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2017 será pior que 2016?

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Quem acha que 2016 foi um ano difícil com muitas surpresas inesperadas, que espere 2017. Depois da vitória de Trump, que sucedeu a votação do Brexit, tenho a convicção de que o mercado não vai mais acreditar nas pesquisas, por mais que esses eventos tenham sido pontos fora da curva, pois os investidores não vão pagar para ver. Sabemos que os partidos de direita estão ganhando a preferência dos eleitores ao redor do mundo; pois quanto mais sucessos acontecem, mais ganham força. Gerando, consequentemente, um círculo virtuoso para quem os apoia. A Europa encontra-se sob questionamento e vários países já demostram muita insatisfação por motivos semelhantes ao que levaram os americanos a optar pelo candidato mais à direita. A figura a seguir apresenta um cronograma dos principais eventos políticos nos próximos meses; e não são poucos. O primeiro será o referendum na Itália neste dezembro. O projeto da união europeia compreende vários pontos, dentre os quais a utilizaç

Quem tem medo de bicho papão?

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A professora Yellen disse ontem ao comitê econômico do Congresso que ficará em seu cargo até janeiro de 2018 e que não tem medo de bicho papão, quando afirmou que não se intimida com o novo governo. Com o nível muito próximo do pleno emprego, ela aconselhou Trump e o líder dos Republicanos a serem cautelosos em afrouxar a política econômica através de cortes de impostos e elevações de despesas. ... “Quando tivermos uma maior clareza sobre as políticas econômicas que podem ser implementadas, o comitê levará em consideração os impactos no emprego e na inflação, e talvez, ajustaremos nossas projeções” .... Outros membros do FED disseram que esperam elevar as taxas de juros mais rápido do que o previsto, se o Congresso aprovar estímulos para a economia. Yellen acrescentou que, com uma dívida aproximada de 77% do PIB, não existe muito espaço fiscal caso ocorra um choque na economia; um choque adverso que necessite de estímulo fiscal. Reforçou ao novo Presidente e congressista

Japão estraga a festa

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Os mercados estavam tranquilos em sua aposta que os juros iriam subir, não só nos EUA, mas na maioria dos países desenvolvidos. O mercado encontra-se concentrado nas principais medidas que Trump colocará em pratica, assim, as expectativas de inflação nesses países estão subindo, como é mostrado no gráfico a seguir. Por outro lado, o que o governo japonês mais quer é tirar sua economia da letargia predominante das últimas décadas. O modelo escolhido por eles é um yen mais desvalorizado e juros baixos. Para colocar em prática esse desejo, já tentaram de tudo e nada tem funcionado como gostariam; no máximo mantém o paciente vivo, mas na UTI. Em setembro, o BOJ anunciou algo inusitado, um objetivo para a taxa de juros desafiando-os-limites . Nesta madrugada, o BOJ jogou um balde de água fria nos especuladores ao anunciar sua primeira oferta de compra para títulos governamentais, com um detalhe: volume ilimitado. Entretanto, a chamada não produziu nenhuma oferta por parte d

Longos 60 dias

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Parece que o mercado está bem mais calmo em relação ao novo Presidente dos EUA, pois os analistas já trouxeram a valor presente, como se costuma dizer em finanças, tudo que essa nova gestão pode representar enquanto oportunidades e ameaças. As conclusões baseiam-se majoritariamente em suas promessas de campanha. Do outro lado, Barack Obama, um dos mais fracos Presidentes americanos, tenta passar um recado que o novo mandante da Casa Branca não é um bicho papão. Como diz a difundida frase, “rei morto, rei posto”. É de pouca valia seus conselhos. Por mais que o mercado procure descobrir quais serão seus passos, sempre ficará a dúvida. Será um Trump soft ou hard? Apenas saberemos quando ele assumir, e ainda faltam longos 60 dias. Naturalmente, haverá pistas neste meio tempo, através dos membros de sua equipe ou declarações. Entretanto, podendo ele trocar seus colaboradores em 48 horas, como fez recentemente, ou mudar de opinião, só resta aguardar. Como lembrou José Serra,

Trump, Trump, Trump

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Para uma pessoa como Trump nada deve estar dando mais satisfação do que o recente interesse da mídia sobre ele. Após a confirmação como futuro Presidente dos EUA, o número de artigos que o mencionam aumentou exponencialmente, estimaria que nos meios econômicos beira hoje a 50%. Após as primeiras reações contrárias pelo mercado, uma onda de otimismo vem tomando conta. E como não é só o Mosca que é movido pelo compromisso com o bolso, nota-se uma diminuição das críticas, embora uma grande dose de incerteza ainda paira no ar. Neste último final de semana houveram manifestações em diversas cidades, contra sua vitória. Porém ao invés de hostilizar esses grupos tem dito que mudarão de opinião quando o conhecerem melhor. Neste momento está com a roupagem de cordeirinho, veremos quanto tempo dura. Para quem ainda busca as razões porque os eleitores estão chacoalhando o mundo com votos inesperados, o gráfico a seguir fornece uma pista.  As pessoas com instrução média estão se

Apocalipse now

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Getúlio Vargas costumava dizer uma frase que ficou famosa: “Para os amigos tudo, para os inimigos a justiça”. Trump também é partidário dessa ideia e é assim que os mercados estão reagindo. Para os americanos tudo! Vocês notaram como ele está cordial nestas últimas 48 horas? O encontro com Obama ontem foi uma amostra. Depois de ter dito inúmeras vezes em sua campanha que o atual Presidente era um desastre, ontem fez elogios e até disse He is a good man. Talvez só uma pessoa ingênua como Obama pudesse acreditar nessas palavras. É dessa forma como psicopatas atuam, enquanto lobo sob a pele de ovelha . Para quem tinha dúvidas se o novo Presidente era bom ou ruim para o Brasil, agora já não deve tê-las, pois o mercado está dizendo que é ruim. Por um lado, creio haver certa dose de exagero; por outro, não fomos escolhidos a dedo pelo mercado, afinal todos os emergentes levaram uma surra. A queda das moedas desses países foi generalizada, o gráfico a seguir do índice elaborado p

Tiroteio desenfreado

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Passadas 24 horas do choque ocasionado pela vitória de Trump, a calma começa a reinar nos mercados. Ao invés de reagir intempestivamente, os analistas começam a raciocinar quais áreas se beneficiarão do novo Presidente e quais serão prejudicadas. Porém, mesmo essas análises estão sujeitas a erros como a história revela. Em investimentos, não importa o que acontece e sim como que um evento difere daquilo que as pessoas estavam esperando. Sem falar que a melhor maneira de cometer erros é afirmar que algo “obviamente” claro irá acontecer. Era “obvio” que o Presidente Obama iria colocar novas regras para os planos de saúde, e ele o fez, mas as ações desse setor acabaram perfomando pior que o restante do mercado. O Presidente George W. Bush “obviamente” iria aumentar os gastos militares – mas as ações desse setor caíram 19% em 2001 e aproximadamente 7% em 2002. E o Presidente Franklin D. Roosevelt iria “obviamente” ser ruim para Wall Street. No dia seguinte das eleições