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Sinais inequívocos

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O Mosca alertou alguma vezes que o EUA não tinha interesse em retornar a uma relação comercial estável com a China, ficando implícito que seu principal motivo seria estancar o crescimento chinês, tanto econômico como político. Mas a China não está disposta a aceitar essa regressão e continua seu caminho no sentido de conquistar sua dominância. O Presidente Trump em conjunto com sua tropa parece caminhar com esse objetivo criando dificuldades em vários fronts além do comercial. Agora enfrentando um processo de impeachment seria lógico supor que a maior parte de seu esforço se concentraria em não perder seu cargo. Nessa semana está programado a continuação de negociação para um eventual acordo comercial com a China. Porém alguns acontecimentos nas últimas horas colocam em dúvida o seguimento dessa negociação. Os EUA acrescentaram 28 entidades chinesas a uma lista negra de exportação na segunda-feira, citando seu papel na repressão de Pequim às minorias muçulmanas no noroeste

A democracia em decadência

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Vou compartilhar um artigo publicado pela Gavekal que apresenta um mapa social e político dos dias atuais, relacionando a alguns momentos da história. A democracia está com problemas. Em todos os lugares a causa é a mesma: um conflito maciço entre legitimidade e legalidade. Considere o seguinte: • Nos Estados Unidos, grande parte do eleitorado, representada pelos   Democratas, não aceita que o presidente seja legítimo, mesmo que ele foi eleito legalmente. • No Reino Unido, o parlamento, três quartos dos quais os membros votaram em "Permanecer", se recusa a entregar o Brexit, mesmo que a maioria do eleitorado britânico votou para deixar a União Europeia. • A Itália agora é dirigida por uma coalizão pró-UE, embora uma maioria considerável do eleitorado tenha votado em partidos anti-UE nas eleições gerais de 2018, e uma maioria ainda maior nas eleições europeias de 2019. O atual governo é legal, mas não é legítimo. • Na França, Emmanuel Macron foi eleito p

Disparidade

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Numa semana tensa, em função de dados sobre o setor de manufatura e serviços revelando continua fraqueza da economia mundial, a publicação dos dados de emprego nos EUA era aguardada com muita ansiedade. Uma boa parte dos analistas acreditava que o impacto negativo já seria observado nesses dados. Entretanto foram criadas 136 mil novas vagas, e embora seja levemente inferior ao projetado (145 mil), o que realmente surpreendeu foi a taxa de desemprego em 3,5%, a menor marca em 50 anos! Do lado negativo ficaram as horas trabalhadas, que permaneceu estável, quando o esperado era uma elevação. Os salários abalizaram uma alta de 2,9% em 12 meses, com uma tendência nítida de desaceleração. Esse resultado é de certa forma surpreendente, pois com um mercado de trabalho em pleníssimo emprego, seria razoável esperar uma elevação nos salários. A parcela da população em idade ativa com emprego foi de 80,1%, o nível mais alto desde março de 2007. A parcela da população em idade a

Tudo zero!

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Acredito que é de conhecimento dos leitores o movimento deflacionário que o mundo vive. A queda dos custos de mão de obra afetando os preços de produtos e serviços são percebidos pelos consumidores. AS principais forças por traz desse movimento se resumem em: globalização e os avanços tecnológicos. Esse movimento que prevalece com mais força a partir de 2008, vem causando vantagens para os consumidores, mas grandes problemas para as indústrias afetadas, bem como para os bancos centrais que acabam perdendo a eficácia da política monetária. Quando refletimos nas consequências encontrarmos os setores que estão são afetados, mas confesso que outros acabam surpreendendo, como por exemplo a Corretora Americana Charles Schwab que anunciou uma redução à zero de suas comissões sobre negociações de ações. Essa ação desencadeou uma diminuição em cadeia de outras corretoras. A E*Trade, seguida da TD Ameritrade e Interactive Brokers Group, para citar algumas, que seguiram no mesm

É um fantasma ou uma sombra?

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Ontem o mercado foi inundado de más notícias sobre o setor de manufatura. Embora fosse de certa forma esperado, seu impacto foi imediato, levantando os receios tão latentes de uma recessão. Começou pela lanterninha do grupo a Europa que continua ladeira abaixo. Só fosse somente essa região acredito que não haveria um impacto maior, porém inesperadamente o PMI dos EUA, onde se esperava um nível de 50, foi publicado em 47.5. Vale lembrar o leitor que resultados abaixo de 50 significam contração. As informações detalhadas contidas nesse relatório, são bastante ruins. Por outro lado, os dados relativos ao crescimento global não são tão ruins como o dos países desenvolvidos, o que pode levar a um raciocínio que esses últimos são reflexo do embate comercial entre EUA e China. O mercado acionário reverteu imediatamente após sua publicação estendendo suas perdas no pregão de hoje. Todos sabem que a indústria é parcela pequena da economia americana, menos de 10%. Mas qu

A matemática do juro negativo

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O investidor menos informado pode se perguntar como é possível ganhar dinheiro num título com juro negativo. A pergunta é válida e não é intuitiva. Para responder essa pergunta é necessário conhecer o funcionamento desse título. Para explicar, vou partir de um exemplo simples. Suponha um título que paga juros somente no vencimento é que tenha as seguintes caraterísticas. Valor: U$ 1.000 Taxa: 3% a.a. Vencimento: 10 anos Valor de resgate: U$ 1.343,91 Depois de emitido esse título é negociado no mercado secundário e o seu preço flutua em função do juro de mercado naquele momento. Sendo assim, nem é necessário grande cálculo para saber seu preço, se o mercado precificar uma taxa de 0% depois de 1 ano da sua emissão. Valor de Negociação (final do ano 1): U$ 1.343,91 Esse investidor que comprou esse título na emissão ganhou 34% em um ano, um excelente resultado para quem esperava ganhar todo esse rendimento somente no final de 10 anos. Agora vamos a uma nova

Primeiro Lugar

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A autoestima dos brasileiros é bastante baixa. Uma reflexão sobre os motivos nos leva a algumas hipóteses: será fruto de décadas de admiração dos importados? (quando eu era jovem qualquer produto americano era considerado o máximo, lembram da calça Lee?); será a elevada corrupção que vivemos nessas últimas décadas? (ou desde 1500!); ou serão os resultados globais, onde na grande maioria das vezes nos encontramos nos últimos lugares? Vocês devem estar curiosos para saber o que teria feito o Mosca escolher esse título? Pois bem, a Bloomberg realizou um trabalho para identificar qual seria a moeda mais beneficiada caso um acordo entre EUA e China for assinado. O real será a moeda emergente mais forte no caso de um acordo, enquanto o baht tailandês e o shekel israelense estão entre os que menos responderem, mostra uma análise da Bloomberg. Com base na sensibilidade ao yuan, durante os períodos de mercados direcionados pelo fluxo de notícias comerciais, as moedas exportad