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Senta que o leão é manso

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O assunto do dia continua a situação em Chipre, que aguarda a decisão de seu Parlamento de que forma os correntistas dos bancos serão taxados. Interessante também foi a advertência de um analista, Dennis Gartman, para que tomem muito cuidado como a máfia Russa, pois não existe a possibilidade de que se eles são roubados, os ladrões vão embora. Ontem eu comentei sobre o risco de saques nos países do Club Med e li também que vários comentaristas respeitados acreditam nesta possibilidade. O gráfico a seguir já dá uma ideia da evolução dos depósitos nos países em questão. Como pode-se observar em relação aos Gregos, houve uma estabilização a níveis baixos, assim como os Espanhóis e Irlandeses. Em compensação os Cipriotas e Portugueses continuam a sacar. Algumas informações da imprensa sugerem que 3,4 bilhões de euros deixaram Chipre desde o final de janeiro, isto talvez seja uma boa notícia, pois provavelmente foram grandes depositantes que fizeram estes saques diminuindo o risco,

Maquiavel 101

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Quantas vezes durante a sua vida vocês ouviram falar de um país cujo nome é Chipre? Poucas! É uma ilha localizada ao sul da Turquia, cuja população é de origem predominantemente Grega. Durante o stress do ano passado ocorrido no Club Med, esta ilha nem era citada, uma vez que seus números eram muito inferiores aos de seus vizinhos. Acontece que hoje pela manhã esta ilhota foi manchete de todos os jornais, um dia de glória ao reverso. Durante o final de semana o grupo Europeu reuniu-se para definir um pacote de ajuda para aquele país e, segundo consta, os alemães impuseram que fosse implantado uma taxa nos depósitos dos bancos locais, variando conforme o volume de recursos de cada conta. Comenta-se também que esta imposição alemã foi por conta de sua Constituição e da proximidade de suas eleições. Ontem à noite o mercado da Ásia recebeu negativamente e como antes pairava um excesso de otimismo, as bolsas caíram e o dólar subiu contra o euro. Sem entrar nos detalhes, pois ain

China: It's to good to be true!

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Eu participo das reuniões mensais na Rosenberg e Associados onde são abordados dados econômicos dos principais países, mas com foco no Brasil. É um trabalho de ótima qualidade, onde misturam-se  um grupo de jovens economistas com pessoal mais experiente, ou no jargão de mercado " macacos velhos", onde me incluo. Na semana passada, o Dr. Luis Paulo Rosenberg, que atualmente não sei  se entende mais de economia que futebol ( Hahahahah...), levantou uma dúvida: Será que podemos acreditar nos dados publicados na China? Não é estranho que tudo funciona lá como um "reloginho" ? Depois de alguns segundos de reflexão achei extremamente pertinente, sabemos que as informações naquele país são trancadas a sete chaves, tudo é um pouco misterioso. Vou contar uma passagem da minha vida profissional para ilustrar uma situação semelhante , em 2.006, quando estava envolvido na administração de fundos, recebi a visita de um grande banco estrangeiro que puxou um folheto pa

Real: Discrepâncias

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Na semana passada eu liquidei a posição de dólar contra o real, a única posição sugerida neste ano! Os meus dados técnicos apontavam para esta venda tática, vislumbrando um nível melhor, um pouco mais abaixo. Desde então o US$ caiu e se recuperou esta semana, situando-se mais ou menos nos níveis. Por outro lado, estamos presenciando uma valorização do dólar contra a maioria das outras moedas, e este fato é importante também. Hoje recebi um relatório elaborado pelo Deutsche Bank que auxilia em nossa análise, o mesmo relaciona todas as moedas dos países emergentes e verifica suas correlações com o dólar em várias janelas, veja abaixo. Focando nas moedas latino americanas, os motivos citados para esta distorção são: Crescimento econômico forte; proximidade aos USA; e elevadas taxas de juros internas, no caso do Brasil se aplica a última, uma vez que hoje em dia qualquer juro mais elevado, é ótimo. Em todo caso, estas distorções devem ser ajustadas no futuro e um dos cata

Mundo Incerto

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Como os mercados tem tido uma performance positiva, os terroristas de plantão estão quietos. No jargão de mercado foi incorporado um termo usado em boxe, quando um dos lutadores vai a nocaute e seu treinador "joga a toalha". Aqui também, quando um analista desiste de suas ideias e muda de posição usa-se o mesmo termo. David, eu sabia, preparou o terreno para jogar a toalha, finalmente! Not yet! Mas estou observando vários analistas que "jogaram a toalha". Veja que  a razão para eu não embarcar nesta onda é o risco x retorno, mas  tenho dito que se você quiser entrar, a minha recomendação é que tenha um stop curto. Eu já passei situações semelhantes e normalmente terminaram mal, dois são os motivos: Primeiro que você acaba se influenciando e mudando suas ideias sem muita convicção, mais pelos lucros; e segundo que, se o mercado tender à sua premissa inicial, existe uma possibilidade de você virar “torcedor” e não buscar zerar e mudar de ponta, é human

Baby Boomers

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Acredito que todos já ouviram o termo Baby boomers , em rápidas palavras foi a explosão populacional ocorrida depois da 2ª Guerra Mundial, estes bebês estão agora se aposentando, e esta situação demográfica está ocasionando um problema para a economia americana. Eu tive acesso a um relatório muito interessante que aborda este tema e avalia suas consequências no emprego americano. Inicialmente veja a tabela a seguir sobre os americanos nos últimos 5 anos. Durante este período a população cresceu 12,0 milhões, sendo que 2,2 milhões estão a busca de empregos, enquanto 9,8 milhões desistiram de buscar trabalho. O número de empregos decresceu sendo que o FT ( full-time ) foi o maior prejudicado com queda de 5,2 milhões, em detrimento de um pequeno aumento no PT ( part-time) . Agora o "bag family"  explodiu! Hoje 13,5 % da população americana vive com subsídios alimentares do Governo (SNAP). Este analista calculou uma relação entre as pessoas empregadas sobre

O real visto com uma lupa

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Os últimos dados de inflação tem preocupado muito o Governo, na semana passada foi publicado o IPCA do mês de fevereiro, e a “gambiarra” nas contas de luz não foi suficiente para retroceder os índices, registrando uma taxa anual de 6,31%. Mais que rapidamente nossa Presidenta resolveu agir e no final de semana anunciou a desoneração dos itens da cesta básica, que poderá ter um impacto de 0,5% na inflação. Os agentes econômicos já estão perdendo a esperança e projetam a inflação para o final deste ano a 5,82%, próxima a banda superior. Quanto aos juros já se formou um consenso, que terá que subir e estes mesmos analistas apontam para um nível de 8% no final de 2013. A política ficou clara, postergam-se os aumentos que derem (gasolina, transporte urbano..), diminuem-se os impostos onde tem um bom impacto no índice (contas de luz, desoneração da cesta básica) e rezam, porque o problema está na escassez de mão de obra e aí não tem manobra. A estratégia adotada de querer c