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A moeda sur presa! #usdbrl

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  Fomos surpreendidos este final de semana com a agenda do Presidente Lula na Argentina, que aprecia a criação de uma moeda comum entre os dois países. A ideia proposta explicitada no noticiário não seria a troca das moedas locais pelo “sur”, assim sugerida, mas para evitar o dólar nas transações comerciais. Daniel Carvalho e outra publicaram na Bloomberg as intenções dos países para esse movimento. A Argentina e o Brasil estão nos estágios preliminares de renovação das discussões sobre a formação de uma moeda comum para transações financeiras e comerciais, revivendo um plano frequentemente discutido que enfrentaria inúmeros obstáculos políticos e econômicos. As duas maiores economias da América do Sul consideram opções para coordenar suas moedas há décadas, muitas vezes para combater a influência do dólar na região. Os persistentes desequilíbrios macroeconômicos de ambos os países, juntamente com os recorrentes obstáculos políticos à ideia, resultaram em poucos progressos práticos

Cuidado com a torcida #nasdaq100

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  Estamos observando nesse início de ano uma enxurrada de opiniões otimistas sobre a economia americana. A maioria está associada à retração nos índices de inflação, com a consequente expectativa de que o Fed vai subir menos os juros do que o anteriormente projetado. Até há algumas semanas, esperava-se que os Fed funds subisse entre 5,25%/5,5% e agora, supõe-se, nem a barreira dos 5%, seria rompida. O mercado rapidamente concluiu que, se as taxas não vão subir mais e a inflação está desacelerando, então cairão e rápido. Sendo assim, decidiram se antecipar, apostando em queda já a partir deste ano. Queria lembrar aos leitores que a grande maioria — estimo mais de 90% — nunca passou por um período em que a inflação foi um problema durante os últimos 30 anos e não tem experiência nesse assunto — ao contrário, sempre que a inflação subiu um pouco nesse período, caiu logo em seguida, justificando a reação que estão tendo agora. Mas tudo indica que estramos num outro ciclo muito dife

Dura realidade #ouro #gold

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  O Mosca comentou em vários posts sobre o risco do ex-homem-mais-rico-do-mundo, Elon Musk comprar as ações da Twitter, que pertence a um ramo extremamente competitivo e da qual ele só tem experiência como usuário. Passados alguns meses dessa empreitada, a dura realidade do dia a dia deve estar o atormentando. Essa situação me fez lembrar de um momento obscuro que passei durante minha vida profissional. Por um período curto de alguns meses, trabalhei no BMC, um banco familiar pequeno. Essa experiência se sucedeu à minha saída do Banco Francês e Brasileiro — que não tinha o menor problema de liquidez, pelo contrário, dava-se o luxo de limitar a taxa que pagava nos seus depósitos a prazo. Num determinando momento, três bancos sofreram intervenção do Banco Central, o trio A, B, C — Banco Auxiliar, Banco Bamerindus e Banco Comind. O BMC estava com um caixa considerável, de aproximadamente 1/3 dos ativos, pois eu havia me preparado haja visto o boato que corria no mercado antes da inter

Jogadores na mesa de operações #Ibovespa

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  Um artigo recentemente publicado pela Bloomberg  Poker   revela que estudos realizados pelo Federal Reserve chegaram à conclusão de que, entre os investidores profissionais, nem a inteligência, nem a educação, nem mesmo a experiência são sinônimos de sucesso; em contrapartida, habilidades cognitivas importam mais. Com essas premissas, o artigo sugere que os jogadores de pôquer poderiam ser o perfil ideal. Não sei se concordo plenamente com essa colocação, pois não acredito que um ótimo jogador de pôquer tenha sucesso sem nenhum conhecimento de matemática ou economia. Porém, como no jogo de pôquer presencial, uma leitura das expressões poderia ser reveladora. Parmy Oslon relatou na Bloomberg que os traders não conseguem prever o mercado, mas seus rostos talvez possam. Pesquisadores querem usar o reconhecimento facial para prever oscilações de preço. Diz o ditado que nossos olhos são a janela para a alma. Talvez com o tempo eles sirvam a um propósito menos romântico, como janelas p

Empurrando para debaixo do tapete #SP500

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  Vocês devem ter notado que às vezes o título do post fica dúbio; por que o Mosca age assim? Não posso colocar um romance para explicar o assunto que vou tratar, não é usual. Entretanto, também não consigo ser sucinto e ao mesmo tempo claro, então busco algo que chame sua atenção — marketing! O título de hoje completo deveria ser: O mercado, para não se envolver com as dúvidas da inflação, recessão e outras mais, resolveu colocar tudo debaixo do tapete e seguir em frente, como se elas estivessem resolvidas, problema do Fed! Não acredita? John Authers comenta na Bloomberg que o mercado de ações tem reagido com a publicação de resultados mais que com a inflação ou o FOMC. Powell, quem é? Isso é difícil de acreditar, mas talvez todos possam começar a se preocupar um pouco menos com o Fed? Porque as últimas semanas certamente sugerem que o banco central está dando aos investidores muito menos motivos para perder o sono do que em todo o ano passado. Isso aparece mais claramente na

Lutando contra o Fed #usdbrl

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  O título do post poderia levar o leitor a imaginar que o mercado está desconfiado que as medidas tomadas pelo Fed não serão suficientes para fazer a inflação retroceder, situação essa conhecida como Behind the Curve . Mas não é esse o conceito, e está mais ligado a outro mantra que prevaleceu por décadas: Don´t fight the Fed . Lance Roberts publicou artigo em seu site RIA Advice sobre esse tema. "Não lute contra o Fed.' Esse mantra permaneceu um 'chamado às armas' dos mercados financeiros e das 'tribos otimistas' da mídia na última década. Com a política de taxa de juros zero e a campanha monetária mais agressiva da história, os investidores elevaram os mercados financeiros a alturas raramente vistas na história humana. No entanto, apesar das avaliações recordes, pandemias, avisos e pressões inflacionárias, o "espírito animal" fomentado por uma inegável "fé no Federal Reserve" permanece vivo e em boa saúde. Na última década, o princi