Demissão ou demitida?

Em menos de três semanas o Presidente Trump planeja anunciar seu candidato para assumir o FED, pois o mandato da Presidente Yellen, termina em fevereiro próximo. Ele tem indicado que possui seis nomes para o cargo, porém, sua decisão é binária: Está feliz como o FED administrando a política monetária, ou acredita que precisa mudar drasticamente? Dos candidatos, dois representam continuidade, dois representam mudanças, e os outros dois são um mistério.

Sem entrar na descrição da vida profissional de cada um, os nomes de acordo com a classificação acima, são:

- Manutenção: Yellen e Jerome Powell um advogado que trabalhou no departamento do tesouro no governo Bush;

- Mudanças: Kavin Warsh um acadêmico que esteve no FED durante a crise de 2008, John Taylor também um acadêmico da Universidade de Stanford.

- Mistério: Gary Cohn, que faz parte do governo Trump como diretor do National Economic Council, e John Allison antigo CEO do BB&T, um banco americano médio.

Naturalmente, Trump já começou a entrevistar seus candidatos, mas não conversou com a Yellen. Deve ser a última com sua decisão já estará tomada. O Mosca comentou sobre esse assunto no início do governo. Acreditamos que Janet Yellen não deveria ter intensões de continuar no governo. Um assunto importante, onde existe divergências entre eles, é a regulação bancária, reforçando a não continuidade dela no FED.

Nesse encontro que ocorrerá em breve, ou Trump agradece pelo seu serviço prestado, dizendo que optou por outro nome - You are fired! Ou fará o convite e poderá ouvir - Thank tou very much, but .... Acho interessante que o mercado não levanta essa última hipótese. Se a Yellen deseja sair, o momento é agora. Mas por questão de educação, o que será ventilado caso essa hipótese ocorra, será que escolheu outro candidato.

Se sua opção for pelo grupo “manutenção”, saberemos que a Yellen foi demitida. Já no grupo ‘mistério”, vai prevalecer a dúvida de quem foi a inciativa. Por último, no grupo “manutenção”, escolhendo Powell, foi Yellen que declinou.

Façam suas apostas!

Na sexta-feira será publicado a taxa de desemprego nos EUA. Como tenho enfatizando, entraremos num período onde os dados econômicos serão influenciados pelos efeitos dos furacões. A publicação do ADP de setembro, que é um indicador do número de vagas criadas, retrocedeu para 135 mil, onde a maior influência negativa foi a queda das contratações nas pequenas e medias empresas.

 

Por outro lado, a venda de veículos no mês de setembro foi muito elevada. Fiquei buscando quais seriam os motivos para tamanho crescimento, haja visto que, esse mercado vem se recuperando, muito lentamente desde a crise de 2008.

Incialmente não imaginei que o efeito dos furacões teria um impacto positivo, porém notem o crescimento de vendas de automóveis em Houston.

O que impressiona bastante neste ciclo de recuperação, após a crise de 2008, é a diminuição das dívidas dos americanos. Em quanto na maioria das outras situações a dívida dos indivíduos subiu, nessa houve uma queda de 30%. Esse é um fator positivo que pode dar mais sustentação a recuperação, uma vez que, 70% do PIB é proveniente de consumo.

No post por-principio, fiz os seguintes comentários sobre o Ibovespa: ...” É impressionante a força da bolsa brasileira, em alguns momentos parece que uma realização está para acontecer, mas nada, chega ao final do dia e o índice fica próxima da máxima” ... ...” acontece que tanto os fatores fundamentalistas como os técnicos estão em sintonia, e quando isso acontece é esperado um movimento direcional forte, sem respiro” ...

A partir da metade de setembro, a bolsa começou a se retrair, o que imaginei seria uma correção em curso: ...” no gráfico abaixo apontei o possível movimento de correção que poderá ocorrer nas próximas semanas. A princípio haveria três pontos de destaque a saber: 1) -73.000, 2) - 71.500 e 3) – 70.500” ...

Estava tranquilo, aguardando essa queda para aumentar nossa posição, quando ontem, de repente, a bolsa recuperou toda queda em um dia! Sempre depois do fato, tem que existir alguma explicação, já dizia Nietzsche! Nem vou perder meu tempo listando os motivos dados pelos analistas. A minha interpretação é que o volume de recursos provenientes de aplicações em renda fixa começou a ser canalizado para a bolsa. A área de investimentos dos bancos é unanime em recomendar esse ativo.

Se a bolsa mantiver os níveis de fechamento de ontem é provável que estamos caminhando para os 80 mil.

Como já temos posição, não seria prudente aumentar a posição agora. O gráfico a seguir, tem uma visão de mais longo prazo.

A alta desde junho deste ano é bastante íngreme, o que caracterizaria ser uma onda 3, pela teoria de Elliot Wave. Parece que minha análise está correta, onde a bolsa terminaria um ciclo de alta nos 80 mil ou talvez 93 mil, para entrar numa correção mais demorada. Pode ser que, uma outra contagem levaria a outros patamares diferentes. Vou fazer um pente fino neste final de semana, mas por enquanto deixa a bola rolar.

O SP500 fechou a 2.537, com alta de 0,12%; o USDBRL a R$ 3,1319, com queda de 0,34%; o EURUSD a € 1,1763, com alta de 0,17%; e o ouro a U$ 1.274, com alta de 0,21%.

Fique ligado!