Concorrência de peso
No submundo das cryptocurrencies que não são nem crypto pois não existe sigilo, nem
tampouco currencies pela elevada
volatilidade, recentemente o FMI parece interessado em entrar nesse segmento.
Christine Lagarde, diretora-gerente do FMI, considerou que
os direitos especiais de saque - (SDRs) que conceitualmente é uma cesta de
moedas criada por esta entidade - podem
ter um futuro digital, em um fórum do banco da Inglaterra na semana passada.
Naturalmente, ela disse que era um "ponto de interrogação", se os
SDRs poderiam substituir as moedas existentes. "Não é uma hipótese
extravagante", disse ela, e o FMI precisa estar pronto.
SDR ou IMFcoin permitiriam que um grupo muito mais amplo
usasse a moeda, suplantando o dólar no comércio internacional, reduzindo tanto
as grandes mudanças monetárias que podem desestabilizar os países, quanto os
perigos dos grandes déficits em conta corrente. Em vez de representar uma cesta
de moedas, o SDR digital seria uma moeda própria, embora seja usada apenas para
transações internacionais.
No momento, os países detêm grandes volumes de dólares como um
seguro no caso de crise na balança de pagamentos, amortecendo o crescimento e
distorcendo a economia mundial. Se o FMI tivesse o poder de agir mais como um
banco central global, levando novos SDRs em sua própria blockchain, numa crise
reduziria a necessidade de os países manterem reservas.
José Antonio Ocampo, membro do conselho do banco central
colombiano, também no grupo de especialistas do FMI, acredita que a emissão
anual de SDR poderia representar de U$ 200 bilhões a U$ 300 bilhões por ano.
"Os países não teriam que acumular reservas, que geram
um efeito contracionista na economia global", diz ele.
A verdadeira oposição a um IMFcoin é provável que não venha
dos fãs do ouro, mas de defensores do papel central do dólar no sistema global.
A libra esterlina ocupou o papel de moeda de reserva global e passou décadas em
declínio uma vez que foi abandonado em favor do dólar, reduzindo a demanda por
libras.
O gráfico a seguir mostra como a libra esterlina perdeu o
status de moeda de troca para o dólar a partir de 1914.
O benefício de ser o emissor da moeda de reserva é óbvio e
muito invejado: os americanos podem oferecer para comprar bens reais do resto
do mundo com o dinheiro que o Federal Reserve cria do nada, e outros países têm
pouca escolha senão aceitar. Os Estados Unidos obtêm taxas de juros mais baixas
do que seria de outra forma e podem gerir um déficit permanente da conta
corrente com impunidade, desde que permaneça a moeda de reserva.
No entanto, há uma desvantagem por ser a moeda de reserva. A
compra de dólares pelo resto do mundo dificulta a desvalorização do dólar para
sustentar sua própria economia. Quando a crise bancária atingiu em 2008, os
investidores se empilharam na moeda de reserva, o dólar subiu 21% contra os
seus parceiros comerciais, antes do pânico diminuir em março de 2009.
Há poucas chances de os políticos americanos quererem desistir
do que um ministro das Finanças francês chamou o "privilégio
exorbitante" do dólar. Não importa o que a Sra. Lagarde possa sugerir.
Como observou, o FMI precisaria de uma "situação geopolítica que seria
propícia" para as mudanças, que ela está especulando possa acontecer.
A China quer isso, e tem encorajado a emissão de títulos
denominados em SDR para tentar criar uma verdadeira alternativa aos mercados
desenvolvidos e líquidos dos EUA (a China teve pouco sucesso até agora, com
apenas dois títulos SDR).
O gráfico a seguir apresenta a participação das principais moedas na negociações do Bitcoin. Vejam com a partir de 2017, o yuan não é mais a principal moeda.
A possibilidade da existência dessa moeda IMFcoin ainda é
muito distante. Com visões contrárias entre os chineses e americanos, esses
últimos teriam pouco interesse em levar essa ideia adiante. Mas não sabemos
como será a evolução das cryptocurrencies atuais, e caso elas ameacem as moedas
atuais como meio de pagamento, mesmo os americanos tenderiam a mudar de ideia.
E cá entre nós, entre a Bitcoin ou IMFcoin qual você prefere? Se sua resposta
for nenhuma das duas, vamos com a ideia do Moscoin – moeda emitida pelo Mosca, nessa vocês confiam! Hahaha ...
À primeira vista os dados de emprego foram ruins, com uma
queda de 33 mil empregos. Porém a pesquisa feita com a população, usada para
calcular a taxa de desemprego, apontou um aumento no número de americanos
empregados em 906 mil, levando a taxa de desemprego para 4,2%.
Outro dado que também mostra o aquecimento do mercado de
trabalho americano são os rendimentos dos salários que cresceram 0,5% no mês,
levando a taxa anual para 2,9%.
Esses resultados tiveram um impacto na curva inteira de
juros, deixando os juros dos títulos de
10 anos no nível importante notado no post rápido-e-sempre: ...” entrar agora na ponta contrária
apostando na alta de juros, não ainda. Conforme mencionei acima, os juros terão
que ultrapassar a barreira dos 2,35 % - 2,40%, para que eu avente essa
hipótese. No gráfico abaixo marquei uma figura denominada de megafone – em
vermelho. Enquanto não romper o limite vermelho, pode ser que os juros
ainda voltem a cair ao nível de 2% a.a. Pode ser! ” ...
Nesta última semana tive um embate interessante sobre esse
ativo com os “fundamentalistas”, quando coloquei a hipótese de os juros
retornarem a 2%. Quase fui chutado da sala! Como eu poderia aventar essa
possibilidade se a professora Yellen – a velhinha segundo a audiência – já
disse que vai subir os juros. Minha indagação foi que primeiro era uma
hipótese, e não uma afirmação, segundo que ninguém sabe o futuro e o que parece
certo hoje pode não ser. Em seguida, começou uma especulação com um certo
cinismo: “ Só se o gordinho soltar uma bomba! ”
Senti que o pessoal estava comprado nessa ideia e buscava
sua defesa enquanto eu só estava colocando possibilidades. Como o compromisso
do Mosca é com o bolso, e se os juros
passarem desse nível citado acima vamos comprar, entendo como é difícil a
aceitação da análise gráfica. Agora eu estou na mesma ponta sobre a Yellen
subir os juros, mas a aposta aqui é em títulos de 10 anos, não no FED funds!
Mantenho minha posição, vamos entrar na aposta dos juros
subir, somente se, ultrapassar os 2,40%, caso contrário, vou observar.
Por sinal, se por acaso der um sinal de baixa, vou estar em posição oposta aos
“fundamentalistas”! Hahaha ....
O Sp500 fechou a 2.547, com queda de 0,19%; o USDBRL a R$
3,1572, com alta de 0,10%; o EURUSD a € 1,1733, com alta de 0,20%; e o ouro a
U$ 1.274, com alta de 0,55%.
Fique ligado!
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