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2017: O Ano do bitcoin

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No último dia do ano, o Mosca tradicionalmente faz o seu balanço anual. O saldo final apresentou um ganho de 3,87%, um resultado fraco levando-se em consideração as oportunidades oferecidas. Isso foi consequência de dois fatores, primeiro a crença no início do ano que o dólar iria se fortalecer perante as outras moedas, e aqui estou me referindo ao “dólar-dólar”; segundo, e mais importante, o caso Joesley que ao ser revelado originou forte desvalorização dos ativos brasileiros. Esse último fator foi responsável pela maior queda nas posições individuais, representando uma diminuição no resultado final superior a 13%. - David, se você não usasse stoploss não teria perdido nada! Os ativos de recuperaram depois de algum tempo. Você está observando isoladamente essa situação, e o que teria acontecido com as outras em que fomos stopados, e os ativos continuaram a cair? O stoploss existe para evitar perdas incontroláveis, mas está sujeito a situações como essa. Não abro mão dessa

Trump: Surfando a onda da bolsa de valores

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Se existe um indicador que é muito importante para os americanos é a bolsa de valores. Acostumados a acompanhar diariamente a evolução do mercado acionário, altas indicam bom humor. O motivo não é filantrópico, pois boa parcela de suas poupanças é investida nesse mercado, inclusive o fundo de aposentadoria. Desde que Trump assumiu a presidência, arrumou um monte de confusão. Em contrapartida, a bolsa não parou de subir. Um fato inédito deverá acontecer em 2017, onde não haverá nenhum mês com retorno negativo (espero não secar até o dia 31/12!). E mesmo que sua popularidade esteja entre as mais baixas dos últimos presidentes pelo menos neste quesito os americanos estão felizes, logico que os mais ricos, estão mais felizes ainda! Mas quanto do sucesso depende do Trump? 0,5 %! Hahaha .... Praticamente nada, a economia já estava dando sinais de recuperação antes de sua posse. Mas como em todo lugar do mundo, ele é que levanta a taça. Um pouco semelhante ao que aconteceu no pri

Inflação nos EUA: retorno ou inexistente?

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Antes de começar a análise de hoje, gostaria de fazer alguns comentários sobre a reunião do FED realizada ontem. Como era largamente esperado, a autoridade monetária elevou a taxa de juros em 0,25% para 1,5% a.a.  Outro ponto em que o mercado estava interessado era saber se haveria alguma mudança nas projeções dos anos seguintes. O gráfico a seguir, denominado de FED Dot Plot, deixa claro que não há mudanças, para o próximo ano espera-se três aumentos de 0,25%, projetando uma taxa para o final do ano em 2,25% a.a. A professora Yellen já está com tudo pronto para deixar o FED, e ontem foi sua última reunião. Como já foi divulgado, será substituída por Jerome Powell, que ainda será sabatinado pelos senadores. Segundo a opinião dos analistas, o novo chefe deverá ter uma postura semelhante a seu antecessor. Ontem também foi publicado a inflação de novembro do CPI. Embora o índice subiu 0,4% no mês e 2,2% a.a., quando se exclui a gasolina e os alimentos “ core” a alta

O ouro perde o brilho

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Antes do bitcoin ser a coqueluche do momento, o ouro era considerado o porto seguro. Não que não seja mais, afinal tem uma tradição milenar, mas as cryptocurrencies passaram a chamar toda a atenção. Durante 2017 comentei diversas vezes sobre essa nova tendência e tenho o meu veredito sobre o assunto: Trata-se de uma bolha, a maior da história. Toda essa frenesia vem da Ásia, onde a Coreia do Sul ganha destaque. Naquele país a abertura de uma conta tem ágio que varia de 15% a 25%, e vários casos foram reportados de pessoas vendendo seus ativos para dar uma “especuladinha” nesse mercado. Agora o bitcoin está cotado a U$ 16.700. Esse preço não é garantia de nada, com uma volatilidade superior a 100%, tudo é possível. No post de 2019 farei uma comparação com as cotações de hoje, e não tenho a menor ideia de quanto poderá estar valendo: entre U$ 100.000 a U$ 15,00! Como costumo dizer, Let´s the market speak! No post  o-ouro-vai-virar-pó , tinha uma visão que em algum moment

Euro: Caminho incerto

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No post do final de ano critiquei à política monetária adotada pelo ECB, por causa do extenso período que se encontra com juros negativos, além da maciça injeção de liquidez. Neste ano que se encerra, o Continente Europeu caminha para sair da estagnação. A única exceção é a Alemanha que muito pouco sofreu do ponto de vista econômico, porém, politicamente foi pressionada a aceitar as condições impostas pelo banco central europeu, pois claramente não desejava entrar no experimento adotado de política monetária. Do ponto de vista político foi um ano bastante agitado, primeiro o choque do Brexit, algo que não era esperado pela maioria do mercado, depois a eleição bem-sucedida na França que elegeu um desconhecido sem viés radical. Já na Espanha, os Catalães realizaram um plebiscito para se separar da Espanha. Como disse Tony Blair no evento do JP Morgan, “ não esperem que a situação na Europa tenha se normalizado, ainda continua muito dividida com posições radicais de ambos os lados

Real: Sob tensão

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No post de ontem tratei do tema para o próximo ano 2018: Vestibular político . Fiz um breve relato dos principais candidatos que revelaram sua intenção em participar das eleições para presidente. Olhando de hoje, e considerando as pesquisas existentes, as perspectivas não são muito promissoras. Também observei as mudanças no campo eleitoral em função da mídia digital. Os mercados consideram essa indecisão de forma distinta: a bolsa de valores, já faz alguns meses, que se encontra estagnada dentro de um intervalo entre 72.000 e 78.000; o câmbio da mesma forma entre R$ 3,10 – R$ 3,30; e no mercado de títulos, os juros projetados subiram mesmo havendo quedas da taxa SELIC. A maior distorção se encontra nos títulos pré-fixados, as LTNs. Só como exemplo, as taxas embutidas nesses títulos consideram uma elevação da SELIC em 200 pontos para 2018 e depois disso uma média de 11,5% a.a. Recomendo investimento nesse papel, pois existe risco, mais existe muito retorno! Porém, do ponto d

2018: o ano do Vestibular político

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Existe uma grande indefinição sobre quem será eleito presidente do Brasil em 2018. Esse foi o recado que deduzi depois de participar do Brazil Opportunities Conference, organizada pelo JP Morgan, na semana passada. 2018 será a primeira eleição onde o efeito da mídia digital terá sua influencia integral. Os especialistas revelaram estatísticas impressionantes das quais destaco: Nas últimas eleições 1/3 dos eleitores escolheram seu candidato no dia da eleição; hoje em dia é possível criar 2.500 mensagens diferentes que são enviadas aos eleitores de forma eletrônica, contendo a mensagem que cada grupo deseja encontrar em seu candidato; as pesquisas de opinião hoje em dia são de pouca valia, em função da volatilidade dos eleitores na sua escolha. Se um candidato está subindo e outro caindo, mesmo que o primeiro esteja à frente nas pesquisas, e possível que o outro ganhe. A menos de um ano de conhecermos o novo presidente, os candidatos que já se alistaram deixam dúvidas se o B