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Emergente puro sangue #ouro #gold

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  Qual a definição de um país emergente? Segundo o Google: “são aqueles que não apresentam um nível de desenvolvimento econômico elevado como os países ricos, mas que estão em crescimento acelerado”. Na opinião do Mosca, dentre os países de maior destaque, a Índia sem dúvida se enquadra nesse significado. Há exatamente um ano explorei no post  o-emergente-que-está-dando-certo os motivos para tanto. Não deve ser fácil governar um país do tamanho da Índia, com a maior população mundial, recentemente ultrapassando a da China — administrar 1.417 bilhão de pessoas não é para qualquer um. Qual foi o seu segredo para apresentar um crescimento médio de 8% a.a. nas últimas décadas? Um ambiente propício para o investidor, com regras claras e postura pro-business, pragmatismo na política e sempre visando não atrapalhar o ponto anterior. Na última eleição, ocorrida neste mês, Narendra Modi, seu Primeiro-Ministro, venceu seus oponentes, garantindo mais um mandato. É verdade que não obteve maiori

"This time is different" #IBOVESPA

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  Hoje é feriado nos EUA, Juneteenth, dia em que se comemora o fim da escravidão. Os mercados estão em banho-maria. Tenho uma certa ojeriza à frase "This time is different" [Desta vez é diferente], muito usada para explicar situações que fogem ao esperado. Na grande maioria das vezes, se mostra falsa. Mas será que estamos num momento em que ela pode ser verdadeira? No post "Só Entra com Carteirinha", exponho a razão de tanta distorção que se observa, onde a mais marcante é a concentração em poucas empresas que explica a alta nos índices. Hoje, Jensen Huang, CEO da Nvidia, deve estar comemorando algo que nunca passou pela sua cabeça: a maior empresa do universo em capitalização de mercado, deixando para trás nomes já amplamente conhecidos como Apple, Microsoft e Amazon. Ser o primeiro em qualquer lugar significa ter que manter essa posição, e sabemos que algum dia vai perder a aura. Ben Carlson, em seu site "A Wealth of Common Sense", trata da concentra

Bull Market #SP500

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  "Opiniões não fazem preço, fluxo sim." Essa frase diferencia os economistas e analistas dos investidores. Depois de tanto tempo atuando nos mercados, percebo que não existe nenhuma opinião ou sugestão sem algum interesse oculto. Mesmo quando se trata de alguém sem interesse financeiro, no mínimo seu ego está em jogo. Quando optei por usar a análise técnica, decidi não levar minha opinião como principal nas decisões de investimento. Posso dizer que resisti muito a isso, afinal, tenho uma sólida formação acadêmica. Como deixá-la de lado? A análise dos resultados, pouco a pouco, foi mostrando que minha opinião estava errada em muitas ocasiões, o que me levou a prejuízos. A bolsa americana vem subindo constantemente, dia após dia, atingindo novas máximas. O leitor não precisa procurar muito para encontrar opiniões indicando que uma queda está por acontecer. Os argumentos são diversos: bolha, concentração, valuation, juros e por aí vai. Podem estar certos de que um dia acert

Navegando para trás #USDBRL

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  Certa vez resolvi me aventurar no iatismo com vela. Quando somos jovens, acreditamos que podemos fazer qualquer coisa, mesmo sem experiência. Fui passar um final de semana na casa de um amigo. Nesse local havia um lago onde ele costumava velejar em um barco pequeno. Pedi algumas explicações sobre como funcionava e ele me esclareceu que, quando o vento estava a favor e você estava velejando nesse sentido, era só deixar o vento te levar, mas, quando o vento estava contra, teria que velejar em zig-zag. Beleza, deixa comigo. Na ida foi um sucesso, percorri as águas de forma contínua e me afastei do local de partida. Pensei comigo mesmo: muito fácil isso aqui! Quando resolvi voltar, começou a complicar, mas lembrei das suas palavras: bastava navegar em zig-zag. Pois bem, fiquei em zig-zag sem avançar um centímetro — se não estava indo para trás. Em certo momento, fiquei de saco cheio, peguei a corda do barco e comecei a puxar na mão. Por sorte, não estava muito fundo e consegui chegar e

"Est très difficille" #nasdaq100 #NVDA

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  Comentei esta semana no post  democracia-em-baixa a derrota sofrida pelo presidente Macron na França. Numa tentativa arriscada, buscou uma saída para continuar no governo até as próximas eleições em 2027, deixando a direita tomar a direção durante esse período. O raciocínio era de que eles iriam se desgastar neste período e o eleitor perceberia que é melhor com Macron do que sem ele. Mas não foi isso que ocorreu esta semana, como comenta Stacy Meichtry no Wall Street Journal, onde faço um breve resumo. O presidente Emmanuel Macron sempre aspirou a ser um dos grandes homens da história, salvando a Europa do populismo e colocando sua economia em condições de competir com os EUA e a China. A questão agora é se ele entrará para a história como o homem que levou Marine Le Pen e seu partido de extrema-direita ao poder na França. A decisão de Macron de convocar eleições antecipadas pegou todos de surpresa. Macron estava convencido de que ele e seus candidatos se beneficiariam do elem

Brigar por nada #EURUSD

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Que diferença faz se o Fed baixar uma ou duas vezes os juros este ano? Muito pouca, na minha avaliação. A principal razão é que estamos chegando mais perto do final do ano e, sendo assim, há menos espaço. Mas o mercado está fixado nesta ideia e raciocina da seguinte forma: duas é bom, uma é ruim. O Fed terminou seu encontro ontem sem muita novidade. O texto publicado tem poucas mudanças, porém, atualizou seu gráfico de pontos, empurrando mais para frente os cortes de juros projetados. Nesse gráfico, o que chamou minha atenção foi a taxa terminal de juros, que está cada vez mais próxima de 3% a.a. Nada grave, mas a cada reunião é colocada mais para cima, indicando que, na visão deles, o mundo de taxa 0% foi um pesadelo do passado e terminou. Outro ponto que chamou minha atenção aconteceu na sessão de perguntas e respostas, onde Powell, ao responder algumas perguntas, ficou hesitante, chegando até a gaguejar, deixando transparecer que também está cheio de dúvidas.  Na parte da