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Vai piorar antes de melhorar

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Se tem alguma coisa que o mercado de ações odeia é incerteza. É melhor uma decisão cujo impacto é negativo que ficar na dúvida, e parece que o acordo de comercio entre EUA e China se encontra, pelo menos até o momento, sem solução. Na sexta-feira, os investidores acreditavam que alguma solução aconteceria no final de semana, porém, os tweets de ambos os lados não sugerem isso. Ambos os lados, porque os chineses aderiram ao aplicativo Twitter para mandar seus recados.   Após algumas palavras reconfortantes do lado norte-americano e chinês, sobre as negociações para evitar aumentos de tarifas, foram "construtivas" e havia motivos para "otimismo cauteloso" para o futuro. O impasse entre EUA e China abruptamente azedou durante o fim de semana, quando o vice-primeiro-ministro da China, Liu He, disse que a China está planejando retaliar e listar três principais preocupações que devem ser enfrentadas, e sobre as quais não faria concessões antes de qualquer ac

Na mosca

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Já está valendo a nova alíquota imposta pelo EUA aos produtos chineses, como o Presidente Trump havia anunciando nesta semana. As negociações continuam nesta sexta-feira e pela reação dos mercados, acreditam que algum acordo será alcançado. Nos últimos dias recebi diversos estudos sobre esse tema, procurando calcular qual seria seu impacto. Alguns deles com grau de detalhe muito grande, avaliando o impacto em cada setor e no PIB. Dado as incertezas atuais, não sei qual a utilidade dos mesmos, será que alguém faria mudanças em seu portfólio considerado essas hipóteses? A reação pela manhã é mista, as bolsas europeias sobem enquanto a americana cai, é bem verdade que em pequena magnitude. Já no final da tarde, o otimismo tomou conta da bolsa americana, que recupera parcela da semana. Uma informação que me surpreendeu sobre a China é o quanto eles pagam de imposto de renda. 82% não pagam nada de imposto, enquanto somente 1% são tributados numa alíquota entre 10% e 15%. N

Double down

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Um artigo publicado pelo Wall Street Journal revela as reais razões da mudança de tom nas negociações do acordo comercial entre China e EUA. Se esses motivos forem reais a China buscou de forma oportunista se aproveitar de uma percepção sua sobre uma eventual fraqueza do Presidente Trump.   A nova linha dura tomada pela China nas negociações comerciais - surpreendendo a Casa Branca e ameaçando atrapalhar as negociações - veio depois que Pequim interpretou as recentes declarações e ações do presidente Trump como um sinal de que os EUA estão prontos para fazer concessões, disseram pessoas a par do pensamento de o lado chinês. As negociações de alto nível estão programadas para esta quinta-feira em Washington, mas as expectativas e as apostas mudaram significativamente. Há uma semana, a suposição era de que os negociadores fechariam o acordo. Agora, eles estão tentando impedi-lo de entrar em colapso. Além da pressão, os EUA formalmente arquivaram a papelada na quarta-fei

O prejuízo bem explicado

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Meu antigo chefe no banco Francês e Brasileiro me dizia que, para os franceses do Credit Lyonnais, maior acionista do banco, era melhor um prejuízo bem explicado que um lucro sem explicações. Na primeira vez que ouvi essa frase achei que ele estava brincando, porém, com o passar do tempo, notei que em determinadas situações de prejuízo, quando bem explicados, a diretoria aceitava numa boa. Certa vez, meu chefe estava de férias e a tesouraria onde eu era responsável obteve um lucro expressivo com uma posição de títulos públicos. Esperei que ele me ligasse para informar sobre esse resultado. Ele repetidamente me orientou para não comentar com ninguém, pois não entenderiam o motivo desse resultado. Na sua volta, ficou quieto, deixando que esse lucro fosse refletido no resultado global. Não recebi nenhum parabéns, fora o do meu chefe, ninguém percebeu! Parece que essa mania francesa atravessou o oceano e direciona atualmente as empresas de tecnologia. Um artigo publicado por

Sem expectativas

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Passados mais de 100 dias do novo governo brasileiro, a realidade se impõe as esperanças. Durante esse período notou se um governo com políticas muito dispares dependendo do Ministério em questão. Do lado econômico é indiscutível que temos um time de primeira linha, onde Paulo Guedes é seu comandante, já na área social representes muito aquém do desejável e com políticas muito retrogradas. O relacionamento com o legislativo tem sido muito conturbado. Considerando a necessidade premente de aprovação para a Reforma da Previdência, parece que esse poder não conversa com o executivo. Imagino que Bolsonaro tenha receio de ser considerado como sendo do esquema antigo, caso tenha que fazer um acordo com o centrão. Mas que outra alternativa lhe resta? Mais dia menos dia, terá que conversar com esse grupo caso queira que seu governo não termine antes de começar. Os empresários recuaram de seu entusiasmo inicial e agora em compasso de espera aguardam a aprovação da Reforma da Previd

Trump de novo!

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Quando tudo parecia ir bem nos mercados, o SP500 de preparando para ultrapassar a máxima histórica, o Presidente Trump resolveu publicar mais um de seus tweets dando um prazo final até a próxima sexta-feira, para que seja assinado um acordo comercial entre a China e os EUA. Uma leitura detalhada dessas mensagens deixam dúvidas da sua real intenção, ou eventual problema, nas negociações. “ Durante 10 meses, a China está pagando aos EUA 25% em U$ 50 bilhões de mercadorias High Tech, e 10% em U$ 200 bilhões de outros bens. Esses pagamentos são parcialmente responsáveis por nossos excelentes resultados econômicos. Esses 10% subirão para 25% na sexta-feira. U$ 325 bilhões de dólares de bens adicionais enviados aos EUA pela China, continuam sem taxação, porém, em breve, terão uma taxa de 25%. As tarifas pagas aos EUA tiveram pequeno impacto no custo dos produtos, a maioria foi suportado pela China. A negociação com a China continua, mas muito devagar, uma vez que, eles tentam reneg

Se não subir pode cair

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Diversas vezes o Mosca foi criticado por ter uma postura dúbia em suas colocações sobre o mercado. Colocações do tipo “ se não subir pode cair “, foram citadas por alguns leitores como uma opinião sem risco. Essas situações surgem em momentos quando onde não se têm uma visão clara do próximo movimento do mercado. Mas não é só o Mosca que dá o benefício da dúvida, o Fed também. Na quarta-feira a autoridade americana anunciou sua decisão de política monetária. No comunicado não houveram muitas alterações. O mercado interpretou a aposta de corte de juros feita pelo mercado, aconteceria mais adiante. Porém, na seção de perguntas e respostas, Jerome Powell tirou esse entusiasmo, minimizando as preocupações de que, a inflação baixa recente, possa sugerir uma fraqueza econômica mais ampla. Ele repetidamente destacou quedas de preços individuais que poderiam se provar transitórias e, ao fazê-lo, empurraram de volta, contra algumas esperanças do mercado que o Fed estaria se preparando