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O céu não é o limite

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Maynard Keynes já dizia com muita propriedade “ o mercado pode ficar mais tempo irracional que você se manter solvente”! Tenho enfatizado ultimamente a importância das finanças comportamental que leva em consideração a reação dos humanos quando o assunto é investimentos. De nada adianta um modelo matemático indicar que um mercado está absurdamente caro, se as pessoas continuam comprando, vai ficar mais absurdamente caro. O melhor exemplo recente é o Bitcoin. Inúmeros economistas e executivos de renome classificaram a moeda digital como uma farsa, indicando que sua cotação estaria próxima de um grande colapso, sem falar nos governos, principalmente o Chinês, que colocou inúmeras barreiras na sua negociação. Tudo isso não foi suficiente para evitar novos recordes de preços atingidos nessa semana, cujo valor já ultrapassa U$ 5.000. O gráfico a seguir mostra que cada vez mais rapidamente, com um intervalo de tempo menor, o Bitcoin atinge novos recordes após uma baixa temporári

Consulte a cartomante

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O próximo ano será cercado de algumas dúvidas que podem ter um impacto importante nos preços dos ativos. No Brasil, saber quem será o próximo Presidente da República seguramente é uma informação preponderante para a carteira de investimento. Aliás, no meu caso, se o próximo presidente for o Lula, vou escrever o Mosca de outra parte do mundo. Internacionalmente, o elemento de maior risco será a execução por parte dos bancos centrais da retirada do excedente de recursos injetados a partir da crise de 2008. O gráfico a seguir computa o volume total de ativos detidos considerando os maiores bancos centrais, inclusive o brasileiro, num período de 12 meses. Notem que, nos últimos 2 anos, o ECB foi o banco central que mais injetou recursos – em verde. Nesse período houve uma injeção liquida de U$ 2,0 trilhões, que agora está em rota descendente, atingindo a neutralidade ao final de 2018. O ganhador do prêmio Nobel de economia, Richard Thaler, diz não entender como a volatil

Devemos confiar na intuição?

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O Prêmio Nobel de economia deste ano foi conferido ao economista americano Richard Thaler. Sua vida acadêmica é dedicada a finanças comportamentais. O trabalho premiado desafiou a visão popular na economia de que a tomada de decisão individual era racional e facilmente modelada. Seu trabalho foi elaborado com dados das décadas de 1980 e 1990. Thaler percebeu isso na vida cotidiana, construindo uma ponte entre as análises econômicas e psicológicas na tomada de decisão individual. Um artigo publicado pelo Wall Srteet Journal aborda sobre a questão do cotidiano, se devemos tomar nossas decisões baseados numa análise racional ou no nosso instinto. Muitos estudos apoiam o uso do instinto, mostrando que as decisões que tomamos inconscientemente, antes que nossa mente racional possa se envolver, são muitas vezes melhores. Mas nem sempre. John Bargh, professor de psicologia em Yale, diz que tendemos a confiar em nossas reações instintivas mais do que em nosso racional. A razão

Procura-se inflação

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Hoje se comemora o Memorial Day nos USA, como de costume nestas ocasiões o mercado permanece em banho Maria. Também a ameaça de mais um teste por parte da Coreia do Norte acabou não acontecendo deixando o mercado mais tranquilo, pelo menos por enquanto.  Enquanto corre solto as apostas de quem será o (a) novo (velha) comandante do FED, vários diretores dessa instituição reafirmaram na semana passada que os juros deverão subir na reunião de dezembro. O mais interessante é que, antes dessa data, existe um outro comitê programado para o final de outubro. Eu realmente acho intrigante o porquê da escolha de uma data especifica para subir os juros. É verdade que existe uma diferença entre ambas, a de dezembro é mais completa com a divulgação de novas projeções econômicas bem como uma secção de perguntas e respostas. O mercado como consequência já aposta quase que integralmente na alta dos juros em dezembro com uma probabilidade de 80%. Por outro lado, o juro de longo prazo,

Concorrência de peso

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No submundo das cryptocurrencies que não são nem crypto pois não existe sigilo, nem tampouco currencies pela elevada volatilidade, recentemente o FMI parece interessado em entrar nesse segmento. Christine Lagarde, diretora-gerente do FMI, considerou que os direitos especiais de saque - (SDRs) que conceitualmente é uma cesta de moedas criada por esta entidade -  podem ter um futuro digital, em um fórum do banco da Inglaterra na semana passada. Naturalmente, ela disse que era um "ponto de interrogação", se os SDRs poderiam substituir as moedas existentes. "Não é uma hipótese extravagante", disse ela, e o FMI precisa estar pronto. SDR ou IMFcoin permitiriam que um grupo muito mais amplo usasse a moeda, suplantando o dólar no comércio internacional, reduzindo tanto as grandes mudanças monetárias que podem desestabilizar os países, quanto os perigos dos grandes déficits em conta corrente. Em vez de representar uma cesta de moedas, o SDR digital seria uma m

O misterioso massacre de Las Vegas

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  O massacre ocorrido em Las Vegas, onde Stepehen Paddock, um americano aparentemente normal, matou 59 pessoas e feriu aproximadamente 500, é um grande mistério ainda. As pessoas mais próximas de seu relacionamento não relatam nenhuma anomalia em seu comportamento que justificasse uma ação tão violenta, a 2º maior em termos globais. Mas certamente ele não era, não é possível que alguém normal agiria dessa forma. Parece que tinha duas personalidades, e administrava bem esses dois lados, um normal e outro escondido que mantinha muito bem separado. O paralelo que pretendo fazer diz respeito a volatilidade observada nos mercados, o gráfico a seguir é sugestivo pois compara esse indicador para uma série de mercados. Se vocês observarem, a volatilidade é aproximadamente a metade da mediana dos últimos 10 anos, e mesmo no ano de 2017, houve uma queda significativa. Para ajudar nessa ideia, não são só os indicadores de mercado que apresentam esse comportamento. A volatilid

Demissão ou demitida?

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Em menos de três semanas o Presidente Trump planeja anunciar seu candidato para assumir o FED, pois o mandato da Presidente Yellen, termina em fevereiro próximo. Ele tem indicado que possui seis nomes para o cargo, porém, sua decisão é binária: Está feliz como o FED administrando a política monetária, ou acredita que precisa mudar drasticamente? Dos candidatos, dois representam continuidade, dois representam mudanças, e os outros dois são um mistério. Sem entrar na descrição da vida profissional de cada um, os nomes de acordo com a classificação acima, são: - Manutenção: Yellen e Jerome Powell um advogado que trabalhou no departamento do tesouro no governo Bush; - Mudanças: Kavin Warsh um acadêmico que esteve no FED durante a crise de 2008, John Taylor também um acadêmico da Universidade de Stanford. - Mistério: Gary Cohn, que faz parte do governo Trump como diretor do National Economic Council, e John Allison antigo CEO do BB&T, um banco americano médio. Natur