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Você confia nos analistas?

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É comum os bancos e corretoras emitir opiniões sobre o valor de companhias negociadas nas bolsas de valores. Uma equipe bem treinada e competente realiza visitas as empresas, projeta seus resultados, analisa a economia e dá uma recomendação para comprar ou para vender. Mas dá para confiar nessas opiniões? Uma corretora londrina, AJ Bell, realizou um estudo para avaliar como foi a performance de 10 analistas das ações, sobre as ações que mais gostavam, contidas no índice FTSE 100. Chegaram à conclusão que existe pouca correlação entre o desempenho de um analista e o desempenho subsequente das ações recomendadas. De acordo com o relatório dessa corretora, as ações mais recomendas, por esses analistas, no ano passado - aqueles que receberam a maior proporção de classificações de compra - caíram em média de 9,3 %. Em contrapartida, as 10 com a maior proporção de classificações de venda subiram uma média de 9,5 %. O índice de referência – FTSE 100 subiu 7,6% ao longo do ano.

3 X 0: Lula perdeu de goleada

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Recentemente comentei sobre a inconsistência entre a alta dos juros americanos e a queda do dólar derrocada-do-dólar :: ...” Essa é uma visão bastante diferente do que o mercado está acostumado a pensar. Uma moeda que tem uma política monetária voltada a elevação de juros associada a um crescimento econômico saudável, é vista pelos operadores de câmbio como uma candidata a se valorizar. Em termos de cenário, é isso que vem acontecendo nos EUA, porém o dólar está se depreciando em relação a todas as moedas” ... Nesse mesmo trabalho comentei tecnicamente o DXY – dólar index , destacando o seguinte: ... “caso retroceda abaixo de 89.0, provavelmente o euro não irá mais buscar o nível que € 1.10 que eu comentei no post começando-pela-china. Em outras palavras, ou o dólar se recupera nas próximas semanas ou um “estrago” de longo prazo estará feito” ... Não precisou nem muito tempo para que esse rompimento acontecesse, hoje o DXY está negociando a 89.34. Esse fator é essencial e

Bitcoin na defesa

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Desde o início de 2018 as notícias sobre as cryptocurrencies mudaram de tom: ou anunciam quedas substancial de preço, ou nem aparecem no noticiário. Na semana passada publiquei o post  bitcoin-sob-fogo-cruzado , alertando para um nível técnico importante ...” Uma análise técnica feita sobre os bitcoins e apresentada a seguir, aponta o risco de a moeda atingir U$ 6 mil, caso o nível de U$ 10 mil não se sustente. E caso isso aconteça, as chances dessa bolha desinflar aumentam substancialmente” ... quero aproveitar para fazer uma correção, o nível importante é U$ 10 mil e não U$ 12 mil como mencionei no post acima. Já efetuei a correção. Será que o símbolo do bitcoin será o da ilustração? Seguramente será, caso seja classificado no futuro como uma bolha. As cotações depois de testarem o nível de U$ 10 mil na semana passada se recuperam levemente, mas parecem ir no caminho de testar novamente esse nível conforme o gráfico a seguir. Outro fator que merece destaque

Derrocada do dólar?

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O estrategista de macroeconomia da Bloomberg, Mark Cudmore, deu uma entrevista explicando seus motivos para acreditar numa continuidade da fraqueza do dólar, no longo prazo. Mesmo com muitas evidencias que o mercado reconhece para um movimento contrário. As taxas de juros de longo prazo terminaram a semana passada nos níveis mais elevados em anos, mas o dólar em contrapartida, caiu para o seu nível mais baixo desde o final dos últimos dias de 2014. Cudmore começou por contrastar o ponto de vista de consenso em 2017, com a sua visão em direção a esse ano: No início do ano passado, os mercados foram dominados pela expectativa de que os EUA liderassem o crescimento, o que sugeriria uma alta da moeda americana. Este ano, houve uma mudança: os EUA ainda devem ser uma das economias do G-10 de crescimento mais rápido. No entanto, o posicionamento no dólar direciona no outro sentido. Os bonds de 2 anos de prazo tiveram seus rendimentos elevados em cerca de 70 pontos base n

Detalhes do retorno do SP500

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Hoje vou abordar assuntos diversos pois acredito que todos eles são de importância para os leitores. Vou começar por aquele que me deixou muito surpreso, mais muito mesmo. Antes de tudo, não sei se os leitores conhecem os meandros dos mercados de ações americano. Quando as pessoas observam a performance de um determinado dia referente ao índice, esse se refere as horas em que a bolsa está aberta. Mas os negócios continuam depois desse horário o que se denomina After Hours e Pre Market no dia seguinte , onde poucos negócios são efetuados relativos ao outro horário. O gráfico a seguir mostra os resultados obtidos no ETF do SP500 – SPY, nesses dois períodos: Regular Trading Hours (vermelho) e After Hours/Pre Market (verde). Veja que surpreendente. Desde de 1993, todo ganho aconteceu fora do horário de pregão. Durante esse horário o retorno é levemente negativo. A primeira conclusão que se pode tirar é que os investidores que buscam ganhar dinheiro com Day Trade ,

O novo mundo dos vovôs

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Ontem eu alertei sobre os perigos que os bonds correm caso a inflação nos EUA suba mais rápido que o FED e o mercado esperam. Os motivos lá expostos não se limitam somente a esse fator, o elevado volume de vencimento de títulos nos próximos anos é outra ameaça. Embora esses fatores não sofram grande influência sobre tendências de mais longo prazo é importante frisar que uma força deflacionaria assola a maior parte dos países desenvolvidos. Uma população velha tende a ter um crescimento do PIB comprometido, é notório que a necessidade de pessoas mais idosas é inferior ao dos jovens, posso dizer por experiência própria. Troca de carros mais espaçadas, diminuição de consumo de bens duráveis, e etc ... A relação do envelhecimento com a inflação pode ser vista no gráfico a seguir, onde é comparado o crescimento da força de trabalho com o índice de inflação. Parece bastante convincente esse argumento. O Japão nem se fala, com uma população extremante velha e uma taxa de

Está na hora de mudar de direção?

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No post de ontem  bitcoin-sob-fogo-cruzado , enfatizei os riscos que o mercado de ativos poderá enfrentar ...” Está tudo muito bem, tudo muito bom, mas 2018 terá uma situação muito diferente dos últimos anos. Desde de 2009, os bancos centrais no mundo usaram e abusaram dos helicópteros para injetar quantidades incríveis de liquidez” ... Nas últimas 24 horas duas fontes diferentes pensam de forma semelhante. Hoje pela manhã participei de um evento realizado pelo Kawa Fund, uma boutique de investimentos, onde o seu CEO, Daniel Ades, enfatizou: “o maior risco daqui em diante é uma alta dos juros longos americanos que deverão ter um impacto importante nas carteiras de renda fixa, haja visto que, os investidores por falta de opção alongaram o vencimento de seus títulos”. De uma forma diferente, o Deutsche Bank enfatiza o enorme volume de vencimentos de títulos em 2018 e principalmente em 2019. ...” Por causa do aumento do déficit orçamentário do governo e do FED que esgot