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Saindo de fininho

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O Mosca volta a publicar diariamente, embora até o começo de março, o trabalho será preparado num local diferente do costumeiro. Daqui em diante, no início de cada ano, será dessa forma. Uma nova fase da minha vida deve ser acomodada nessa condição, e espero manter a mesma qualidade de conteúdo. Em termos de acesso, instalei as mesmas fontes do meu local de trabalho. A palavra final é dos leitores! Durante os últimos trinta dias, houveram algumas movimentações nos mercados que merecerão destaque durante essa semana. Poderia apontar principalmente a indecisão da bolsa americana e o recuo dos juros de 10 anos. O restante dos mercados não apresentou movimentos que surpreendem o Mosca , haja visto que, estavam dentro das previsões anteriores. No gráfico a seguir, apontando a incerteza de política econômica global, não deixam dúvidas o momento incerto que vivemos atualmente. Nunca se discutiu tão exaustivamente a possibilidade de uma recessão nos EUA, além dos efeitos na econo

Inflação: Coisa do passado

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Minha formação no mercado financeiro ocorreu quando a inflação era um problema mundial. Nos EUA, ao final da década de 70, chegou a ultrapassar os dois dígitos. No Brasil nem se fala, convivi perto da hiperinflação em algumas ocasiões. Essa foi minha experiência, que me ensinou ficar sempre alerta com esse indicador. Mas a realidade dos últimos tempos fez com que eu mudasse meu comportamento – será mesmo? Honestamente não sei dizer, mas consigo navegar no mundo atual sem inflação, afinal para alguém que passou de fundamentalista para grafista, todo o resto é tranquilo! Hahaha ... Hoje em dia, somente países com governos autoritários ainda convivem com problemas graves de inflação. O exemplo mais obvio é a Venezuela, onde o Presidente Maduro, que nem podre é, pois até os urubus sem afastaram, está em hiperinflação crônica. O gráfico a seguir de café com leche, que serve de parâmetro de comparação, subiu 6.000% somente no último ano. Mas no resto do mundo, a in

Apple: de frente com a realidade

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Desde 2012, o Mosca vem advogando que a Apple não poderia continuar com sua escalada crescente de altas, em suas ações. Fiz vários posts com argumentos que me levavam a essa conclusão, que podem ser pesquisados pelos leitores no site, através da palavra “Apple” na parte superior do lado esquerdo. De forma resumida, os dois principais argumentos era a morte de seu visionário fundador Steve Jobs, e as altas margens de lucros em seu principal produto, o IPhone. Eu estava errado, e tanto faz se essas ideias acontecem agora, pois durante mais de 5 anos, suas ações só subiram. Se eu me baseasse em análise fundamentalista estaria quebrado, mas ao utilizar análise técnica me permitiu não persistir no erro. Não acompanho ações individuais no Mosca , mas certamente teria comprado em algumas ocasiões. Na última semana, um aviso de queda nas previsões de vendas de seu carro chefe, fizeram com que as ações da Apple tivessem queda expressiva. Na verdade, esse movimento vem oc

2018: O Ano do fracasso

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Como de costume, o Mosca realiza seu balanço anual. O resultado de 31,93% pode ser considerado excepcional ao se ponderar que, 90% dos ativos mundiais obtiveram um retorno negativo. No post  o-conservadorismo-foi-vitorioso , um relato sobre esse tema merece uma reflexão, uma vez que, em 2017 aconteceu ao contrário, o Mosca obteve um retorno bem aquém das oportunidades de ganho em diversos mercados. Uma visão mais simplista poderia levar a conclusão que o Mosca tem uma preferência em “apostar contra”. Porém, não foi esse o caso, basta analisar as operações realizadas onde o viés sempre foi no sentido positivo – o maior ganho aconteceu no Ibovespa (+ 9,72%) e a maior perda ocorreu no mesmo ativo (– 5,88%), também quando estava comprado. Outro fator que poderia ter alguma influência seria o número de operações efetuadas. Porém, durante os últimos 3 anos, nada mostra de diferente, veja a tabela abaixo. Um fator que teve sim influência, foi o calendário, pois parte

Euro: Sem destino

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Vem ano, passa ano, e parece que a situação na Europa continua a mesma. Em alguns momentos sem tem alguma esperança, mas na maioria ceticismo. Na verdade, é consequência de uma ideia mal concebida com a criação de uma moeda única, que tinha objetivos razoáveis, mas que se mostrou ineficiente na prática. Nos meus 40 anos de mercado uma das coisas que aprendi é que câmbio fixo não funciona. Mais cedo que mais tarde, é abandonado. Posso citar inúmeros casos que recordo, aqui mesmo no Brasil foi tentado diversas vezes, e nenhuma delas durou muito. Esse experimento na Europa já dura 18 anos e até o momento serviu muito bem para países eficientes como: Alemanha, Holanda, Áustria, e muito mal para países ineficientes como: Itália, França, Grécia. A cotação tende a ser vantajosa para os eficientes e desvantajosa para o outro grupo. Se adotar um produto one size fit all já é limitado, para uma taxa de câmbio é impossível. Por exemplo, se a taxa do euro valesse só para Alemanha tal

Real: Refém do exterior

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Quando os juros locais eram de dois dígitos e os juros americanos zero, apostar contra o real era um ato glorioso, qualquer erro de timing era mortal. Somente em situações de extrema gravidade como a que ocorreu em 2015, a aposta contra a moeda nacional se mostrou vantajosa. Mesmo essa, se não foi rápida sua saída, o lucro se tornou um grande prejuízo no meio de 2016. A situação cambial brasileira é muito tranquila, com reservas no nível de U$ 380 bilhões, a dívida externa soberana quase inexistente, é necessário um problema muito grave para ameaçar essa situação. Mesmo este ano, onde várias moedas emergentes sofreram desvalorizações expressivas, o real teve uma queda um pouco superior a 15%. Mas além do fator acima, a situação em termos de diferencial de juros é muito diferente. Com a taxa SELIC em 6,5% a.a. aliado a um juro americano ao redor de 3% a.a., já não é bater em morto ficar comprado em dólares somente por este motivo, tem que ter outras razões. Não que a vanta

Juros: Quem dá menos?

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O assunto juros é tão importante em 2019 que o Mosca decidiu usá-lo como tema. Depois que o Fed adotou uma política monetária frouxa, e bota frouxa nisso, durante vários anos, em 2016 começou lentamente a normalizar os juros. Agora deve estar próximo do termino desse ciclo, que está sendo muito diferente dos anteriores. O nível de juros atual é muito inferior ao que predominava nas últimas décadas, basta observar o gráfico mais adiante. Vários são os fatores para essa mudança de patamar, dos quais destaco: queda da inflação, nível menor de juro real, terceirização da mão de obra. Naturalmente, esses fatores têm influência uns nos outros. A economia é cíclica, e assim como nos anos 50, a situação atual se assemelha. Pode ser que, estamos na eminencia de um novo ciclo de alta de juros. Para resolver essa charada vamos usar a análise técnica. Antes de começar a expor os possíveis cenários do próximo ano, gostaria de dividir algumas observações num gráfico de longíssimo p