora

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Existe um termo em inglês que caracteriza uma situação econômica particular: Goldilocks : ” An economy that is not so hot that it causes inflation, and not so cold that it causes a recession. There are no exact markers of a Goldilocks economy, but it is characterized by a low unemployment rate, increasing asset prices (stocks, real estate, etc.), low interest rates, brisk but steady GDP growth and low inflation” . Como não existe uma marca explicita analisemos alguns parâmetros da economia americana: ·          Baixo desemprego – OK ·          Alta de preços dos ativos (ações, imóveis, etc. ...) – OK ·          Juros baixos – OK ·          PIB estável – OK ·          Baixa inflação – OK Além das condições atuais se enquadrem perfeitamente, um outo atributo também surge, a de que nesses momentos nada de muito diferente acontece. Tenho conversado com alguns analistas e gestores ultimamente e a sensação é a mesma, nada de relevante acontece, cada dia é muito sem