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A última trincheira #ouro #gold

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  O momento complicado da China está estampado em todos os noticiários. Venho relatando essa situação de difícil solução. Um dos grandes problemas desse país é o setor imobiliário, cuja participação no PIB é muito grande — acima de 25%. Esse setor por princípio é muito alavancado, pois as construtoras tomam empréstimos durante a construção, na expectativa de repassar ao comprador final. Se este comprador não existe, a construtora terá que se desfazer dos imóveis para honrar sua dívida, ou seja, sem comprador essa empresa pode quebrar. Nos últimos tempos, uma onda antiamericana vem advogando que o dólar deveria perder seu status de reserva mundial e o yuan seria o candidato a assumir esse posto. Diversos movimentos foram feitos, principalmente depois da eclosão da Guerra da Ucrânia, que aglomerou países como a Rússia, Índia e outros emergentes e levou a operações comerciais negociadas na moeda chinesa. Mas tudo isso é ainda pouco para desafiar a predominância do dólar. Isso nos traz

Mais é menos #Ibovespa

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  O título de hoje parece existir um erro, mas não é. Não observei nos últimos dias nenhum relatório comentando que o Fed deveria continuar subindo os juros; a grande maioria, em conjunto com o mercado, acredita que o ciclo de alta terminou. Os últimos indicadores americanos não apresentam sinais de arrefecimento; ao contrário, mantêm-se ainda bastante elevados. Um resumo dessa constatação se nota na projeção do PIB elaborada pelo Fed de Atlanta. Uaul .... 5,8 % a.a. neste trimestre? Ao invés do Fed tentar de todas as formas segurar o touro... (Manda o Lula para lá, garanto que rapidamente ele coloca a economia em queda). Pode até ser possível que ocorra a desaceleração — notem que recessão virou fora de moda— por efeitos defasados da política monetária, mas não vejo como se poderia esperar que as taxas comecem a cair no início do próximo ano. O editorial da Bloomberg enfatiza que, para acabar com a inflação, é necessário ter taxas de juros mais altas. Desembrulhando os detal

Alerta! #SP500

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Como venho enfatizando há algum tempo, a situação na China não anda nada bem. A cada publicação de dados econômicos, os sinais de alerta se amplificam. Ontem o PBOC acabou anunciando uma redução na taxa de juros, quando no mundo inteiro é visto o movimento contrário. Mesmo assim, a taxa de juro real se encontra positiva, e até alta em 2% a.a. A deflação está batendo a sua porta! Em relação às vendas no varejo, ao contrário do que a maioria dos analistas esperava com a abertura da economia por conta do relaxamento nas regras contra a Covid, tiveram apenas um respiro, voltando aos níveis mais baixos de quando perdurava o lockdown. Foi o que se chama de um voo de galinha. Sua moeda, o yuan, mesmo com intervenções maciças por parte do governo, caminham para os menores níveis dos últimos anos, ocasionados pela retirada de investimentos por parte dos estrangeiros, jogando água fria no grupo de países emergentes que dependem da China para suas exportações – o Brasil incluído. Mas

Limite de baixa #usdbrl

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  Vou começar pelo futebol. Desde 2014, notei que nosso esporte predileto estava fadado à decadência. Os motivos eram dois: a exportação maciça de craques para o exterior em função da falta de atratividade financeira, e a carência de técnicos com visão do novo futebol, aquele onde a condição física e estratégia era mais importante que habilidade. Não deu outra: basta o leitor fazer um retrospecto dos resultados. Sou santista e venho acompanhando a decadência do time nos campeonatos brasileiros. Já não é de hoje que o problema é crônico. Nos últimos meses, trocou 12 vezes de técnico sem que houvesse a mínima estabilidade. Não é necessário ser um especialista no assunto para ver que o problema não está aí. A um passo do rebaixamento no brasileirão — e por sorte não foi rebaixado no campeonato paulista, clube que nunca foi rebaixado em sua história — talvez tenha que passar por essa dor para sofrer alguma reviravolta. Assim como no futebol, um país também pode ser mal gerido por diver

Wall Street, we have a problem! #nasdaq100

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  Se existe um setor que reagiu intensamente à IA, foi a bolsa americana. As ações de empresas ligadas a ela subiram como um foguete, desafiando a lei da gravidade para ações: os juros que subiram 525 pontos num espação de tempo curto. A vedete desse movimento se chama Nvidia, que triplicou de preço somente neste ano. Será que existe uma bolha em curso? Esse assunto foi coberto diversas vezes no Mosca , e quem acompanha o blog sabe que não é possível identificar ex ante a formação de uma bolha. Numa dessas apresentações, destaco o slide a seguir, onde estão elencadas as possíveis causas. De todos os itens, acredito que somente o primeiro poderia ser a causa de uma eventual bolha. Ao se analisar a Nvidia, muito já se encontra embutido em seu preço e múltiplos — por exemplo, seu P/L está na casa dos 219, um total disparate. Esse múltiplo já incorporou ganhos futuros expressivos. Jeremy Grantham, conhecido por ser o especialista em bolhas porque identificou a dos anos 2000 bem

Falando grego #EURUSD

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 As matérias sobre IA diminuíram nos últimos dias, mas ela está longe de ter sido esquecida pelas empresas. É esperado que o processo de implementação seja longo, pois ninguém sabe exatamente o que pode ser feito — vai demandar novas equipes especializadas. Um trabalho elaborado em detalhe pelo banco Goldman Sachs, que já mencionei anteriormente, chamou minha atenção quanto ao potencial número de empregos que serão fechados, me recordo que para o Brasil seria algo de 25% do total da força de trabalho em 10 anos; o mesmo trabalho, entretanto, enfatizava que novas posições seriam criadas, mitigando esse efeito. Será esse o caso do Brasil? Tenho quase certeza de que o presidente Lula nem sabe o que é IA, pois acredita que esperteza é mais importante que inteligência — algo que espera se estudar na escola, o que não é o seu caso. Na sua cabeça, é mais eficiente “negociar” como os políticos — para que então ser inteligente, ter estudado? Basta ver sua equipe: a cada semana, somos surpreen

É possível dormir tranquilo #Ibovespa

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Investir é sinônimo de correr riscos. Essa palavra certamente é má entendida pelos investidores, eu já presenciei muitas situações em que se percebe falta de vivência. Quando você conversa com um investidor e diz que determinado investimento tem risco naquele momento seu pensamento é que tem risco, mas como ele vai ganhar, então tudo bem. Na Linear o fundo Tiger tinha estampado no nome toda a agressividade da gestão. Era um fundo onde qualquer cliente antes de investir tinha que conversar comigo, pois queria ter certeza de que entendia o quão arriscado era. Nessa conversa minha pergunta era: Você sabe que investindo nesse fundo pode perder todo seu capital e ainda ter que colocar mais recursos? Na crise de 1997 a cota desse fundo foi significante afetada, com queda expressiva, embora não ficou negativa. Foi um dos momentos mais críticos da minha vida profissional. Felizmente não houve nenhuma contestação judicial por parte dos clientes o que levou a crer que foi bem compreendido o