Abrimos a Champanhe?


As boas notícias vêm aparecendo em vários fronts da economia mundial. Parece que esse é um processo inexorável, sem toda via sabermos qual a sua real dimensão. Mas melhor assim que ao contrário. É bem verdade que depois de um período extenso de marasmo qualquer marolinha parece uma Tsunami. Aqui quero enfatizar um crescimento real que parece elevado em virtude de uma memória recente de baixo crescimento, e não a frase arrogante pronunciada pelo contraventor Lula, ao se referir a crise americana em 2008, afirmando que a Tsunami mundial, seria uma marolinha aqui. Manteve seu excelente histórico, a de errar no diagnostico em 100% das vezes.

O PMI calculado através da média ponderada entre EUA, Europa e Japão, claramente se encontra em trajetória ascendente. O gráfico a seguir aponta uma relação defasada entre essa variável e o PIB, assim se poderia aguardar um crescimento maior para essas economias em breve. Nessa sexta-feira teremos a publicação do PIB americano muito aguardado pelo mercado. Enfatizo o que publiquei anteriormente, que os furacões poderão ter alguma influência nesse resultado.


Sobre o PIB, a próxima figura aponta para algo interessante. No passado a variação entre os resultados dessa variável oscilava de forma expressiva nas principais 45 economias mundiais, amostra usada nesta coleta. Os emergentes normalmente cresciam a taxas bastante superiores aos países desenvolvidos. Entretanto, essa variação foi diminuindo, e como se pode notar, passa a ser muito pequena atualmente.


A venda de novas residências em setembro nos EUA foi a maior desde 1992, com um índice de 18,9%, quando o esperado era uma queda de 1,1%. Isso garante que a área residencial vai se fortalecer, pois as construtoras estarão empenhadas em erguer essas casas.



A venda de bens duráveis também obtive um resultado sensivelmente superior as estimativas. O resultado foi de 2,2% no mês de setembro, para um esperado de 1%, sendo que, em 12 meses atingiu 8,8%.


Os juros reagiram tanto a esses resultados mais positivos, bem como, pela expectativa de mudança no FED. Sobre esse último assunto, parece que Trump está em dúvida sobre dois nomes, o professor John Taylor ou Jerome Powell atual diretor do FED, ambos com uma visão mais hawkish – altista – sobre os juros. Parece que a Yellen pode limpar suas gavetas.

Para se ter uma ideia, hoje já se precifica 100% de chance que os juros subirão agora em dezembro e uma probabilidade equivalente para 1 ½ alta de 0, 25% no próximo ano. Os juros dos títulos de 10 anos ultrapassaram o nível de 2,40% e o trade de alta de juros foi ativado manual-para-compra-de-ações.

Estou chegando a conclusão que o mercado anda seguindo a recomendações do Mosca. No post espantoso fiz os seguintes comentários sobre o SP500: ...” O mercado se encontra muito próximo do nível de 2.565 destacado no gráfico. Esse ponto apresenta uma congruência segundo algumas hipóteses de Elliot Wave. Quando isso acontece, o nível passa a ser de maior importância, razão pela qual decidi diminuir as posições” ... ...” não vou ficar nem um pouco surpreso se o SP500 ficar um tempinho nesse nível, recuar uns tostões e seguir em frente, também não ficarei surpreso se recuar alguns trocados – trocados e maior que tostões! Hahaha ... – até 2.530 ou até mais um pouco até 2.510. Mesmo em relação a esse último estaríamos falando de uma queda de um pouco mais de 2%. Será que, isso mereceria um destaque na primeira página do Wall Street Journal? Se sim, a volatilidade veio para novos patamares, caso contrário nada pode ser dito” ...


Pode se dizer que boa parte das minhas previsões acima aconteceram: a) ... "ficar um tempinho nesse nível" ...; b) ... "recuar uns tostões e seguir em frente"...(a conferir); ... "será que mereceria um destaque no Wall Street Journal?" ... acredito que será capa de amanhã.

- Xiiiiiii .... Você está embriagado pelo sucesso? Olha que isso é um indicador de erros mais à frente! Hahaha ...
Tem toda razão, vamos focar no presente porque resultados passados não são garantia de resultados futuros! No gráfico abaixo, marquei o rompimento da linha cinza quando da alta, agora volta a testar essa linha, e o intervalo que considero de interesse para a compra está entre 2.520 – 2.540.


Eu trabalho com a continuidade da alta depois dessa correção que se iniciou esta semana. Mas tenho ciência, pois já frisei várias vezes aqui, que o SP500 está em fase terminal, onde uma correção bem mais profunda deverá ocorrer.

- David, e se essa correção mais profunda, que você menciona acima, já estiver acontecendo? Não posso descartar, porém não é o que meus indicadores apontam até o momento. O mercado é soberano, e nem o Mosca nem ninguém vai ditar o que ele deve fazer. Podemos ter nossas ideias e cálculos, mas precisa ser comprovado. Respondendo a sua pergunta, saberemos no tempo contestar. Provavelmente perderemos dinheiro na compra que pretendo fazer dentro em breve. Mas o (santo) stoploss garante que não vamos fazer uma grande besteira de querer acreditar que sabemos com certeza o que vai acontecer no futuro.

Nesses seis anos de Mosca tenho buscado transmitir minha experiência nos mercados financeiro composta de acompanhamento de dados econômicos, elementos de análise técnica, e gestão de risco. Esse conjunto é fundamental para que se tenha sucesso no longo prazo. Se vocês me pedirem para eleger o mais importante eu escolho esse último, se não tiver uma boa disciplina em algum momento fará parte dos 80% que perdem todas suas economias operando nos mercados.


Deve se assumir que ninguém conhece o futuro, o desafio é testar nossas ideias sempre observando a realidade. O importante não é sua opinião ser vencedora, mas o seu bolso! Você testará esse conceito se algum dia fizer um trade contra a sua opinião, não é nada fácil, mas feito, uma, duas, três vezes você se acostuma, principalmente se o bolso crescer. 

O SP500 fechou a 2.557, com queda de 0,47%; o USDBRL a R$ 3,2329, com queda de 0,32%; o EURUSD a € 1,1812, com alta de 0,45%; e o ouro a U$ 1.277, sem variação.

Fique ligado!

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