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Dieta financeira

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A forma como os juros dos USA estão subindo me faz associar a uma dieta de regime. Quando estamos acima do peso, num determinado momento dizemos chega! Fazemos um compromisso mental ou verbal que, a partir da próxima segunda-feira vamos fechar a boca. Aí vem a segunda e cumpre-se à risca o combinado, na terça algumas batatinhas fritas, poucas, na quarta e etc ..., chega-se assim ao final de semana com queda de peso zero. É uma frustração! Perder peso é um processo longo e requer muita disciplina, pois se o objetivo é alcançado, tão ou mais difícil quanto perder, é manter o novo peso. Para quem não se recorda, foi em dezembro último que o FED elevou, pela primeira vez desde a crise de 2008, os juros em 0,25%. Naquele momento, acreditava-se que a economia americana havia saído da letargia dos últimos anos e começaria a crescer. Porém, desde então alguns eventos externos e dados internos, foram empurrando mais para frente essa decisão. Não me recordo, de toda minha vida

Radicalismo de direita

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O mundo está se acostumando a ações terroristas em países desenvolvido. É verdade que em países fora do G-7 esses atos acontecem há um bom tempo, mas que acabam tendo somente repercussões locais. Não é justo, mas é assim que acontece, e nada mais natural que a ousadia ao mexer com as grandes potências, tem esse tipo de repercursão por parte da imprensa. Nesse caso recente ocorrido em Orlando, o FBI busca quais foram os motivos que levaram a esse jovem de 29 anos cometer esse massacre: pertencia ao ISIS, não aceitava homossexuais, precedentes terroristas, ou alguma outra motivação. Porém, a realidade que está por trás, é que tornar-se vilão hoje em dia tem repercussões mundiais, vira notícia em milhares de contas no Facebook e WhatsApp. Outra mudança de estratégia por parte dos terroristas é que não é necessário causar ataques em grandes eventos, que são muito mais vigiados e difíceis, basta escolher um local com um acúmulo de pessoas razoável e sem um esquema de segurança

Recessão?

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Será que os USA correm o risco de entrar em recessão? O JP Morgan tem um modelo que leva em consideração diversas informações econômicas e calcula a probabilidade desse evento acontecer nos próximos 12 meses. Depois da publicação dos dados de emprego na última semana, a probabilidade que se encontrava em 30% passou para 36%, como é mostrado no gráfico a seguir. Eles destacam que essa medida atingiu uma máxima nessa expansão.   O que é, de certa forma intrigante é que, ao observar esse parâmetro calculado pelo JP Morgan, em nenhuma situação passada, esse indicador, ao ultrapassar a marca dos 30%, não foi sucedido por uma recessão. É bom ficar atento, pois não seria nada agradável que a única economia dos países desenvolvidos, com uma real possibilidade de crescimento, reverta o curso. Não é à toa que o legendário investidor George Soros, resolveu recentemente se envolver em operações do dia a dia, tomando uma série de posições, apostando na baixa dos mercados. Segun

Ilan: 1-2-3

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Este post deveria ter sido publicado ontem dia 08/06, porém por falha minha, ficou pedente sem a atualização! O futuro Presidente do BCB passou na sabatina do Senado com folga, e não era para menos, um profissional altamente qualificado para o cargo. De tudo que ele falou o leitor deve-se atentar a uma colocação simples, mas que diz qual será a política adotada pelo BC no futuro próximo. Que se denomina o tripé macroeconômico: superávits primários, metas de inflação e câmbio livre. Em relação a inflação foi enfático ao afirmar que a meta é 4,5% a.a., e a banda é para ser usada somente em casos excepcionais, ou seja, estar dentro do limite superior não significa uma política monetária neutra. Hoje foi publicado o IPCA do mês de maio, sua variação foi de 0,78% a.m. e a taxa anual em 9,32%. Na tabela a seguir pode-se observar que a inflação, na melhor das hipóteses, continua estável num nível elevado, onde destaco dois pontos: primeiro a inflação dos preços livres

Obsessão Financeira

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A obsessão está relacionada a idéias e pensamentos que são repetitivos, insistentes e persistentes. É dessa forma que eu vejo o mercado encarando os juros negativos implementado por vários bancos centrais. A cada dia que passa, uma nova estatística é publicada com a quantidade de bonds sujeitos a essa situação, recordes e mais recordes de juros negativos são atingidos, sem falar nos prognósticos sombrios feitos por vários analistas. Bill Gross, um dos mais conceituados e experientes gestores de bonds, em entrevista a Bloomberg comentou:  ...”Os juros globais é o menor dos últimos 500 anos”... ...” US$ 10 trilhões de títulos com juros negativos. Isso é inusitado e vai explodir algum dia”... Já o economista chefe do Deustche Bank citou uma frase de Keynes para enfatizar o motivador desta política: ... “The real case against negative interest rates is the folly of relying on monetary policy alone to rescue economies from depressed conditions”… Com uma visão extremame

Com mais de 30

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Quando se está numa roda de amigos discutindo o sexo dos anjos na área de investimentos, é provável que em algum momento alguém diga: “O futuro é imprevisível”, justificando a imprevisibilidade dos mercados. Dita assim, fora de um contexto, ninguém irá contestar essa frase, mas o ser humano precisa de alimento para seu ego. Mas de repente, no calor da discução, alguém se atreve a dar um palpite sobre a sua expectativa futura de um ativo, e basta outro que não concordar, para que se faça uma aposta. A partir daí, a frase que todos acreditavam ser verdadeira, agora não é mais válida para essas duas pessoas que apostaram. Eles confiam em suas previsões, agora tem o ego em jogo. Os analistas fazem suas projeções sobre o futuro baseados em dados muito mais precisos que esses dois colegas, afinal é o seu ganha pão. Mas podemos embarcar nessas opiniões e apostar muitas fichas? Eu, de jeito nenhum, pode ser do George Soros, Warren Buffet, ou qualquer outro guru. Por outro lado,

Procura-se um culpado

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Depois de menos de 24 horas úteis da publicação do dado, chocantemente baixo, da criação de empregos, o mercado busca culpados. Como sabemos, sempre é necessária uma explicação. Neste caso, foi eleita a alta do dólar como o responsável pelo estrago. Mas o resultado foi tão ruim assim ou o fato de o mercado estar tão otimista foi à razão? As informações apontam inegavelmente uma redução na criação de empregos e não é de hoje, basta verificar o gráfico a seguir, onde além do setor de manufatura que estruturalmente não cria vagas a muito tempo, o setor que responde pela maior parte do PIB, o de serviços, também embicou para baixo desde seu pico no início deste ano. Alguns analistas não estão tão pessimistas como os investidores, o Deutsche Bank acredita que o mercado de trabalho está muito próximo do pleno emprego. Quando esse nível for atingido, o crescimento dos postos de trabalho deverá diminuir uma vez que, poucos empregados qualificados estarão disponíveis para aceit