Postagens

Bons tempos!

Imagem
Bons tempos o início dos anos 2000, naquela época a economia brasileira apresentava crescimento em níveis satisfatórios. Esse crescimento era oriundo de uma estabilidade financeira que começou em 1994, com a implantação do plano real, aliado a preços elevados das commodities, que fortaleceu nossas exportações. A único coisa ruim era o presidente que tinha um objetivo de se perpetuar no poder a qualquer custo. Depois de vários anos no poder, o PT foi tirado do comando do país e fomos obrigados a enfrentar a pior recessão da história. O motivo não foi nem endógeno nem exógeno, foi “roubogeno”. Uma delapidação das maiores empresas estatais, onde o objetivo era roubar e não gerir as empresas, aliado a um cenário externo mais desafiante, levou nossa economia a nocaute. Desde 2016, um novo governo, é verdade sem legitimidade, tomou posse depois do impeachment, e colocou uma equipe econômica de primeira linha. A inflação foi domada, hoje praticamente vivemos sem inflação, com nu

FED: GO!

Imagem
A atenção do dia hoje está sob Jerome Powell em sua primeira reunião no FED. Mesmo com os departamentos do governo fechados em Washington, em função da forte nevasca, o FED irá anunciar sua decisão. Antes da reunião terminar alguns indicadores já apontavam para um cenário mais restritivo em termos de política monetária. Os juros de 10 anos, alguns minutos antes do anuncio apontavam para 2,91%, muito próximo das máximas atingidas recentemente, além de que, nos mercados futuros, havia uma chance de 20% para uma elevação de 0,50% dos juros, o que eu acho muitíssimo improvável.   Um outro indicador que apresenta uma anormalidade intrigante, e a diferença entre a Libor e o OIS. Isso seria o equivalente aqui no Brasil a diferença entre a taxa Selic e a taxa do CDI, para um prazo específico, que no caso americano, é 90 dias. Ninguém sabe exatamente o motivo de tal diferencial, mas é indubitável que é uma medida da falta de liquidez. É isso mesmo, os bancos para se financiar

H2O

Imagem
À primeira vista, vocês poderiam imaginar que o Mosca resolveu fazer publicidade da marca de água H2O. Mas o assunto é bem mais sério tendo impacto econômico importante, além da sobrevivência. A Bloomberg publicou uma reportagem contendo algumas informações sobre a possível falta de agua em algumas regiões do planeta. Projetando as condições atuais, Cape Town não será a última grande cidade a quase ficar sem água. Crescimento populacional, urbanização, infraestrutura antiga, poluição e mudanças climáticas: todas são uma receita para mais escassez. Isso é preocupante porque a agricultura, a geração de eletricidade e a fabricação, para não mencionar os centros de dados do Google e da Amazon, dependem de H2O - e, é claro, precisamos dela para sobreviver. "Existe uma correlação de 100 % entre a disponibilidade de água e o crescimento do PIB", diz Arnaud Bisschop, da Pictet Asset Management. "Se não há água, não há crescimento econômico". Trilhõ

Semana dos BC's

Imagem
Esta semana será recheada por reuniões de bancos centrais a saber: FED, BCB e BOE. Mas o que mais chama a atenção é o americano, não por que se espera algo de muito diferente, e sim pelo fato desta instituição se encontrar sob nova direção. Os diretores da Reserva Federal que se encontram nesta semana irão pesar se irão precisar aumentar as taxas de juros de forma mais agressiva nos próximos anos, devido a recentes cortes de impostos e aumento de gastos do governo. O FED em dezembro, esperava um caminho gradual de elevação das taxas, permitindo que a economia continuasse expandindo sem superaquecimento. Desde então, no entanto, a explosão do estímulo fiscal, juntamente com o crescimento constante e o desemprego muito baixo, levantou questões sobre quanto tempo eles devem manter essa abordagem. O FED deve aprovar uma elevação da taxa em sua reunião que termina quarta-feira. Eles também lançarão projeções atualizadas mostrando se mais deles agora, favorecem quatro aumen

Conselhos do FMI

Imagem
Antes de iniciar o assunto de hoje, gostaria de complementar alguns dados referente aos hedges funds, que foram publicados pelo JP Morgan. O gráfico a seguir mostra como as taxas cobradas por esses fundos vem caindo nos últimos anos, tanto a taxa de administração como a de performance. Notem que a queda mais expressiva é nessa última, o que poderá ser um fator de maior equilíbrio no futuro. Eu particularmente sugeriria a que esses gestores escolhessem ou dar mais peso a taxa de administração – por exemplo 1,5% de taxa de administração com 5% de performance, ou ao contrário -   0,5 % de taxa de administração e 15% de taxa de performance. O que não dá é para as duas serem elevadas. Eles chegam lá! O FMI publicou um documento que servirá de base para as discussões do grupo do G-20, que transcrevo a seguir. Quando os ministros das Finanças do Grupo do G-20, e os governadores dos bancos centrais se encontraram em outubro passado, houve uma sensação de otimismo sobre

Quando o chefe atrapalha

Imagem
Quando se trabalha numa empresa não se escolhe o chefe. Todos que já trabalharam em empresas maiores devem ter passado por situações bizarras. O que posso dizer com certeza é que chefes incompetentes escolhem pessoas incompetentes como colaboradores. Essa é uma situação lógica, pois como poderá ele administrar seu grupo, se tiver um funcionário excepcional? Alguns chefes são legais e permitem um ambiente saudável, outros vivem pressionando seus subordinados acreditando que essa é a melhor forma de gerir pessoas, e outros acabam atrapalhando mais que ajudando. Numa empresa saudável essas anomalias tendem a ter uma vida curta, o próprio ambiente os “expulsa”. Mas o post hoje tem um protagonista especial, o Presidente Trump. Se tem noticiado que o clima dentro da Casa Branca é um desastre, também a cada semana o troglodita mexe na sua equipe, além dos mais, os melhores qualificados aproveitam para pedir demissão. A economia americana está se recuperando de forma firme, s

Mais do mesmo

Imagem
Os leitores do Mosca sabem que não sou fã da categoria de fundos denominados de hedge funds. Diversas vezes expus as razões para que não se invista nesses fundos, onde o principal motivo são suas elevadas taxas cobradas dos clientes, principalmente a de performance pela sua sistemática de cobrança. Esse conceito vale tanto internamente quanto no exterior. Vários estudos acadêmicos mostram que seus retornos deixam a desejar. Eu mesmo, elaborei junto com uma colega da FEA, um estudo sobre os fundos multimercados no Brasil, no período entre 2005 a 2015, acompanhando uma carteira de 7 fundos, que se modificava em função do resultado passado – a cada 3,6,9 e 12 meses. O resultado contradiz o conceito de longo prazo, pois para se obter um retorno positivo, acima do CDI, era necessário refazer a carteira a cada trimestre. Isso porque, no prazo mais longo, a manutenção da carteira original apresentou retorno inferior ao CDI. A Bloomberg publicou uma matéria apontando a performan