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A IC: A Inteligência Concentrada #OURO #GOLD #EURUSD

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Criamos uma nova ferramenta para libertar o ser humano da repetição — e acabamos nos aprisionando a ela. A Inteligência Artificial, que nasceu sob o discurso de “democratizar o conhecimento”, tornou-se rapidamente o motor de uma das maiores concentrações de poder econômico e cognitivo da história moderna. É a “Inteligência Concentrada”, ou simplesmente IC — um acrônimo que combina ironia e realidade. Desde que o ChatGPT entrou em cena, o setor de tecnologia entrou em uma corrida bilionária pelo domínio da IA. O que se prometia como uma revolução distribuída se transformou em um jogo controlado por um punhado de atores — OpenAI, Nvidia, Microsoft, Amazon e Google — que hoje monopolizam não apenas os chips e os servidores, mas também a própria infraestrutura cognitiva do planeta. Sam Altman, o rosto mais visível dessa nova era, transformou a escassez de poder computacional em ativo estratégico e costurou uma teia de acordos que amarrou gigantes da tecnologia em torno de sua empresa. Nvid...

O Dilema à frente #IBOVESPA

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O Mosca vem insistindo há meses que estamos vivendo um tempo no mínimo contraditório. De um lado, as empresas ligadas à inteligência artificial — ou como gosto de chamar, as detentoras da Carteirinha PJ — surfam uma onda de valorização que parece não ter fim. Do outro, companhias tradicionais, que ainda não provaram serem “à prova de bala” nessa nova era tecnológica, seguem do lado de fora da festa. À primeira vista, o investidor atento deveria apenas reconhecer o fenômeno e aproveitar o embalo. Mas o que parece euforia pode esconder algo mais profundo. A recente onda de demissões nas grandes corporações americanas sugere que a revolução da IA começa a cobrar seu preço. Segundo The Kobeissi Letter, mais de 150 mil funcionários foram dispensados nos últimos meses — o equivalente a três meses de criação líquida de empregos nos níveis atuais. A lista de empresas é extensa: Amazon, UPS, Target, General Motors, Booz Allen, Rivian... e a tendência é clara. Por trás dessa movimentação, há um ...

Para os amigos tudo #S&P 500

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  Paulo Maluf cunhou frases que, décadas depois, continuam descrevendo a política com uma precisão constrangedora. Entre elas, a mais conhecida — “para os amigos tudo, para os inimigos, justiça” — ressurge com força quando se observa a forma como Donald Trump conduz sua diplomacia. Aos 79 anos, ele atravessa o mundo com a energia de quem ainda disputa a centralidade do poder global, e, como Maluf, sabe recompensar aliados e castigar desafetos.   Ontem estava na Malásia, firmando acordos de comércio e paz, e hoje desembarcou em Tóquio, para dar as boas-vindas à nova primeira-ministra Sanae Takaichi, discípula de Shinzo Abe e herdeira de seu estilo pragmático — o mesmo que fez do Japão um dos poucos países a compreender a psicologia do magnata americano. Enquanto Lula continua tentando entender se Marco Rubio “não gosta do Brasil”, Trump, mercantilista convicto, já se reposicionou no tabuleiro asiático: “para os amigos, tudo; para os inimigos, justiça tarifas”, melhor adaptad...

"Back to business" #USDBRL

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O mundo acordou com um misto de alívio e incredulidade. Após meses de tensão comercial e retórica inflamada, Estados Unidos e China anunciaram um acordo parcial: Pequim voltará a exportar terras-raras e Washington, em contrapartida, suspenderá a tarifa de 100% sobre determinados produtos estratégicos. Parece pouco, mas é o suficiente para provocar um rally nas bolsas e reanimar investidores que já começavam a desconfiar da consistência da alta recente. Mas o mais interessante não é o acordo em si, e sim o que ele revela. Donald Trump, novamente protagonista, mostrou que continua a reger o mercado global como quem move as peças de um xadrez político. A trégua comercial foi cuidadosamente coreografada para coincidir com o anúncio da vitória de Javier Milei nas eleições legislativas argentinas — um alinhamento que não é mera coincidência. A revolução de Milei Enquanto o mundo observava a diplomacia sino-americana, a Argentina deu um salto histórico. Javier Milei consolidou sua maioria rel...

A bolha está nos lucros #nasdaq100 #NVDA

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  Não passa um só dia sem que o tema “bolha” esteja nas manchetes. O mercado acionário americano, após anos de valorização quase ininterrupta, continua testando novos topos e provoca, inevitavelmente, desconfiança. Para quem ficou de fora, é necessário encontrar uma justificativa racional — e a bola da vez é a Inteligência Artificial. Muitos acreditam que o fenômeno da IA seria o novo combustível de uma bolha, uma espécie de repetição modernizada da euforia da internet nos anos 2000.   Mas o que os números revelam é mais complexo. Ao contrário do que ocorreu na era das ponto.com, as grandes companhias de hoje não vivem de expectativas vazias: elas entregam resultados e lucros reais, e não apenas promessas de futuro. O relatório da Goldman Sachs *Top of Mind – AI in a Bubble* mostra que o setor tecnológico americano, embora exuberante, está longe de repetir as distorções do passado. As gigantes — Apple, Microsoft, Alphabet, Meta e Nvidia — geram níveis extraordinários de caix...

O Fed seria reprovado #OURO #GOLD #EURUSD

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Na próxima semana, o Comitê de Política Monetária americano se reúne para definir a taxa de juros. O mercado já trata como certa uma redução de 25 pontos-base, o que levaria o Fed Funds para 3,75%. Mas diante dos números disponíveis — e do cenário global — essa decisão seria mesmo correta? Se pedíssemos a um grupo de economistas experientes para avaliar a situação, o quadro seria mais ou menos o seguinte: - O crescimento no último trimestre está ao redor de 3,8%, segundo o GDPNow do Fed de Atlanta, o que sugere uma economia ainda muito forte; - A inflação estável em torno de 3% ainda supera a meta de 2%; - Um presidente que age por impulso, elevando tarifas de importação quando bem entende — política inflacionária que obriga empresas a escolher entre subir preços ou reduzir margens; - Um mercado de trabalho robusto, com sinais pontuais de enfraquecimento, mas sem colapso; - E uma revolução digital em curso, impulsionando investimentos vultosos em inteligência artificial e infraes...

O céu NÃO é o limite #IBOVESPA

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  Minha experiência com o ouro começou na década de 1980, quando, por restrições cambiais, o metal era praticamente a única forma de se proteger contra a inflação e oscilações do dólar. O mercado internacional tinha vivido um ciclo de euforia — a onça chegou a US$ 850 em 1980, depois de sair de US$ 100 em 1976 — e logo mergulhou em duas décadas de frustração. Lembro-me de dois episódios marcantes. O primeiro foi quando comecei a trabalhar com Leo Kyrss, como seu sócio, um megainvestidor que mantinha quase todas as posições abertas de ouro na BMF. Fiquei chocado com tamanha concentração e perguntei o motivo. Ele respondeu que acreditava na alta do ouro, mas na verdade sua aposta era na valorização do dólar. Sugeri, ingenuamente, que operasse no mercado internacional — mais líquido e menos arriscado. O segundo episódio foi durante um voo entre Nova York e Los Angeles. Eu estava comprado em ouro e confiante. Ao desembarcar, ouvi no rádio que o preço havia despencado 10% em um únic...