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App: "sem nota fiscal"

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Um dos subprodutos da operação lavajato foi a popularização das delações premiadas. Essa expressão, do âmbito jurídico, oferece um benefício legal concedido a um réu em uma ação penal e que aceite colaborar na investigação criminal ou entregar seus companheiros. Como recompensa, o juiz poderá reduzir a pena do réu quando este for julgado. A última delação do qual tomamos ciência foi dos funcionários da Odebrecht juntamente com seus principais acionistas, Marcelo e Emílio Odebrecht; que jogou muita m&rd@ no ventilador, coloquialmente falando. Hoje a Folha de São Paulo notícia que Antonio Palocci deu o primeiro passo para sua delação premiada. Seus principais temas seriam as empresas do sistema financeiro, como bancos, além de conglomerados que não integram grupos de empreiteiras. E, tal qual o fogo se espalha na gasolina, cada delação corresponderia a uma nova quantidade de réus que, por sua vez, fariam novas delações; exatamente como aqueles esquemas de pirâmides, ou E

China volta a "recrescer"

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Enquanto Donald Trump mostra sua preocupação com a Coréia do Norte pedindo ajuda aos chineses a fim de evitar um conflito, os chineses por seu lado, se colocam numa posição estratégica e poderosa. A Coréia do Norte depende 99% dos chineses para sobrevir, em função   das restrições impostas pela maioria dos países ocidentais. Não fabricam praticamente nada e importam tudo da China. Do outro lado, os americanos e especificamente Trump, ameaçou retaliar as importações chinesas, que se colocado em prática, teria um grande impacto para a economia daquele país. Tenho a impressão que nesses últimos dias, a China enfatiza os temores para americanos e coreanos, a fim de capitalizar os resultados par si. Mas como de ambos os lados existem dois “loucos” nem sempre a lógica prevalece. Acho que teremos que conviver com essa ameaça constantemente. Mas nem tudo são más notícias, a economia chinesa expandiu mais rápido do que se esperava no 1º trimestre, oriundos dos gastos de infraestrutur

Trump só late

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O conhecido ditado, “cão que ladra, não morde”, aplica-se bem ao Presidente Trump. Em sua campanha eleitoral, e nos primeiros dias de seu mandato, falou grosso. Mas, conforme o tempo foi passando, muitas de suas ameaças foram colocadas de lado, tanto por derrotas sofridas ao tentar implementá-las; a restrição aos estrangeiros de alguns países; bem como a mudança de postura em relação a suas promessas. A última se refere às ameaças contra a China. Na semana passada, encontrou-se com o Presidente Chinês, Xi Jinping, e muito pouco se noticiou sobre o encontro. Porém, ontem numa entrevista ao Wall Street Journal, revelou várias intenções bastante contrárias ao que dizia antes em sua campanha. Um dos principais pontos contra os chineses versa sobre o enorme déficit na conta comercial, os investidores tinham uma grande preocupação nas medidas que ele poderia tomar contra aquele país , com consequências sérias do ponto de vista econômico. Mas , podem ficar tranquilos , sua pos

A lista de aprovados

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Existem situações em nossas vidas das quais não esquecemos; o ingresso na faculdade é um deles. Normalmente, os alunos nessa fase se preparam através do “cursinho”. Recordo-me que já perto da data fatídica o stress aumentava. Eu tinha um grande receio de esquecer as formulas de Física e isso me deixava pirado, todo momento eu me testava para ver se lembrava a de ótica, elétrica, cinemática etc .... Foi quando eu tomei uma decisão: resolvi estudar como deduzir todas elas, assim podia ficar tranquilo se esquecesse. Uma loucura! Porém, o ápice era ver seu nome na lista. No meu caso, lembro-me de passar alguns dias em Santos, na casa de um amigo, após as provas do vestibular. Como não havia quartos suficientes, eu dormia na sala. Num belo dia pela manhã, o pai do meu amigo me acorda e, com um jornal na mão, comenta: “Você entrou na Poli, veja seu nome”. Ainda meio dormindo, aquilo parecia um sonho. Logo em seguida perguntei do meu amigo, mas ele não tinha entrado. Não pude com

É bom ser devedor?

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Hoje vou falar um pouco de dívidas e começo com uma pergunta: Você pagaria 1.000% de juros? Naturalmente, são necessários alguns esclarecimentos adicionais. O ponto principal dessa pergunta é que não se refere a um pais que se encontra em hiperinflação. O objetivo é usar esse dinheiro para um negócio certeiro que vai gerar um lucro mínimo de 20%. Minha resposta é: depende; se eu precisar somente por um dia, eu tomaria emprestado, e seu custo seria de 1%. Entretanto, com esta taxa absurda, se for por um mês já não vale a pena. E se os juros fossem de 15% a.a. para ir jogar no Cassino? Eu não aceitaria o empréstimo, pois como o resultado desse empréstimo depende de sorte, posso perder todo o dinheiro e não teria como recuperar. Esses exemplos simples tem o intuito de ilustrar que nem sempre é óbvia essa pergunta. Os EUA têm se tornando um grande devedor de outros países, comparado ao que fornece de empréstimos. O que os americanos tomam emprestado para financiar sua Bala

C'est la folie!

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Quando eu trabalhava no Banco Francês e Brasileiro, costuma ouvir o termo em francês C’est la folie . Inicialmente, numa tradução chutada, concluía ser algo relacionado a uma folia, farra. Porém as situações não condiziam com essa interpretação, foi quando resolvi perguntar seu significado: Isso é uma loucura! Os franceses estão há poucos dias de sua eleição para Presidente e um resultado diferente do que o esperado pelos investidores poderia colocar muita pressão nos mercados financeiros, como foi o caso recente do Brexit. As últimas pesquisas indicavam um segundo turno entre a candidata de direita Marie Le Pen contra o candidato de centro Macron. Mas nesse final de semana, as pesquisas apontam mais um candidato com chances de mudar esse cenário. Desta vez surgiu o político de extrema esquerda, Jean-Luc Melechon com possibilidades de ir ao segundo turno. Com essas últimas informações a situação passa a ser: Marie Le Pen e Macron com 24% cada, Melechon e Filon co

Estragaram a festa

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Hoje pela manhã, antes de ser anunciado os dados de emprego nos EUA, estava lendo um artigo do WSJ dizendo que os números a serem publicados poderiam ser impactados negativamente pelas baixas temperaturas de março. Mas, os economistas, ao declararem sua projeção, não sabem disso; ou seja, não levam isso em consideração? Vocês devem lembrar que nessa semana o ADP publicou um resultado de 263 mil novas vagas. Sabe-se que existe uma forte relação entre esse resultado e os dados oficias. Os economistas estavam prevendo a criação de 180 mil vagas, imagino que devam ter considerado o fator tempo. Mas, surpreendentemente, o número veio muito abaixo; com a criação de 98 mil vagas. Surpreendente também foi a taxa de desemprego que caiu ao invés de subir caiu para 4,5%, o menor nível desde de maio de 2007. Outro parâmetro acompanhado é a elevação dos salários através do custo médio da hora trabalhada. Esse resultado veio em linha com o esperado e aponta para uma elevação estável