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Convergência ou divergência?

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É esperado que a economia cresça, para que a bolsa de um determinado país tenha uma performance positiva. A lógica parece simples, pois em acontecendo, as vendas serão maiores e os lucros também. É verdade também que, outros parâmetros são considerados, porém o PIB é muito importante. Ultimamente estamos assistindo a bolsa americana atingindo novas máximas e os argumentos são que o mercado imobiliário parece num processo de recuperação de preços e vendas, e os números do desemprego apresentando melhoras que, acreditam os analistas, tendem a se normalizar no tempo, sem falar na inundação de liquidez proporcionada pelo FED. A realidade é que desde o início de 2009 até o final de março deste ano, a bolsa subiu 68% e se for considerado o ponto mínimo atingido em 9/3/2009, esta percentagem dobra para 138%. Com esta performance estelar, seria razoável esperar que a economia tivesse crescido, porém depois de incalculáveis números de helicópteros através de programas como TARP,TGLP

Baccarat!

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Eu nunca fui um jogador assíduo, mas quando era jovem gostava de fazer alguma apostas, hoje em dia a convivência diária com os mercados fazem que, no final de semana, o que eu menos quero é apostar em qualquer coisa! Hahahah... Durante minhas andanças do passado, aprendi a jogar vários jogos e um que eu particularmente gostava era Baccarat , Para quem não conhece, é uma disputa na soma das cartas onde se defrontam a banca, quem está com o deck, e o ponto, o seu oponente. Soma-se as duas ou mais (veja link) cartas e quem tiver mais ganha, simple like that!   Por que esta introdução? Este é o único jogo onde seu nome indica o pior jogo, pois como o dez e figuras valem zero, quando isto acontece você tem um Baccarat e vai perder com certeza, exceto se, por muita sorte, seu adversário também tem! David, já sei, não tinha nada para dizer hoje e está enrolando! Hahahah.... Sempre tem, as vezes mais, as vezes menos interessante, mas sempre tem! Esta introdução ilustrativa é para

Futuro dos jovens

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Hoje vou combinar dois assuntos sobre os jovens que, a princípio, podem não ter uma relação aparente entre si.  Olhando do ponto de vista paterno, já há um bom tempo tenho grandes dúvidas de como será o futuro da geração de nossos filhos, pois encontro diferenças importantes quando comparo com a minha juventude. Do ponto vista sociológico observo que as famílias atuais passaram por duas mudanças importantes nas ultimas décadas, a primeira é o fato das mulheres que, hoje em dia em sua maioria, trabalham fora de casa. Consigo entender suas motivações de quererem um trabalho com mais “ importância” que cuidar dos afazeres domésticos, ou ainda a necessidade de complementar a renda do casal. Isto ocasionou a “terceirização” da educação dos filhos, ou por meio das escolas, que em sua maioria tem período integral ou uma estrutura de empregadas domésticas/babás. O outro fator, é o grande número de casais separados, onde me incluo. Como numa empresa quando seus sócios entram em de

A ameaça dos softwares

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O assunto abordado hoje não deve ser surpresa para ninguém, mas as estatísticas coletadas bem como o link de um vídeo anexado é impressionante. Já vimos várias histórias de como os robôs estão substituindo o trabalho humano nas fábricas, mas uma tendência muito mais significativa é a substituição de trabalhos especializados por software . Uma das possíveis razão para esta distração é que este processo vem ocorrendo nos últimos trinta anos, porém é nos últimos dez que seu efeito é maior. Sessenta por cento dos empregos nos USA são na área de processamento de dados, é razoável supor que quase todos estes postos são auxiliados por máquinas que executam tarefas de rotina. Estas máquinas fazem alguns trabalhadores mais produtivos e outros dispensáveis. Entre 2000 e 2010, 1,1 milhão de secretárias foram eliminadas, substituídas por serviços de internet, o número de operadoras de telefone caíram 64% e os agentes de viagem 26%. Mas não foi só na América, pois na Europa dois terços do

Jorrando dinheiro

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Na última semana foi noticiado que a agência de risco Moody´s rebaixou as notas de crédito da Caixa Econômica Federal, do BNDES e da BNDESPar, empresa de participações do banco. O motivo citado deve-se a “deterioração na qualidade de crédito intrínseca dos bancos e, particularmente, o enfraquecimento das suas posições de capital nível 1”. Eu venho frisando a maneira pela qual o governo vem interferindo na economia e em relação a área bancária, os governantes queriam, porque queriam que os juros baixassem na marra! Numa atitude ingênua, para dizer pouco, resolveram “roubar” clientes dos bancos privados no caso da Caixa Econômica e participar do capital de várias empresas através do BNDES. Como qualquer mercado, o de crédito também está sujeito as leis de mercado e se as taxas eram elevadas, é porque existem distorções no mercado brasileiro. Agora, baixando na porrada, é isto que sucede na qualidade do crédito. O gráfico a seguir, preparado pelo Deutsche Bank, aponta a elevaç

Mosca no divã II

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Há 6 meses eu postei o-mosca-no-diva  e naquele momento externei minha surpresa quanto aos níveis extremamente baixos do VIX , resolvi atualizar o gráfico onde comparo este indicador como o SP500. Uma ideia lá aventada, era que o mercado poderia permanecer num estado “reflexivo” até que o ambiente se tornasse mais claro. Os elementos de risco citados naquele momento, Europa, China, Geopolíticos, ainda existem, porém com uma probabilidade aparente inferior. Nos últimos 23 anos anotei três períodos onde o SP500 apresentou valorização importante, aqui pode-se constatar que a história nunca se repete da mesma forma, vejamos: Neste período compreendido entre 1994 e 2000, o SP500 obteve uma valorização aproximada de 275%, e o VIX começou na região de “ hibernação” ( retângulo horizontal em vermelho) e subiu a elevados 40% a.a. até retornar a níveis mais normais de 25% a.a. Este período foi de 2003 até 2007, o SP500 valorizou aproximadamente 75%, e o VIX permaneceu pr

Je suis désolée!

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Depois de muito “diz que me diz” na semana passada, houve um acordo em relação a situação de Chipre. Os detalhes ainda não são conhecidos porém ficou definido que os depositantes com mais de 100.000 euros pagarão parte da conta, os detentores destes valores estão com seus recursos congelados. Vocês devem lembrar meus comentários que, pelo fato dos países membros do EMU adotarem uma moeda única, permitia uma movimentação de recursos entre países sem custo. Porém esta nova situação imposta pelo governo Cipriota foi quebrada, em outras palavras é como se Chipre tivesse abandonado o euro, mas manteve as aparências continuando. De outra forma, por causa do plano de Chipre, de impor restrições na movimentação do dinheiro, um euro em Chipre não vale mais a mesma coisa que um euro num banco alemão. Em economia se diz que um governo tem a opção de escolher duas entre as três opções: Política monetária independente (fixar seus juros), uma taxa de câmbio fixa e uma movimentação livr