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Sempre é preciso achar alguma coisa #EURUSD

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Eu dizia que existem cinco fases em um novo trabalho ou emprego, divididas assim: Inicialmente, é preciso "achar alguma coisa" – você dá palpites que ou são irrelevantes ou errados; “Não vou entender nunca” – nesse momento, tudo parece muito complicado; “Descoberta do óbvio” – você chama um colaborador e faz um raciocínio que, para quem conhece, é óbvio. Esse momento é importante porque você começa a entender o funcionamento; “Fase da criação” – nessa fase, novas ideias surgem; “Saco cheio” – tudo vira rotina e começa a ficar chato. Um político que assume um novo cargo também passa por essas fases. Se forem necessárias mudanças drásticas, o processo acima é construtivo; porém, se o sistema já funciona bem, o risco de piorar ao invés de melhorar é real. Esse último ponto parece aplicável ao futuro presidente dos EUA. Ontem foi divulgado o PIB do terceiro trimestre americano, e apresento um resumo baseado no artigo de Harriet Torry, publicado no Wall Street Journa

Sempre tem "vendidos" #IBOVESPA

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  O mercado financeiro é maravilhoso: os ativos oscilam conforme a lei da oferta e demanda, que por sua vez é guiada por opiniões e convicções sobre o futuro. Quando o mercado está em baixa, sempre há aquelas vozes dizendo: está barato, assim como, quando está subindo, outras vozes dizem: cuidado, está caro. E assim os preços flutuam de forma a equilibrar o fluxo de recursos contra o estoque de títulos. Como dizia meu ex-sócio, Emir Capez: “contra o fluxo, não existe argumento”. As bolsas americanas vêm subindo desde outubro de 2022 quase ininterruptamente, acumulando aproximadamente 40% de alta quando medido pelo S&P 500, enquanto sua "irmã mais jovem", a Nasdaq 100, apresenta uma alta de aproximadamente 100%. Em algum momento, haverá uma correção maior, mas ninguém sabe quando isso poderá ocorrer. Durante esse período, alguns investidores ficaram paralisados, acreditando que haveria recessão; outros optaram por posições vendidas; e alguns poucos se aventuraram na co

Não aposte contra o dólar #S&P500

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  Há muitos países que estão ansiosos para ver o dólar desvalorizar. Poderia listar uma dezena deles, começando pela China e muitos outros. Se esses países pudessem se afastar do dólar investindo em outra moeda, já o teriam feito; mas não é tão simples assim. O BRICS, através da Rússia, espera que seus parceiros endossem sua estratégia para contornar as sanções. A proposta é avançar com um sistema de pagamentos apoiado por moedas digitais emitidas pelos bancos centrais e respaldadas por moedas fiduciárias. A ideia, em teoria, pode fazer sentido, mas na prática esbarra na utilidade limitada dessa moeda para além de um sistema de pagamentos. Uma moeda precisa de mais: deve ser fungível, confiável e estável. Não vejo como isso pode funcionar, por mais que Putin e seus apoiadores, como Lula, desejem. O gráfico a seguir mostra que, desde o início do conflito com a Ucrânia, quando a Rússia foi excluída do sistema SWIFT – utilizado para transações em dólar – a Rússia passou a liquidar parte

Escapamos dessa #USDBRL

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  As eleições para prefeito revelaram uma revolta parcial da população: basta ver como diversos candidatos “digitais” conquistaram uma parcela significativa de votos, sem qualquer experiência na vida política. Utilizando as redes sociais, engajaram um público insatisfeito tanto com a direita quanto com a esquerda — especialmente com esta última. Sem ser um expert em política, acredito que nas próximas eleições, esses candidatos conquistarão ainda mais pessoas descrentes, o que, na minha visão, só tende a crescer. O stop loss nas finanças tem uma semelhança interessante com a vida cotidiana. A expressão "a gota d'água" seria sua tradução. Creio que muitos compartilham do sentimento que me acompanha atualmente; ao me deparar com opiniões divergentes das minhas, sinto uma irritação crescente, um perigo de radicalização que leva a decisões reações extremadas. Esse é o trunfo dos candidatos “digitais” que promovem o “chutar o pau da barraca”, impulsionando pessoas equilibra

Não tem moleza! #nasdaq100 #Nvidia

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  A poucos dias das eleições americanas e considerando que não existe evidência segura de quem vai ganhar, embora tudo indique que será Trump, não sobra espaço para outros assuntos. O mercado está apostando nesse sentido, fortalecendo o dólar e elevando os juros. Ontem, participei de um call com o JPMorgan, e a grande questão abordada foi sobre os déficits fiscais, que se tornaram comuns nos últimos anos. Antigamente, esses déficits ocorriam em situações especiais, como guerras; hoje, fazem parte das promessas eleitorais. Em algum momento, isso vai “dar ruim” – seja pelo aumento da inflação ou pela chegada de uma recessão.   Ben Carlson trouxe em seu site A Wealth of Common Sense uma reflexão sobre como ele planeja posicionar seu portfólio para os próximos 20 anos. Vamos ver seus argumentos. Sou um grande defensor de pensar e agir com uma perspectiva de longo prazo, investir em "buy & hold" e manter um viés otimista em relação ao futuro. Sou do tipo que enxerga o &q

Efeitos ocultos da inflação #OURO #GOLD

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  Os EUA estão vivendo uma situação inédita. Em um país que cresce, é esperado que o presidente seja reeleito com folga sobre seu oponente. Após o ano angustiante da Covid, a economia americana cresceu de forma robusta, mas trouxe consigo uma inflação elevada em comparação com os padrões das últimas décadas. Se eu tivesse que apontar uma razão para essa alta nos preços, escolheria o excesso de recursos injetados tanto pela política monetária quanto fiscal. Após esse período, com uma política monetária austera, o Fed conseguiu trazer a inflação para níveis próximos aos seus objetivos. Hoje, a economia dos EUA está em uma posição invejável quando comparada a outras economias desenvolvidas. Então, por que os americanos estão insatisfeitos? Ed Yardeni elaborou um relatório com as possíveis razões para essa insatisfação. O Índice de Miséria, que é a soma da taxa de desemprego com a inflação (medida pela variação percentual anual do CPI), estava em 6,5% em setembro, bem abaixo da média his