Lançamento da Carteirinha Pessoa Física #nasdaq100 #NVDA

 


Hoje, 4 de julho, feriado da independência dos EUA, os mercados estão fechados e, como de praxe, pouco acontece no mundo financeiro. No entanto, mesmo em dias de aparente calmaria, surgem sinais que merecem atenção. Ontem foram divulgados os dados de emprego nos Estados Unidos e, à primeira vista, o número superou as expectativas. Mas como todo bom analista sabe, o diabo está nos detalhes.

A surpresa positiva nos dados foi sustentada, em grande parte, pelas contratações no setor público. Enquanto isso, as empresas privadas — tradicionalmente o motor da criação de empregos — colocaram o pé no freio. Isso levanta uma questão incômoda: estariam os governos recontratando os funcionários demitidos por Elon Musk? Brincadeiras à parte, essa inversão na dinâmica do emprego é mais do que estatística; é o prenúncio de uma transformação estrutural, com a inteligência artificial como protagonista silenciosa.

Essa inquietação ganhou corpo em uma reportagem recente do Wall Street Journal intitulada "American Companies Hit the Brakes on Hiring". O texto revela que empresas de setores diversos estão reduzindo ou congelando suas contratações. Ao mesmo tempo, outro artigo do mesmo jornal — "CEOs Start Saying the Quiet Part Out Loud: AI Will Wipe Out Jobs" — mostra uma mudança de tom nos altos escalões corporativos. Executivos que antes evitavam comentar sobre os impactos da IA nos empregos agora falam abertamente: cortes estão a caminho, e não são poucos.

A equação que começa a se formar é a seguinte: produtividade em alta graças à IA, mas com uma contrapartida sombria — empregos, especialmente os de baixa qualificação, em queda. Como toda revolução tecnológica, essa também trará ganhos substanciais para a economia em termos de eficiência e custos. Mas quem será deixado para trás?

É aqui que entra um conceito que o Mosca passa a adotar oficialmente a partir de hoje: a Carteirinha Pessoa Física (CAR_PF). Trata-se de uma metáfora — ou talvez mais do que isso — para designar quem está, ou não, habilitado para participar dessa nova economia moldada pela IA. Ter a CAR_PF significa possuir as qualificações necessárias para competir nesse novo ambiente. Quem não tiver, corre o risco de ser empurrado para fora do mercado de trabalho.

Esse conceito se desdobra também para o universo empresarial, na Carteirinha Pessoa Jurídica (CAR_PJ). Empresas que não incorporarem inteligência artificial em seus processos e modelos de negócio estarão fora do jogo competitivo. O mercado, como sempre, será implacável com os que não se adaptarem.

Vale um alerta: não se trata de uma visão determinista. Sempre haverá exceções, mas elas só confirmam a regra. Não é uma questão de ser apocalíptico — é ser realista. A inteligência artificial já deixou de ser promessa para se tornar critério de exclusão.

E se alguém ainda tem dúvidas sobre o alcance desse movimento, basta olhar o que está acontecendo nos call centers. Uma matéria da Bloomberg intitulada "As AI Infiltrates Call Centers, Humans Are Being Mistaken for Bots" mostra que a fronteira entre homem e máquina está se tornando tão difusa que clientes não conseguem mais distinguir se estão falando com pessoas reais ou algoritmos. O que antes era território exclusivo de trabalhadores humanos agora está sendo automatizado com tal precisão que os próprios supervisores precisam intervir para provar que a voz do outro lado da linha é de um ser humano.

Esse nível de sofisticação da IA impõe um novo paradigma: não basta mais estar empregado — é preciso estar qualificado. E qualificação, neste novo mundo, passa necessariamente por competências digitais, raciocínio analítico e familiaridade com ferramentas de automação.


Outro artigo do WSJ intitulado "I Built an AI Career Coach. I’ve Never Had a Better Coach" expõe uma ironia desconcertante: até mesmo os conselheiros de carreira estão sendo substituídos por IA. O autor relata como construiu uma ferramenta para guiá-lo em sua trajetória profissional e obteve resultados superiores aos dos conselheiros humanos com quem havia trabalhado anteriormente. Não há como ignorar esse movimento.

A partir dessa realidade, a ideia de “carteirinhas” se torna uma forma prática de classificar quem está apto — e quem não está — a operar nesse novo regime de mercado. A CAR_PF e a CAR_PJ não são documentos físicos, mas marcos conceituais. Elas representam a nova fronteira entre inclusão e exclusão no mundo do trabalho e dos negócios.

E por mais provocadora que pareça a associação com a pauta migratória de Donald Trump, a analogia é válida: em breve, não será apenas por critérios políticos ou ideológicos que se defenderá a restrição de entrada de trabalhadores. Será por uma simples constatação de ineficiência econômica. O imigrante ou o local que não detém qualificação adequada terá pouco a oferecer num mercado em que a IA faz melhor, mais rápido e mais barato.

A história ensina que todas as grandes transformações tecnológicas criaram ondas de destruição e criação de empregos. A novidade agora é a velocidade com que isso ocorre e o nível de preparo exigido. O Mosca enxerga nesse momento a cristalização de um novo ciclo: o mundo se divide entre os que têm a “carteirinha” e os que não têm.

Por isso, é hora de fazer as perguntas certas: a minha empresa tem CAR_PJ? Eu, profissionalmente, tenho CAR_PF? Se a resposta for negativa, talvez ainda haja tempo. Mas o tempo está ficando curto.


Análise Técnica

No post “A Carteirinha Platinum”, comentei o seguinte sobre o Nasdaq 100: “a onda (5) vermelha está em curso, sugerindo uma alta para o intervalo entre 25.700 e 25.900, um avanço significativo de aproximadamente 15%.”






O gráfico se refere ao fechamento de ontem. As bolsas americanas apresentam uma formação gráfica que permite diversas interpretações por não seguirem um “shape” normal, o que deixa a análise sob cheque. A opção de melhor encaixe indica uma alta expressiva à frente, com entrada na onda 3 de maior grau. No entanto, prefiro ser mais conservador e manter a contagem anterior.





Sobre a Nvidia, comentei: “Adoto agora uma abordagem conservadora, conforme indicado no gráfico. Nessa estratégia, o objetivo da onda 3 azul está entre US$ 162 e US$ 165. Pretendo explorar outros cenários em maior detalhe futuramente.”






Fazendo um ajuste nas contagens, o objetivo passa a estar entre US$ 170 e US$ 173. Assim como no caso do Nasdaq 100, há outras contagens que indicam alvos superiores, mas, no momento, prefiro utilizar esse parâmetro mais conservador.





Vamos lá: se nós tivéssemos 100 anos, qual teria sido o melhor investimento no mercado americano — o S&P 500 ou títulos do governo de 3 meses? E qual seria a diferença de retorno entre eles?






A diferença é tão estupidamente grande que me pergunto qual foi a intenção do analista ao elaborar esse gráfico. Sem dúvida, ele quis mostrar o quão absurdo seria investir em renda fixa. Tudo bem, aceitemos esse argumento. Mas a próxima pergunta que faria a ele seria: para que serve esse dado? Indicar que eu deveria investir em bolsa pelos próximos 100 anos? Come on! Incluí esse gráfico apenas para ilustrar como certas publicações são puro lixo — não servem para absolutamente nada.
Como sugeri no post “Intenções escusas” foi acionado a compra do Ibovespa a 140 mil e colocar o stop loss em 139,5 mil. Vocês estão de prova, estou tentado de novo!



 

O USDBRL fechou a 5,4260, com alta de 0,30%; o EURUSD a € 1,1753, com alta de 0,16%; e o ouro a U$ 3.336, com alta de 0,32%.

Fique ligado!

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