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Trump = Lula! #GOLD #OURO

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  Os bancos centrais, alicerces da estabilidade econômica, enfrentam um cerco crescente de líderes políticos que, guiados por ambições de curto prazo, tentam dobrar sua independência. Nos Estados Unidos, Donald Trump, em sua cruzada por juros mais baixos, planeja anunciar o sucessor de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), já em setembro de 2025, meses antes do fim de seu mandato em maio de 2026. No Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva passou anos demonizando Roberto Campos Neto, ex-presidente do Banco Central do Brasil (BCB), pelos juros altos, apenas para ver seu indicado, Gabriel Galípolo, elevar a Selic ainda mais em 2025. Apesar de opostos em quase tudo — Trump, um magnata do protecionismo; Lula, um ícone do intervencionismo estatal —, ambos convergem em um erro funesto: a tentativa de manipular bancos centrais para forçar quedas de juros, ignorando os riscos inflacionários e a credibilidade institucional. Essa analogia, ancorada na análise da Gavekal Research , exp...

Voltando a vaca fria #IBOVESPA

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  Hoje, volto à” vaca fria" — uma expressão de origem incerta, amplamente usada para retomar um assunto principal após uma digressão: O que o Federal Reserve fará com os juros em meio a tantas incertezas? E me deparo com um cenário que exige análise intensa para decifrar os sinais econômicos. Ontem, Jerome Powell, presidente do Fed, esteve em Washington, D.C., testemunhando perante o Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Representantes. Sua postura "wait and see" foi reafirmada em um contexto de críticas acirradas, especialmente do presidente Trump, que o chamou de "estúpido" por não baixar as taxas imediatamente. Após duas semanas de tensões com mísseis ameaçando a estabilidade dos mercados, o cessar-fogo nos traz de volta a esse ponto central. A audiência de Powell foi um marco, destacando a divisão interna no Fed sobre os próximos passos. Segundo o WSJ, ele enfatizou que a economia americana permanece robusta, com um mercado de trabalho sólido, perm...

Me engana que eu gosto #S&P500

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  A expressão "Me engana que eu gosto", imortalizada por Elis Regina em 1977, nunca pareceu tão adequada quanto agora, diante do teatro geopolítico que se desenrola no Oriente Médio. Ironia e sarcasmo embalam a análise do ataque iraniano à base americana em Al Udeid, no Qatar, um movimento tão ensaiado que mais pareceu uma coreografia diplomática. O Irã, com sua precisão simbólica de 14 mísseis — ecoando o número de bombas americanas lançadas contra suas instalações nucleares —, avisou com antecedência, garantindo que ninguém saísse ferido. E o presidente Trump, em um gesto que beira o surreal, agradeceu publicamente a Teerã por tamanha "cortesia". Menos de oito horas depois, ele proclamava nas redes sociais um cessar-fogo entre Irã e Israel, como se a paz pudesse ser decretada por um post no Truth Social. Me engana que eu gosto, mas o mundo não é tão simples assim. O que assistimos é uma encenação onde cada ator sabe seu papel, mas o público — nós, os espectadore...

A última bala na agulha #USDBRL

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  No último fim de semana, os Estados Unidos escalaram o conflito no Oriente Médio ao bombardear três usinas nucleares iranianas com armamentos de alta penetração, capazes de atingir alvos subterrâneos. O Irã, isolado diplomaticamente e com recursos militares esgotados, enfrenta um cenário crítico. Como dizia uma colega meu, quando uma das partes em um conflito não tem nada a perder, o risco de ações desesperadas cresce exponencialmente. O Estreito de Ormuz, por onde passa cerca de 20% do petróleo global, é o trunfo final de Teerã – uma arma que pode desestabilizar a economia mundial, mas também selar seu próprio colapso econômico. O Estreito de Ormuz, localizado entre o Golfo Pérsico e o Golfo de Omã, é uma artéria vital para o comércio global de energia. Com apenas 33 km de largura em seu ponto mais estreito e canais navegáveis de 3 km por direção, é vulnerável a qualquer interrupção. Em 2024, cerca de 16,5 milhões de barris de petróleo por dia transitaram pelo estreito, proven...

A ilusão do lucro fácil #IBOVESPA

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  It´s to good to be true Quando uma oportunidade no mercado reluz como ouro, o Mosca fica em alerta, pois o brilho pode ser apenas ilusão. Na minha época na Planibanc, o sócio Luis Carlos Plaster chamava uma chance excepcional de “massacre”, e essa palavra bastava para nos mover. Hoje, o mercado é mais sofisticado, e um estudo acadêmico de alto calibre, “ It's to Good to Be True ” (Duarte et al., 2024), das universidades Rice e USC, confirma: milagres financeiros não existem. Com rigor científico, a pesquisa desmascara promessas de lucros extraordinários que seduzem até os mais experientes. A riqueza se constrói com estratégia, não com contos de fada. Vamos analisar essa lição para você, que busca prosperar sem cair em armadilhas. Um mercado que evoluiu Antigamente, as ineficiências do mercado eram tão evidentes que, como dizia meu colega na Planibanc, Emir Capez, o mercado deveria erguer um monumento aos megaespeculadores que mal dominavam aritmética básica. Operações como a...

Seus 100 mais 100 ... bilhões! #S&P500 #USDBRL #IBOVESPA

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  Num jogo de poker econômico, onde cada jogador eleva a aposta, a Micron Technology jogou suas fichas com um lance audacioso: US$ 200 bilhões em semicondutores nos EUA, sendo US$ 150 bilhões em manufatura de memória e US$ 50 bilhões em P&D até 2030, criando 90 mil empregos diretos e indiretos. Fundada em 1978, com 48 mil funcionários e receita de US$ 15,5 bilhões em 2023 (queda de 50% ante 2022), a Micron planeja duas fábricas de alto volume em Idaho, até quatro em Nova York e modernização na Virgínia, em parceria com a administração Trump, mirando a liderança em inteligência artificial (IA). O Mosca comentou que o déficit americano é uma bomba-relógio, mas, como sugere Lance Roberts, a IA pode ser a carta na manga que desarma essa ameaça, transformando o cenário fiscal e econômico. A Micron é apenas um dos jogadores nessa mesa de apostas altas. A IA está redefinindo a economia global, e os EUA estão decididos a liderar. Roberts aponta que o déficit, hoje em 6% do PIB, assus...

O dólar está perto do telhado #USDBRL #GOLD #OURO #IBOVESPA

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  A dívida pública dos Estados Unidos, hoje superior a 120% do PIB, atinge níveis alarmantes, os mais altos fora de períodos de crise, e o "One Big Beautiful Bill Act" da administração Trump, projetada para inflar o déficit em US$ 2,4 trilhões na próxima década, acende um sinal de alerta vermelho. O Mosca menciona que a questão da dívida pública é um tema recorrente, e comparações com o Brasil frequentemente surgem nas redes sociais. No entanto, destaco que o financiamento da dívida brasileira, a juros exorbitantes, e a inconversibilidade do real colocam o Brasil em uma trajetória de risco muito mais acelerada, mas isso não absolve os EUA. A moeda americana, embora ainda a reserva global, não os imuniza contra um equilíbrio instável, como um castelo de areia que pode desmoronar com o próximo grão. Ray Dalio, Kenneth Rogoff, Niall Ferguson e Alec Phillips, da Goldman Sachs, convergem em uma visão preocupante: a combinação de taxas de juros reais em alta, custos insustentáveis ...