2018: O Ano do fracasso
Como de costume, o Mosca
realiza seu balanço anual. O resultado de 31,93% pode ser considerado
excepcional ao se ponderar que, 90% dos ativos mundiais obtiveram um retorno
negativo. No post o-conservadorismo-foi-vitorioso, um relato sobre esse
tema merece uma reflexão, uma vez que, em 2017 aconteceu ao contrário, o Mosca obteve um retorno bem aquém das
oportunidades de ganho em diversos mercados.
Uma visão mais simplista poderia levar a conclusão que o Mosca tem uma preferência em “apostar
contra”. Porém, não foi esse o caso, basta analisar as operações realizadas onde
o viés sempre foi no sentido positivo – o maior ganho aconteceu no Ibovespa (+
9,72%) e a maior perda ocorreu no mesmo ativo (– 5,88%), também quando estava
comprado.
Outro fator que poderia ter alguma influência seria o número
de operações efetuadas. Porém, durante os últimos 3 anos, nada mostra de
diferente, veja a tabela abaixo.
Um fator que teve sim influência, foi o calendário, pois parte
dos ganhos expressivos foram trades originados em 2017 e terminados em 2018.
Este é um aspecto que me deixa mais tranquilo pois a diferença se deve ao corte
na medida dos resultados, e não em algum outro aspecto.
O que esperar para 2019? O próximo ano começa de forma
bastante diferente do atual. Me recordo que no início de 2018 havia muita
esperança de novas altas nos preços dos ativos, propiciadas pelas boas perspectivas
da economia americana, europeia e japonesa. Porém isso acabou não sendo
suficiente. Enquanto nada se tem a reclamar da economia americana, o mesmo não
se pode dizer da Europa e Japão, que acabaram tendo um ano de atividade
econômica pífia.
Já para 2019 os economistas estão bastante cautelosos. Com o
ciclo econômico entrado em longevidade histórica, uma boa parte desse grupo
espera que uma recessão ocorra em breve. Já uma parcela menor, é de opinião que
esse evento ainda se encontra distante, pelo menos não deveria acontecer no
próximo ano.
A grande polemica no momento acontece na política monetária
americana. Com um Fed apontando para novos aumentos de juros da ordem de três a
quatro, o mercado considera uma probabilidade menor que 50% de que ocorra
apenas uma. Essa dúvida foi eleita pelo Mosca
como o tema para 2019: Quem dá menos
Para resolver esse dilema de difícil previsão, o Mosca continuará usando sua ferramenta
agnóstica, a análise técnica. Ao invés de ouvir os economistas vamos continuar
a ouvir os mercados.
Feliz 2019!
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