O ouro sai da reserva



No post o-ouro-perde-o-brilho, fiz algumas afirmações que poderiam ter colocado o Mosca em cheque: ...” Antes do bitcoin ser a coqueluche do momento, o ouro era considerado o porto seguro. Não que não seja mais, afinal tem uma tradição milenar, mas as cryptocurrencies passaram a chamar toda a atenção. Durante 2017 comentei diversas vezes sobre essa nova tendência e tenho o meu veredito sobre o assunto: Trata-se de uma bolha, a maior da história” ...

Coincidentemente, esse post foi escrito no dia 13 de dezembro de 2017, exatamente há um ano. Agora todos podem ver como mudou o mundo em relação ao bitcoin. Provavelmente, algum leitor que estava envolvido com a cripto moeda, ao ler aquele post, deve ter desprezado minhas palavras, ou acreditado que era apenas uma opinião. Não fico chateado com isso, eu sei que o comportamento humano é altamente influenciado pelo momento.

Naquela época o bitcoin chegou a U$ 20 mil, hoje negocia a U$ 3,4 mil, uma queda de 83%. Não acompanho esse mercado de forma continua, porém constatei em meus estudos sobre bolhas, que os ativos ao caírem, atingem entre 10% a 20% do valor máximo, para em seguida, ou recuperar parte da queda ou valer pó. Assim, posso dizer que minha colocação estava correta, e agora, a crypto moeda está dentro do intervalo esperado. CQP - Conforme Queríamos Projetar! Hahahaha ...

Sobre o ouro, fiz os seguintes comentários no post: ...” O intervalo entre U$ 1.050 e U$ 1.400 são delimitadores. O que quero dizer com isso é que, precisam ser rompidos para que uma nova sequência seja estabelecida. No meu cenário predileto (1), o ouro incialmente romperia a parte inferior para atingir uma nova mínima ao redor de U$ 900, para só depois voltar a subir” ... …” um cenário alternativo contemplaria uma queda limitada - podendo ser a mencionada acima - para em seguida, o ouro romper o limite superior (2) ” ...


Durante 2018, o ouro ameaçou subir, porém em seguida caiu, situando-se agora próximo do nível daquela publicação. Se podemos chamar algum mercado de indeciso, o metal se encaixa bem. Vou manter a mesma previsão do ano anterior, porém farei algumas observações contidas no texto a seguir. Outra diferença que faço é em relação a minha preferência, agora quase não saberia distinguir qual seria a mais provável. Assim, vale o intervalo delimitador entre U$ 1.050 e U$ 1.400.

Essa dúvida do ouro pode estar associada a política monetária a ser adotada pelo Fed. Amanhã pretendo postar sobre esse assunto com mais detalhes. Mas de forma resumida, se o Fed for da turma que “dá menos”, acredito que o ouro deva romper para cima. Ao contrário, se for da turma que “dá mais”, novas baixas são possíveis. Como o Mosca não sabe, nem ninguém, vamos nos ater ao que os gráficos nos dizem.

No cenário “quem dá menos”, o ouro estaria a caminho da alta, de forma mais direta, ou até, levemente tortuosa, conforme traçado a seguir. Independente do caso, em algum momento o nível de U$ 1.400 ( 12%) seria rompido. Um primeiro objetivo aconteceria ao redor de U$ 1.500 (↑ 20%) /U$ 1.550 ( 25%).


Depois atingir aquele patamar fico na dúvida se o movimento segue, ou volta a cair, razão pela qual denominei essa região de pivô. Caso continue subindo o próximo objetivo seria U$ 1.750 ( 40%), para em seguida, poder testar a máxima histórica de U$ 1.920 (55%). Caso volte a cair, aumentariam as chances de o ouro buscar o objetivo traçado de U$ 900 - mas de forma inversa por mim aventada, subindo primeiro para cair depois. Como tudo isso estaria alguns anos de hoje, melhor deixar para o futuro.

No cenário “quem dá mais”, o ouro poderia ter mais uma pequena alta atingindo U$ 1.260, para em seguida voltar a cair. Conforme apontado no gráfico a seguir, o objetivo seria U$ 900 ( 28%). Caso não se sustente nesse nível e a queda continue, o próximo ponto seria ao redor de U$ 600 ( 50%).


A indefinição do ouro já dura bastante tempo. Depois da queda iniciada em 2011, quando atingiu sua máxima em U$ 1.920, e desde 2013, suas cotações ficaram contidas num intervalo entre U$ 1.150 a U$ 1.350, conforme destaco na ilustração a seguir.


Não tenho uma preferência explicita por acaso, o mercado não está fornecendo nenhuma indicação onde pode acontecer a ruptura. Movimentos assim denotam as correções, que as vezes, podem ser longas e erráticas. No curto prazo é possível implementar trades, mas que se não acompanhados de perto, se transformam em prejuízos. Porém, sabemos também que, correções terminam, só não sabemos quando!

O SP500 fechou a 2.650, sem variação; o USDBRL a R$ 3,891, com alta de 0,92%; o EURUSD a 1,1360, sem variação; e o ouro a U$ 1.241, com queda de 0,32%.

Fique ligado!

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