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A Psicologia e o futuro

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Todos nós gostaríamos de saber como será o mundo no futuro. Para os que atuam no mercado financeiro isso pode significar sua independência financeira. Eu costumava perguntar a meus sócios quando estava na Tendência, se tivessem que escolher somente um ativo, para saber qual o seu preço daqui a uma ano, qual seria sua opção. Era interessante a discussão, pois cada um buscava aquele, que desse maiores indicações de outros ativos - por exemplo, se a escolha fosse o SP500, poder-se-ia imaginar qual deveria ser a cotação do marco alemão (não existia o euro), os juros dos títulos de 10 anos e etc... Na verdade aceitaríamos qualquer previsão, mesmo se fosse do preço da bolinha de gude, bastaria ter um mercado futuro para operar. Nessa divagação, depois de algum tempo chegamos à conclusão que isso de nada valeria, pois bastaria que vários investidores tivessem acesso a essa informação para que o preço futuro fosse igualzinho a previsão, gerando lucro zero para todos. Mas esse assunto fas

Marte ou Vênus?

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Os homens são de Marte e as mulheres de Vênus, é um livro de muito sucesso lançado faz alguns anos. O autor cria uma guia seguro para que um homem e uma mulher entendam as atitudes de cada um. Não preciso detalhar esse assunto, cada um de nós sabe que existem essas diferenças através de seu cotidiano. Se eu fizer a seguinte pergunta aos homens e as mulheres: Por que você compraria ouro. Quais seriam suas respostas? É provável que as mulheres respondessem que é um bom investimento, seguro e portanto, você pode comprar a joia que ela tanto deseja. Já os homens seriam inclinados a responder que o metal tem histórico milenar como reserva de valor, e por essa característica, tem um comportamento distinto das outras commodities. Mas parece que isso mudou recentemente. O preço do ouro, que normalmente oscila com ameaças políticas, econômicas e inflacionárias, estes dias se move com uma força diferente: o Federal Reserve. Traders e analistas dizem que o papel do metal precioso

Indigestão creditícia

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Tenho notado que a cada vez que me ausento do país, na volta me deparo com notícias e ambiente nada prazeroso. Nos dias atuais, uma mistura de mau humor com desesperança toma conta de nós. A situação política é propensa a centenas de especulações como: demissão do Ministro "salvador da Pátria"; impeachment do Presidente; fila de espera nas delações premiadas; e a dúvida se os Presidentes do Congresso e do Senado amanhecerão em seus cargos. Você poderia se perguntar como a economia entrará nos trilhos. Existe um termo em inglês que define bem este momento " gridlock", ou encruzilhada, só que esta não é a tradicional de quatro vias, mas de uma dezena delas. Se alguém disser que sabe como isso vai terminar, não acredite. Agora, o que se pode projetar, é que quanto mais tempo a situação permanecer desta forma, maior será o empobrecimento do povo brasileiro e maiores as chances de manifestações populares. Entretanto, parece que o sofrimento não chegou ao auge. Já n

O FED mostra as cartas

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Quando o FED decidiu não alterar os juros em sua última reunião de setembro, o mercado ficou preocupado, pois não sabia qual era o motivo. Ontem foi publicada a minuta dessa reunião e o mistério pode ser desvendando. Vejamos alguns trechos do mesmo:   ..." t he improvement in labor market conditions met or would soon meet one of the Committee's criteria for beginning policy"...   ..."because recent global economic and financial developments had imparted some restraint to the economic outlook and placed further downward pressure on inflation in the near term".. .  ..."several members were concerned about downside risks to the outlook for real activity and inflation".. .  ..."several members saw a risk that the additional downward pressure on inflation from lower oil prices and a higher foreign exchange value of the dollar could persist and, as a result, delay or diminish the expected upturn in inflation"... ..."wait for add

Si es PT yo soy contra!

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Todos já devem ter jogado, alguma vez, o jogo War. É verdade que antes do advento do Whatsapp, Facebook e centenas de jogos disponíveis on line , as pessoas costumavam se encontrar para jogar. Sem entrar no mérito se era melhor ou pior antes, agora é assim, e pronto. Nos objetivos sorteados ao início do jogo, eu considerava dois como os mais difíceis, a conquista de vinte e quatro territórios ou a destruição de determinado exército. O primeiro por não ter uma definição específica, podia ser qualquer território, tende-se a ficar com os "restos", e dependiam dos objetivos dos outros; e o segundo, porque depois de algumas jogadas ficava claro para os outros competidores seu objetivo. Ao ver a situação do governo nestes últimos meses, fiquei na dúvida se está mais parecido como uma das séries atuais, com vários capítulos e temporadas ou ao jogo de War, escolhi esse último. Fazendo um paralelo, diria que o PT puxou a cartela de conquistar 24 territórios e o PMDB destruir o exe

A busca de novos clientes

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Para quem é empresário sabe que uma das regras básicas para saúde de seu negócio é não depender de um único cliente. Às vezes é mais fácil planejar isso do que executar, por exemplo, se você é uma grande empreiteira é praticamente impossível que o governo não seja seu principal cliente, a Odebrecht, Camargo Correia e outras, que os diga. Existem alguns ramos que essa concentração é uma condicionante. Quando o produto final são commodites a situação é diferente, e se esta commoditie é dinheiro, é mais sui generis. Para exemplificar o que eu quero dizer, imagine que o governo queira colocar títulos no mercado, normalmente efetua um leilão competitivo de taxas. Mesmo que tome cuidado nesse momento, para que não haja concentração nos compradores. Como esses títulos são líquidos, eles podem acabar na mão de um único comprador, basta que se ofereça comprar a taxas mais baixas, motivando os outros que compraram a vender esses títulos. Um movimento deste tipo aconteceu depois da recess

Janela sem oportunidade

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Janela de oportunidade é um termo que se tornou popular nos últimos anos. Indica o momento oportuno para que uma ação seja efetuada em condições vantajosas. Mas parece que para o FED, esta janela se fechou. Segundo Lance Roberts, uma analista que acompanho frequentemente, publicou um artigo onde expõe porque o FED não pode subir os juros, por um bom tempo! A seguir, a transcrição das principais partes desse trabalho. “ O FED tinha a esperança nos últimos anos que uma política extremamente acomodativa, com juros próximos a zero, provocaria níveis mais fortes de atividade econômica que levaria a um aumento das pressões inflacionárias. Entretanto, ainda não demonstrou ser o caso. Isto é devido, provavelmente, a um fenômeno conhecido em política monetária como “armadilha da liquidez:" “Armadilha da liquidez" é uma situação descrita na teoria keynesiana, em que injeções de dinheiro no sistema bancário privado, por um banco central, não conseguem reduzir as taxas de