Tem uma bomba relógio rondando o mercado
Eu já tinha me despedido mas ao tomar conhecimento de uma nota quis dividir com vocês. Um trader do Banco UBS comentou que o que realmente está tirando o sono do mercado são os contratos de CDS ( credit defaults swap). Ninguém sabe qual é o tamanho, quem são as contra partes e pior se estes contratos serão efetivos ou não.
Vou dar um exemplo teórico: Um investidor A compra o equivalente a U$1.000 em bônus grego, estava tudo bem até que os rumores aumentaram e no calor da crise queria se desfazer deste titulo, como não tinha comprador adquire um contrato de (CDS) da seguradora G, pagando um premio de U$ 300. Este contrato funciona como uma apólice de seguro e duas hipóteses podem acontecer:
a) Não há default - Neste caso A recebe U$1.000 do titulo e perde U$ 300 do premio ficando liquidamente com U$ 700.
b) Há default - Os títulos tem valor marginal e são entregues a G e em contra partida recebe U$ 1.000 (de G), ficando liquidamente com os mesmos U$ 700.
Não vou entrar no mérito da situação de G.
- David está vendo fantasmas de novo?
Muito bem o que esta sendo negociado com a Grécia é uma troca voluntaria com 50% de redução, neste caso não é um default. Então A ira receber em troca de seus títulos de U$1.000 um novo de U$ 500 de prazo longo e juros baixos, que deve se traduzir num deságio. Sem considerar o deságio A vai ter liquido menos de U$200 (U$ 500 do titulo novo - U$300 do premio pago).
Na opinião deste profissional (UBS) o CDS não tem valor pois não oferece garantia. Como consequência os credores serão separados pelos "ótimos creditos" que terão recursos abundantes e os outros créditos que não são tão ótimos nenhum recurso.
O custo do Club Med vai para o espaço e o ECB fica sem armas. Capixe!
Fique ligado!
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